quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Cérebro de idosos é mais lento porque eles sabem mais

 
 
Tubinga (Alemanha) - O cérebro de idosos parece desacelerar com a idade porque eles têm muita informação para computar, algo parecido com um disco rígido cheio. Alguns cientistas discordam que isto ocorreria por um declínio cognitivo, como costuma-se dizer.
 
- O cérebro humano funciona mais devagar na terceira idade apenas porque ele armazena mais informação ao longo do tempo. O cérebro dos mais velhos não fica mais fraco. Pelo contrário, eles simplesmente sabem mais. - afirmou ao “Telegraph” Michael Ramscar, da Universidade de Tubinga, na Alemanha.
 
Usando computadores, os pesquisadores modelaram a recuperação da memória de diferentes fases da vida de um adulto, descobrindo que quando o banco de memória dos computadores era menor, o seu desempenho se assemelhava ao de um jovem adulto. Já quando o computador foi programado para recordar informações a partir de um banco de dados maior, ele pareceu com o de um adulto mais velho. Geralmente ele ficava mais lento, mas não porque a sua capacidade de processamento tinha piorado. Ou seja, o aumento da “experiência” tinha levado o banco de dados também a crescer, necessitando de mais tempo para processar a informação.
 
- Imagine alguém que sabe o aniversário de duas pessoas e pode lembrá-los perfeitamente. Você diria que esta pessoa tem uma memória melhor do que aquela que sabe dois mil aniversários, mas consegue corresponder a pessoa certa ao aniversário em nove de dez vezes? - questionou Ramscar.
 
Ao calibrar os modelos de computador para trabalhar com conjuntos de dados linguísticos, a equipe de Ramscar descobriu que os testes de recuperação de memória não levam em conta a diferença da quantidade de vocabulário entre pessoas mais jovens e mais velhas.
- Esqueça sobre ao esquecimento - comentou ao “Independent” outro pesquisador, Peter Hendrix. - Se eu quisesse que um computador parecesse com um adulto mais velho, eu tinha que manter todas as palavras aprendidas na memória e deixá-las competir por atenção.
 
O estudo fornece mais uma explicação de por que, à luz de todas as informações adicionais que têm de processar, poderíamos esperar que cérebros mais velhos sejam mais lentos e esquecidos do que os mais jovens. Pesquisadores dizem que alguns testes cognitivos, utilizados para medir a capacidade mental, podem, inadvertidamente, favorecer os jovens.
 
Um teste cognitivo chamado “aprendizagem emparelhado associado convida pessoas a lembrar um grupo de palavras que não estão relacionadas, como “gravata” e “biscoito”. Estudos têm demonstrado que os jovens são melhores neste teste, mas os cientistas acreditam que idosos têm mais dificuldade de lembrar grupos sem sentido por outro motivo:
 
- Isto simplesmente demonstra que a compreensão da linguagem pelos idosos é muito maior - disse Harald Baayen, do grupo de pesquisa de Linguística Quantitativa de Alexander von Humboldt. - Eles precisam fazer mais esforço para lembrar palavras sem relação porque, ao contrário de jovens, eles sabem muito mais sobre as palavras.
O estudo foi publicado no “Journal of Topics in Cognitive Science”.


Fotógrafo divulga ensaio emocionante sobre a criação de menina autista de 3 anos nos EUA

Criar um filho não é tarefa fácil. Para os moradores de Michigan, nos Estados Unidos, Trevor Gillett e Erica Sanchez, essa tarefa pode ser ainda mais desafiadora porque a menina deles, Michaelynn, de 3 anos, sofre de autismo e, por isso, mal fala. Mas foram os momentos de intimidade entre o casal e a pequena, que encontra formas alternativas de manifestar seu amor pelos pais, que inspirou o fotógrafo americano Clay Lomneth a divulgar uma série fotográfica na qual registra momentos emocionante do cotidiano desta família.
 
Em seu blog, Lomneth conta que passou cerca de cinco meses com o trio para fazer as fotos. Apesar de ter sido ignorado boa parte desse tempo pela pequena Michaelynn, o artista conseguiu documentar a forma com que os pais lidam com o autismo dela e as maneiras peculiares que a menina encontra para se comunicar com eles, como com carinhos e sorrisos. “É como criar um bebê em tempo integral”, falou Lomneth sobre a menina ao Daily Mail.
 
“Aos três anos, ela não sabe dizer se está com fome, se deu uma topada ou se está passando por uma crise histérica, então, tentamos de tudo para acalmá-la. Você tenta distraí-la com uma garrafa, muda a fralda ou o filme que ela está vendo... Às vezes, nada funciona”, disse o pai da pequena ao Daily Mail.
 
As fotos deses momentos foram feitas por Lomneth e fazem sucesso na internet. Confira:

Foto: Clay Lomneth / Divulgação
Foto: Clay Lomneth / Divulgação
Foto: Clay Lomneth / Divulgação
Foto: Clay Lomneth / Divulgação
Foto: Clay Lomneth / Divulgação
Foto: Clay Lomneth / Divulgação
Foto: Clay Lomneth / Divulgação
Foto: Clay Lomneth / Divulgação
Foto: Clay Lomneth / Divulgação

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Como diminuir a sensibilidade auditiva no Autista

As festas de fim de ano são um verdadeiro tormento para a maioria dos autistas e consequentemente para nós pais de autistas, os autistas tem sensibilidade auditiva e barulhos muito altos, ou repetitivos costumam deixa-los nervosos, desorganizados sensorialmente e as vezes com verdadeiro pânico destes sons.

A gente evita ao máximo expor nossos pequenos a estas situações desagradáveis, mas não é possível fazer isto sempre. E o réveillon é uma destas situações, mesmo que a gente não solte fogos em nossa casa, muita gente o faz! Então a gente vai falar aqui de algumas dicas para ajudar nossos filhos a passar por estas situações da melhor maneira possível

A  sensibilidade auditiva no Autista foi definido de uma forma bem fácil de entender pela Mary Temple Grandin uma autista de alto funcionamento bem sucedida profissionalmente e hoje com 66 anos, ela disse que a sua audição funciona como se ela usasse um aparelho auditivo cujo controle de volume só funciona no “super alto”. É como se fosse um microfone ligado que capta todo barulho ao redor. E ela tem duas escolhas: deixar o microfone ligado e ser inundada pelo barulho, ou desligar. Por  isso ela e muitos autistas parecem surdos, eles simplesmente desligam este sentido para não sentir o incomodo do excesso de barulho.
O que pode ser feito:

Reforço
Use o reforço positivo ou negativo: Faça o barulho que incomoda seu filho e ao ve-lo tapar o ouvido faça algo que seja incomodo para ele, como passar bucha vegetal nas mãos por exemplo. Geralmente nós mães temos dó de fazer isto com nossos filhotes, mas não é nada que vá machuca-lo ou estressa-lo, mas existe o reforço positivo, com o nosso filho ele detesta o liquidificador por exemplo e eu vou com ele para cozinha e faço o suco dele no liquidificador e não deixo ele por as mãos no ouvido quando o suco fica pronto eu explico que para ter o suco precisa do barulho e o suco passa a ser o reforço positivo!

Exercício
 1. Aprender a ouvir barulhos e sons espontâneos
Pedimos para criança para ficar em silêncio (se for confortável pra ela de olhos fechados) e escute. Pedimos para que ele observe sons como: um carro que passe na rua, o latido do cão, o som do vento, a máquina de lavar, a porta que se abre. E pedimos a criança que o identifique.

Podem ser feitos em casa, sentado em uma praça, ou onde sua imaginação mandar.
Também pedimos que a criança escute os sons dentro de sí: A batida do coração, o barulho da respiração o barulho da barriga dentre outros.

Este exercício servirá para que a criança aprenda a identificar os sons e também para perceber quais ruidos incomodam para ser trabalhados mais tarde.

A ordem será: “(nome da criança) o que você escuta?”
 
Exercício 2. Aprenda a ouvir os sons e ruídos causados.
Este exercício é realizado sentado à mesa. pede-se que se faça de olhos vendados, mas se a criança se sentir incomodada com isto se posicione atrás da criança, faça os sons e pergunte : “o que você ouve?” 

Deixo uma lista de idéias:
- papel de corte com a tesoura
- batendo na mesa com os nós dos dedos
- passar prego em alguma superfície
- bata bola
- Bater com um martelo
- afiar um lápis
- Dobre o papel
- palmas
- estalar os dedos
- Barulhos com a língua
- Apito
- Soltando um objeto no chão
- Despeje o líquido um copo
- bata com uma colher de chá em um copo
- fechar um zíper
- escreva com giz no quadro negro
- Escreva em papel
- Deixando uma xícara no pires
- Dê uma mordida em uma maçã
- Corte com uma faca
- comer algo crocante
- Assoar o nariz
- Jogue um molho de chaves no chão
- Instrumentos: flauta, castanholas, xilofone, apitos, etc
. – sons onomatopaicos de animais
... dentre outros.

Profissionais que podem ajudar   
Terapeuta Ocupacional 
Eles desempenham um papel fundamental nas dificuldades sensoriais por meio de programas e, muitas vezes a adaptação dos ambientes para garantir aos indivíduos ter uma vida tão independente quanto possível.
 
Fonoaudióloga
Muitas vezes o uso de estímulos sensoriais para incentivar e apoiar o desenvolvimento da linguagem e interação.

Musicoterapeuta 
Usa instrumentos e sons (estímulos auditivos), para incentivar e desenvolver os sistemas sensoriais, principalmente o sistema auditivo.
Trabalhar esta sensibilidade auditiva nos autistas demora um certo tempo, mas vale a pena !