terça-feira, 31 de março de 2015

Coluna do dia: O Desafio da Educação Inclusiva






Uma pedagogia da exclusão: Desde dos tempos mais remotos se observa na historia universal teorias e praticas sociais excludentes, principalmente, no que diz respeito à aquisição do conhecimento. 

Os indivíduos com deficiências eram vistos como “doentes” e incapazes, ocupando no imaginário das pessoas, o lugar daquele que precisa da caridade popular e da atenção especial da assistência social. Não eram vistos como pessoas com direitos sociais entre os quais se incluiu a educação. 

Nos dias de hoje, ainda se constata a dificuldade de aceitação do diferente no ambiente familiar e social, principalmente, do indivíduo com deficiências múltiplas e graves, que na escola pode apresentar dificuldades mais acentuadas de aprendizagem.  

Cada indivíduo com necessidades especiais vai requerer diferentes estratégias pedagógicas, que lhes possibilitem o acesso à herança cultural, ao conhecimento que foi construído pela sociedade e a vida produtiva: parte das condições para a inclusão e para o pleno exercício da cidadania. 

Entende-se, em geral, por inclusão, a garantia a todos de acesso ao espaço comum da vida em sociedade. Sociedade essa que precisa ser orientada por relações de acolhimento a diversidade humana, de aceitação das diferenças e da igualdade de oportunidades. 

Até bem pouco tempo a teoria e a prática dominantes eram as de separar as pessoas com necessidades especiais em escolas ou classes especiais.  

Para tentar eliminar os preconceitos e  integrar os alunos portadores de deficiências nas escolas comuns do ensino regular, é que surgiu o movimento de integração escolar. Esse movimento se caracterizou de inicio, pela utilização das classes especiais (integração parcial) na preparação do aluno para a integração total na classe comum. 

Atualmente, com o movimento pela superação da ideologia de exclusão, favoreceu - se a implantação da política de inclusão. A legislação brasileira se caracteriza pelo atendimento dos alunos com necessidades especiais preferencialmente em classes regulares das escolas, em todos os níveis, etapas e modalidades de educação e ensino.   

O grande desafio da Educação atualmente é: garantir o acesso aos conteúdos básicos que a escolarização deve proporcionar a todos os indivíduos, inclusive aqueles com necessidades educacionais especiais.

Até semana que vem!

 

sexta-feira, 27 de março de 2015

Coluna do dia: Descobrindo a vida e promovendo o corpo



 
Todo mundo sabe, que o companheirismo e a prática do bem fazem toda a diferença na vida de uma pessoa, porque a intenção dessa pessoa será viver bem, sem precisar encontrar uma desculpa para não fazer algo. Precisamos aprender a fazer a diferença na vida de alguém e descobrir que a vida é uma grande dádiva e devemos aproveitar nosso tempo ou o tempo ao máximo e buscar melhores momentos. A maior transformação que as boas ações promovem acontece em nossas próprias vidas despontando algumas de nossas obras, muitas vezes através de pensamentos, de sentidos densos e renovados. É muito bom poder entender com mais nitidez a força e a vitalidade de cada pensamento. 
          Mesmo nos tornando uma presença discreta, devemos convidar todos a pensar, refletir, teorizar, ajudando assim a cognição humana, aumentando os saberes de experiências e identificando o melhor no sentir. Há uma diversidade de sentidos, significados e valores que levam a uma melhor interpretação elencando alguns atributos que compõem à construção de saúde e beleza para as concepções de um corpo saudável que muda através do tempo. Faz-se necessário gerar ou produzir sentimentos carregados de símbolos, de alguns questionamentos inseridos nas exigências atribuídas ao corpo.
          O corpo pode ser conhecido, mensurado, dominado, estudado, controlado e transformado. Transformado em algo que pode ser construído numa tentativa de moldar o comportamento e a imagem corporal. Temos que conhecer e estudar o corpo em busca de uma disciplina para promover força de vontade e objetivar uma melhor qualidade de vida afirmando a constituição biológica de cada indivíduo. A exploração do corpo deve incentivar o crescimento de diversos conhecimentos para atender às expectativas criadas sobre o mesmo e desenvolver a saúde e manter uma cultura de bem-estar.
          Cuidar do corpo é promover o desenvolvimento das capacidades físicas, mentais e morais, prevalecendo os saberes e práticas, referendando possibilidades e necessidades para cumprir a função definidora da identidade pessoal. Na construção de corpos a sensibilidade permite uma adequada adaptação ao processo produtivo ou a uma perspectiva pluralista que valoriza princípios lógicos que levam a uma reflexão com relação à cultura corporal onde possibilita a minimização dos sujeitos a uma lógica individualista e de submissão do corpo, assumindo diferentes manifestações e ressignificações.
    A concepção de corpo registra a análise de diferentes realidades, visando identificar e compreender os fenômenos, as causas, significados, implicações e relações que esse corpo tem como perspectiva de vida a interpretação de possibilidades para compreender e estruturar concepções articuladas entre esse corpo, mente e espírito e assim estabelecer e disponibilizar a transmissão dos conhecimentos para levar a credibilidade das ações realizadas por este corpo.
          Descobrir a vida e promover o corpo é considerar a função corporal mais ampla, é buscar soluções, proporcionar condições de construir seu próprio conhecimento. Precisamos trocar experiências, nos tornar cidadãos conscientes para atuar numa realidade social, afetiva e motora. É oportunizar momentos de reflexão e criatividade a partir das suas próprias experiências e analisar a complexidade do seu próprio corpo em relação ao que está a sua volta, num mundo interno e externo. Vamos realizar um trabalho consciente, crítico e que possibilite o cumprimento dos objetivos necessários para educar este corpo visando a sua transformação.
 

quinta-feira, 26 de março de 2015

Coluna do dia: Uma alternativa: MEDITAÇÃO!



 
O tempo está diferente. Nossa dimensão de realidade está acelerada. A sensação de rápida fluidez dos dias é crescente: essa é a experiência consensual em que vivemos nós, a sociedade contemporânea. Com isso, nossa maturidade biopsicológica, ou surge antes do tempo e há inconsequências assustadoras (na faixa etária), ou se estabelece como superficial, apesar do tempo, e há tensões incompreensíveis (para faixa etária também). Crianças, jovens, adultos e idosos são moléculas soltas no vento das mudanças destemperadas dos dias / do cotidiano atual. E precisamos nos atender, nos pensar, urgentemente.

Na loucura desse tempo, os conceitos de aprendizagem, de colaboração e de maturidade, por exemplo, parecem não ter convergência natural no tempo e isto torna o próprio tempo um grande e elástico tempo de experiência sem tempo de aprofundamento. Nós continuamos crescendo, mas criar duradouras ‘colas’ sociais e profissionais tornou-se bem difícil. Como disse Caetano Veloso, ‘tempo, tempo, tempo’, eis o nosso maior infortúnio e ponto de insegurança: e não há tempo para nada e nem para ninguém.

Em torno deste fio desequilibrante recorre-se a religações divinas ou energéticas: para o tal ‘pé no chão’ incluímos, outra vez, um percurso e uma aceitação religiosa. Nós nos voltamos para um ‘religare’ em que reprogramamos cautelosamente cérebro, mente e corpo. Há uma recordação intensa das mitologias e dos rituais mais antigos: se não há tempo, há estranhamentos e, logo, o desejo de explicações e harmonias de outros tempos. A vida, no mundo, é uma sequencia de ocupações mentais tornando o cérebro, um profissional dos recondicionamentos mnemônicos e afetivos. Ainda amamos viver!

Não há aqui descartes ou desacatos às necessidades e emoções de cada um; há um levantamento real de que cada vez mais pessoas se investem em técnicas / tecnologias alternativas para o reencontro com elas mesmas envolvendo-se com a perspectiva da presença / existência de outras dimensões de realidade ou de processos de reorganização da chamada ‘paz interior’. O inconsciente coletivo entra em efusão de saberes ao toque ritmado das amígdalas, ínsulas e glândula pituitária: surge uma sensação de equilíbrio, paciência e grandes energias positivas.

Segundo a revista Scientific American Brasil (Dez, 2014), intitulada ‘A Neurociência da Meditação’, “a difusão do radio, depois da televisão, mesmo a influência do cinema e, recentemente, da internet, que forjou um novo padrão de comunicação em escala global, preencheram com conteúdos um tempo que, antes disso, era dominado pelos ciclos da Natureza: o nascer e o pôr do sol, além das estações do ano”. Ou seja, nós, eternos ‘aprendizes de feiticeiros’, nos ocupamos com mais atividades / trabalhos e perdemos o ‘junto’, o ‘olhar’, o ‘escutar’, principalmente, de nossos corpos e necessidades com o outro e conosco. Parece que estamos em areia movediça da razão, mas com relógios biológicos plenamente ativos e eletromagnéticos: a questão da gravidade está em torno de tudo e nos força a dificultar quaisquer movimentos a divagação interior. Nós trabalhamos tempo demais!

Mesmo assim, de forma crescente, as pessoas vêm procurando espaços / momentos de contemplação de si mesmas, suas idiossincrasias e seus objetivos de vida; e uma das técnicas mais requisitadas / revisitadas tem sido a MEDITAÇÃO. Estamos, de novo, favorecendo o cérebro humano a realizar sua neuroplasticidade com outras origens, agora em colaboração com a neuroquímica da necessidade e do desejo de ser feliz ou de se envolver com a paz interior, através de uma prática emocional alternativa. Ênfase no jorro de neurotransmissores como a serotonina (humor), a dopamina (prazer), a noradrenalina (concentração) e a acetilcolina (aprendizado). Em jogo, hoje, portanto, uma certeza: o aceleramento do tempo trouxe não só a certeza da obsolescência, mas também a possibilidade de resiliência, em meio a comportamentos contrários ao esperado: silenciar, respirar, pensar e se equilibrar corporal e emocionalmente. Através da meditação, há uma contemplação de si dentro de si e para si, criando estados positivos internos, com um gosto positivo de satisfação.

A opção pela meditação é uma estratégia de se conquistar, por ferramentas inatas, bem estar e tranquilidade. E tudo isso, com o propósito de se manter uma convivência no ‘novo’ mundo, com o ‘novo’ tempo e com poucas tensões. De acordo com RICARD (2014, p.32)[i] e RICCIARDI (2015)[ii], existem três formas comuns de meditação:

- a atenção focada (ou concentração) que visa acalmar e centrar a mente no momento presente, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a capacidade de permanecer vigilante para distrações; é a concentração à inspiração e expiração para sensações positivas; e tem foco nas áreas cerebrais responsáveis pela atenção, como córtex pré-frontal, córtex parietal superior, giro fusiforme e substância reticular ativadora ascendente (SARA), em ambos os hemisférios;

- a atenção plena (ou meditação de monitoramento aberto) que procura cultivar a consciência emotiva menos reativa a emoções, pensamentos e sensações que ocorrem no presente para impedir que eles espiralem e fujam ao controle, criando sofrimento mental; há desligamento dos estímulos visuais, sonoros ou outras sensações, sem se deixar levar por eles; é uma forma benéfica à ansiedade, à autorresponsabilização, à auto-observação antes de pensar e agir, e aos sintomas da depressão, uma vez que diminui a atividade cerebral nas regiões do córtex insular e amígdala; há menos suscetibilidade aos efeitos negativos da dor e, por consequência melhora do sono e do humor;

- a compaixão (e bondade amorosa) que promove uma perspectiva altruísta em relação aos outros; amor incondicional, aos próximos ou não, amigos ou inimigos; é preciso o desejo sincero de ajudar, não só a si próprio, mas a todas as pessoas que encontrar; relação forte com a empatia, e não é fácil mantê-la, mas é necessário; aqui estão ativados os córtex somatossensorial e o insular pelo sofrimento alheio, sem tirar o equilíbrio emocional; é a real condição de se fornecer incentivos positivos a si e a outrem.

Estas três formas, hoje, são amplamente praticadas em vários setores da sociedade e ao redor do mundo. E estas vêm provocando mudanças fisiológicas no sistema cerebral cujos resultados são reações mais rápidas aos estímulos em geral e menos propensão a várias formas de estresse. Há um convite sendo refeito para se reencontrar ferramentas que possam proporcionar ao ser vivo humano benefícios cognitivos e emocionais que o façam permanecer vivendo e convivendo, mesmo com a velocidade do tempo.

Sendo assim, há uma necessidade de se treinar a mente, a partir do reconhecimento das próprias potencialidades, mesmo que, para isso, seja preciso atravessar o ‘vale da sombra da morte’ das memórias mais inconscientes e tóxicas. Paz, tranquilidade e equilíbrio se alcançam quando transformamos nosso cérebro através da experiência de (se) CONHECER e de SER um ser vivo humano ‘na real’ e no tempo certo: aqui está a realeza de nossa humanidade. Há uma regulação dos estados mentais para se alcançar uma forma de enriquecimento interior, uma experiência que afete o funcionamento e a estrutura física do cérebro (p.30). E cérebro, mente e corpo tem efeitos convergentes, efeitos que colaboram entre si e que tornam a luta pela sobrevivência emocional mais saudável e focada: é a serenidade no caos.

Nós precisamos parar! Nós precisamos nos introjetar! Nós precisamos nos manter atentos ainda que por dentro de uma proposta divagante ou distraída das preocupações, responsabilidades e tensões mundanas. Boa parte do processo de meditar inclui uma varredura nas memórias de longa duração, já que estas refletem nossas certezas, visões de mundo e formas de agir. É sair do âmbito do córtex pré-frontal e realinhar as infovias neuronais aos nossos sistemas mais interiores e emocionantes, criando aspectos positivos dentro e fora do corpo e da alma humana.

Amígdala, hipocampo, lobo parietal e temporal, ínsula anterior e córtex cingulado detém o poder de envolver conjuntos de neurônios a outras atividades mais subjetivas, como divagação mental, atualização de modelos internos, regulação de sensações percebidas e libertação da atenção de quaisquer estímulos distrativos. Logo, mesmo se iniciante, todos sabem que o ponto nevrálgico de quaisquer tipos ou aspectos da meditação é a RESPIRAÇÃO. Vamos respirar e nos renovar! Vamos expandir o fluxo da consciência e ganhar flexibilidade atitudinal real! Vamos ser pessoas melhores, melhorando nossa experiência conosco, por princípio.

Uma amiga cantora sempre lembra que a palavra ‘compaixão’ é fundamental para o século XXI e, de acordo com Ricard (2014), ao respirar, é preciso ter consciência também das necessidades de outras pessoas e experimentar “um desejo sincero e compassivo de ajudá-la ou aliviar o sofrimento dos outros ao protegê-los de seus próprios comportamentos destrutivos”. Entende-se que o cérebro em compaixão diminui o risco de esgotamento emocional e de ações impulsivas. Os córtices somatossensorial secundário e insular (responsáveis pelas reações empáticas dentre outras respostas emocionais) são ativados: é uma ansiedade mais organizada e coerente, além de se instituir tempo para reflexões pertinentes.

O cérebro é ‘fiel escudeiro’, afirma a Profª. Marta Relvas, mas não tem receita e nem bula. Ele é nosso maior aprendente e, de acordo com nossas necessidades e práticas, pode construir redes provisórias que “integrem as funções cognitivas e afetivas durante o aprendizado e a percepção consciente, processo que pode resultar em mudanças duradouras em circuitos cerebrais” (p.35).

Seja bem vinda meditação, precisamos de alicerces como você!

 

Profa. Claudia Nunes



[i] RICARD, Matthieu; LUTZ, Antoine e DAVIDSON, Richard J. A mente (burilada) do meditador (p.28-35). Revista Scientific American BRASIL, Editora Duetto, ano 13, nº 151, dez, 2014.
[ii] RICCIARDI, Marcelo. Mente Brilhante (p. 06-07). Revista O Poder da Meditação, Editora Alto Astral, ano 1 nº 01, 2015.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Coluna do dia: O Segundo diagnóstico e a estimulação precoce





Mais um encontro em que, quinzenalmente, venho contando minha história com o autismo. Muitas experiências, novidades e aprendizados. Para hoje prometi relatar sobre as dificuldades financeiras em que nos deparamos no momento do desfralde de Helena; os ganhos cognitivos e emocionais do Tom, através da ‘estimulação Precoce’, além da relação de respeito, admiração, carinho e amizade que foi construída com FÁTIMA ALVES e RITA THOMPSON.

Porém, HOJE, quero fazer uma pausa na continuidade dos meus relatos para esclarecer e confortar o coração de cada mãe, pai, avós, parentes e amigos que leem essa coluna. Importante lembrar que esta coluna tem como objetivo dividir com vocês como EU, meus filhos e minha família vêm superando e vencendo o TEA (transtorno do espectro autista) desde o inicio do primeiro diagnóstico até os dias que vivo hoje. Estes foram dias difíceis e exigiram, de mim, em todas as manhãs, ao acordar, muita perseverança; e estão, resumidamente, sendo apresentados, nestes textos quinzenais.

Ainda não tenho como relatar casos de frustrações ou insucesso que não sejam os que realmente EU mesma vivi e, embora quem me olhe sorrindo, todos os dias, não tenha ideia de quantas foram, são as frustrações, medos, angústias e preconceito, por muitas vezes e, na grande maioria delas, que me fortalecem, ainda que sejam amenizados pelos profissionais que se tornaram amigos, depois irmãos, e assim por diante.

A ESTIMULAÇÃO PRECOCE apenas, não foi o que nos ajudou para caminhar melhor dentro do TEA, porém foi DETERMINANTE para o melhor desenvolvimento de meus filhos. Em conjunto com as equipes de estimulação, tivemos o acompanhamento médico, o uso de medicação, a alimentação diferenciada, o comprometimento dos profissionais, da minha família e claro o MEU!

“A criança com um diagnóstico e com início da estimulação precoces, antes dos 03 anos de idade, pode reduzir em até 75% os sintomas característicos do TEA” segundo Dra. Carla Gikovate, neurologista. Justamente por ser um espectro, existe uma variação enorme de comprometimentos.  Eu, particularmente, não quis saber em que grau se classificava o autismo dos meus filhos e nem o grau de cognição que ambos apresentam ou apresentariam. Eu aprendi, depois de algumas ansiedades e episódios, a viver com eles um dia de cada vez! Somos FELIZES assim.

Também sabemos que, em nosso País, mesmo depois da instituição da Lei 12.764, chamada de ‘Lei Berenice Piana’, ainda caminhamos vagarosamente para que nossos filhos tenham o tratamento adequado no Sistema Público de Saúde e Educação! Sistema esse a qual meus filhos também foram usuários no município do Rio de Janeiro. EU e todos aqueles pais, que tiveram a oportunidade de entender, estudar o Autismo, acompanhando e lutando por atendimentos e tratamentos; buscando recursos legais; temos o dever, como cidadãos, de buscar as mesmas oportunidades para o nosso próximo, para o nosso semelhante. Eu acredito e procuro praticar diariamente essa forma de cidadania.

Tenho certeza que foi esse sentimento de conscientização que mobiliza e mobilizou centenas e centenas de pais e famílias no Brasil à organização de grupos, manifestações populares e políticas para fazer valer os direitos que nossos filhos possuem como: benefício de prestação continuada,  direito ao mediador escolar, prioridade em todo tipo de atendimento, diagnóstico precoce ainda que não definitivo etc.; e, graças a DEUS, tenho observado que esse movimento vem crescendo rapidamente a cada dia nas redes sociais e manifestações pelas ruas.

Gostaria de dizer a cada família que acabou de receber um diagnostico, ou àquela família que esta cansada de buscar atendimento público que NÃO DESISTAM! Por mais dura que seja a nossa realidade, a nossa sociedade, nossos filhos dependem da nossa CORAGEM E DETERMINAÇÃO para evoluir!

Estamos nos aproximando do dia 02 de Abril, dia da Conscientização Mundial pelo AUTISMO, vamos revindicar todos os dias, cobrar aos órgãos e às secretarias responsáveis sobre o assunto, para que nós e nossos semelhantes tenham atendimento DIGNO, não esquecendo, claro, de usarmos o bom senso, de fazermos a nossa parte enquanto pais e com respeito ao outro!

Sei que muitas vezes a nossa revolta é muito grande, temos vontade de romper os limites da educação que nos foi dada dentro de casa, de xingar, gritar, mas não dá, não é assim que ganharemos nossa luta; então respiremos fundo nessa hora para que jamais percamos a razão mediante nossas cobranças, mas não deixemos de cobrar. No dia 02 de ABRIL, cobremos de nossas cidades e municípios, a municipalização da LEI 12.764 na integra, sem vetos ou decretos, e que tenhamos nossas CLINICAS-ESCOLAS DO AUTISTA instituídas por todo País, seguindo o exemplo da luta de nossa querida Berenice Piana, junto ao seu município (Itaboraí), no estado do Rio de Janeiro, local que esta sediada a PRIMEIRA Clinica-Escola do Autista no Brasil.

Aproveito esse momento para anunciar que, ao final deste ano, será inaugurada a SEGUNDA Clinica-Escola do Autista no município de São Gonçalo, Rio de Janeiro, conforme foi anunciado no último dia 12 de março, pelo Prefeito Local Neiton Mulin, em um ciclo de palestras sobre Autismo, organizado pelo vereador Diego São Paio, com a presença de Berenice Piana, munícipes da região e em que tive a honra de estar presente.

Então hoje dedico essa coluna para que juntos não desistamos de lutar por um único objetivo: o de termos local, atendimento, tratamento, adequado e digno, é possível SIM, porém, precisamos ser perseverantes e corajosos.

“Minha cor é AZUL, meu partido é o AUTISMO, meu numero é 12.764 (Berenice Piana).”

Na próxima coluna, eu retorno à minha história!

Um beijo e até a próxima!


quarta-feira, 11 de março de 2015

Download gratuito do livro Manejo comportamental de crianças com Transtornos do Espectro do Autismo em condição de inclusão escolar

Esta obra traz orientações para professores sobre o manejo comportamental de crianças com Transtornos do Espectro do Autismo em condição de inclusão escolar.

SUMÁRIO
Transtornos do Espectro do autismo
- Definição
- Problemas de comunicação, de interação social e de comportamento
- Dificuldades em habilidades cognitivas
- Dificuldades em habilidades de teoria da mente
Orientações a professores sobre a inclusão escolar e os Transtornos do Espectro do Autismo
- Como a Análise Aplicada do Comportamento pode ajudar o professor na avaliação e no manejo de problemas de comportamento nos TEA
- Tipos de comportamentos inadequados de maior prevalência em crianças e adolescentes com TEA
- Orientações a professores para manejo comportamental em sala de aula baseadas na Análise do Comportamento

 Para baixar gratuitamente esta obra, acesse o link AQUI

 

Saiba mais sobre o Manejo Comportamental de crianças com autismo, no Curso de Aprimoramento sobre ABA (Análise do Comportamento Aplicada)