A educação é um processo social
que ocorre em toda sociedade, através de diferentes meios e em distintos
espaços sociais.
A Pedagogia Hospitalar é um ramo
da Pedagogia que vem sendo adotada por instituições que se preocupam em atender
uma demanda que estar afastada em virtude de sua enfermidade.
Esse campo de trabalho ganhou
força a partir de alguns movimentos. O primeiro, embasado no fato de a
Constituição Federal estabelecer o direito de todos à educação e saúde, e esses
não são direitos que se opõem, mas se completam. Então, não é porque uma
criança se encontra doente que ela tenha perdido a capacidade de aprender. É
preciso evitar que a criança sofra duplamente, pelo seu estado de saúde e pelo
seu distanciamento do seu mundo, sua rotina, suas atividades, seus amigos.
Assim, atualmente observamos o
trabalho do Pedagogo no hospital nas seguintes frentes: nas unidades de
internação; na ala de recreação do hospital para as crianças que necessitarem
de estimulação essencial; com a classe hospitalar; com o setor de recursos
humanos do hospital; com a equipe de gestão em saúde ministrando e organizando
cursos para profissionais que atuam no hospital; com os acompanhantes e/ou
familiares dos pacientes por meio de estratégias educativas e pedagógicas,
como: palestras, dinâmicas de grupo, orientações e informações
didático-pedagógicas.
As atividades lúdicas, no
processo de recuperação, têm sido valorizadas como tentativa de superação da
angustia e ansiedade frequentes no processo de internação e que podem
comprometer o desenvolvimento da criança e o próprio restabelecimento da saúde.
Por esta razão, em nosso país, desde 2005, a Lei Federal 11.104/05 tornou
obrigatório nos hospitais com internação de crianças, a criação de
brinquedotecas. Esse espaço deverá contar com Pedagogos e brinquedistas para a
elaboração e desenvolvimento de atividades apropriadas a cada faixa etária.
No desenvolvimento dessas
atividades no contexto hospitalar é fundamental que o Pedagogo atue articulado
com uma equipe multidisciplinar e que se dedique a conhecimentos de áreas como
Psicologia, Serviço Social, Enfermagem para desenvolver uma ação docente que,
provoque o encontro entre educação e saúde.
Porém alguns entraves surgem
nesse ponto. Um deles é que o professor ainda é visto pela equipe de saúde como
mais um “elemento” no hospital para garantir a política de humanização. Outra
limitação para o desenvolvimento do trabalho e a própria formação do professor.
Os Cursos de Pedagogia e de Formação de Professores não incluem nos seus
currículos discussões sobre o tema de maneira sistemática e formal. Mediante
esse quadro, a ação do professor segundo Fontes (2004) corre o risco de assumir
um caráter espontaneísta, humanitário ou simplesmente recreativo. Com essa
fragilidade da especificidade do papel do professor no ambiente hospitalar
poderá consolidar na ideia mais uma vez que o hospital é lugar de médicos e
profissionais da saúde e não de professores.
Até semana que vem!
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