segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A importância de deixar o bebê brincar no chão.



Algumas mães relutam um pouco em colocar seus bebês no chão para brincar, mas a partir do quarto mês de vida, a gente começa a ganhar novas habilidades motoras, como rolar o corpo para os lados e, mais tarde, conseguir sentar sozinho. Então, pra estimular estas movimentações, nada melhor do que deixar a gente brincar no chão sobre um edredom ou tapete lúdico para gente brincar e explorar o ambiente à vontade.

E nada de receio, mamães de plantão. Com os cuidados certos e a gente só tem a ganhar com essa atividade.

Se até agora o seu bebê passou a maior parte do tempo entre berço, carrinho e colo, é hora de expandir esses horizontes. Os sabidos fizeram um estudo que comprova que as criança que cresce com liberdade para se movimentar, o que inclui brincar no chão, têm um desenvolvimento mais rápido.

É que brincar no chão, além de desenvolver a motricidade e fazer com que ossos e músculos sejam fortalecidos, também estimula a percepção e ainda serve de treino para gente aprender a engatinhar.

Como estimular seu bebê?

Mamãe me coloca de bruços sobre um edredom macio. Uma boa idéia é forrar o chão com um piso emborrachado e divertido, como aqueles que se encaixam em módulos e formam um grande quebra-cabeça ou um daqueles tapetes lúdicos.

Ela ainda coloca meus brinquedinhos à minha volta e, quando eu consigo alcançar um deles, a mamãe e o papai fazem a maior festa comigo. Mas eles estão sempre atentos e quando eu me mostro cansado, eles não insistem.

Cuidados necessários
Não precisa ficar com medo de colocar seu bebê para brincar no chão, é só garantir que o ambiente seja seguro e limpo. Evite lugares perto de escadas, janelas e quinas de móveis.

Cuidado com objetos que quebram com facilidade ou que sejam perigosos de alguma forma ao alcance da criança. Proteja todas as tomadas da casa, guarde os tapetes escorregadios e recolha os fios de aparelhos elétricos que as vezes ficam à mostra.

O ambiente deve ser limpo com pano úmido, mas não precisa exagerar na dose. A gente precisa também de um pouco de vitamina “S” de sujeira Lembre-se que um lugar “esterilizado” demais dificulta a criação dos tais anticorpos que defendem o nosso organismo.

Se o seu bebê já sabe sentar sozinho, como é o meu caso, coloque algumas almofadas em volta para quando seu bebê perder o equilíbrio e tombar, não machucar a babeça ou o rostinho.

Eu sempre tombo e isso é irritante. Eu choro, mas é pela frustração por ter tombado. Mas mamãe sempre se mostra tranquila quando isso acontece, daí vejo que não tem problema e continuo tentando.

Fonte: http://bebeblogger.com.br/meu-diario/a-importancia-de-brincar-no-chao/

sábado, 16 de novembro de 2013

Crianças com Síndrome de Asperger não têm falta de empatia




 “ Um estudo inovador sugere que as pessoas com perturbações do espectro do autismo, tais como Asperger, não têm falta de empatia – pelo contrário, sentem as emoções dos outros com demasiada intensidade para conseguirem lidar com elas.”

 “As pessoas com o Síndrome de Asperger, uma forma de autismo de alto funcionamento, são muitas vezes estereotipadas como sendo “totós” distantes que se isolam ou robóticos. Mas, e se o que parece frieza ao mundo exterior for uma resposta devido a estar assoberbado por emoções – um excesso de empatia e não falta dela?

Esta ideia faz sentido a muita gente que sofre de perturbações do espectro do autismo e às suas famílias. Também está alinhada com a teoria do “mundo intenso”, uma nova forma de pensar sobre a natureza do autismo.

Segundo Henry e Kamila Markram, do Swiss Federal Institute of Technology, em Lausanne, a teoria sugere que o problema fundamental nas perturbações do espectro do autismo não é uma deficiência social mas, pelo contrário, uma hipersensibilidade à experiência, o que inclui um medo avassalador da resposta.

“Eu posso entrar numa sala e sentir o que toda a gente está a sentir”, diz Kamila Markram. “O problema é que me chega tudo mais depressa do que eu posso processar. Há aqueles que dizem que as pessoas autistas não sentem o suficiente. Nós dizemos exatamente o contrário: elas sentem em demasia.”

Praticamente toda a gente com perturbações do espectro do autismo (PEA) relatam diversos tipos de excesso de sensibilidade ou medo intenso. Os Markrams argumentam que as dificuldades sociais de quem tem perturbações do espetro do autismo têm origem na tentativa de lidar com um mundo onde alguém levantou o volume acima do 10 nos cinco sentidos (físicos) e em todos os sentimentos.

Se ao ouvir as vozes dos seus pais, quando estava sentado no berço, lhe parecesse estar a ouvir a Metal Machine Music do Lou Reed sob o efeito de ácido, provavelmente também iria preferir enrolar-se num canto e balançar-se.

Mas, é claro, este tipo de recolhimento e de comportamento auto-calmante – movimentos repetitivos; repetição de palavras ou atos; evitar o contacto ocular – interfere com o desenvolvimento social. Sem a experiência que as outras crianças têm através das interações sociais normais, as crianças no espectro nunca chegam a aprender a compreender os sinais sutis.

Phil Schwarz, vice-presidente da Associação de Asperger, da Nova Inglaterra, acrescenta, “Eu acho que a maioria das pessoas com PEA sente-se emocionalmente empática e preocupa-se profundamente com o bem-estar dos outros.”

Portanto, porque é que tantas pessoas veem falta de empatia com uma característica que define a perturbação do espectro do autismo?

O problema começa na complexidade da própria empatia. Um aspecto é simplesmente a capacidade de ver o mundo a partir da perspectiva do outro. Outra é mais emocional – a capacidade de imaginar o que o outro está a sentir e, como resultado, preocupar-se com a sua dor.

As crianças autistas tendem a desenvolver a primeira parte da empatia – que é chamada de “teoria da mente” – mais tarde que as outras crianças. Isto foi demonstrado num ensaio clássico. É pedido às crianças que observem dois fantoches, a Sally e a Anne. A Sally pega num berlinde e coloca-o num cesto, depois sai de cena. Enquanto está fora de cena, a Anne pega no berlinde e põe-no numa caixa. Pergunta-se então às crianças: onde é que a Sally vai procurar pelo berlinde dela quando voltar?

A maioria das crianças com 4 anos de idade sabe que a Sally não viu a Anne a mudar o berlinde de sítio e, por isso, acertam. Aos 10 ou 11 anos, as crianças com problemas no desenvolvimento que tenham QI verbal equivalente ao de uma criança de 3 anos, também acertam. Mas 80% das crianças autistas, com idades entre os 10 e os 11, adivinham que a Sally procurará na caixa, porque sabem onde está o berlinde e não se apercebem de que as outras pessoas não partilham do seu conhecimento.

É claro que se você não se aperceber de que os outros vêm e sentem coisas diferentes, provavelmente preocupar-se-á menos com eles.

É preciso muito mais tempo a uma criança autista do que a uma sem autismo, para se aperceber de que os outros têm experiências e perspectivas diferentes – e o tempo que leva este desenvolvimento varia muito. Mas isso não significa que, uma vez que uma pessoa com perturbações do espectro do autismo se aperceba da experiência do outro, não se preocupe ou não queira estabelecer relação.

Schwarz, da Associação de Asperger da Nova Inglaterra, diz que todos os adultos autistas que conhece, com mais de 18 anos, têm um melhor sentido do que os outros sabem do que o teste Sally/Anne sugere.
Quando se trata de não compreender o estado interno de mentes muito diferentes das nossas, a maioria das pessoas também não consegue lá chegar, diz Schwarz. “Mas a maioria não autista tem livre-trânsito porque, se assumir que a mente do outro funciona como a sua própria, tem muito maior probabilidade de estar certo”.

Portanto, quando, por exemplo, uma criança com Asperger fala incessantemente sobre os seus interesses intensos, não esta a dominar deliberadamente a conversa mas, simplesmente, não considera a possibilidade de poder haver uma diferença entre os seus interesses e os dos seus pares.

Em temos do aspecto da preocupação inerente à empatia apareceu, num website para pessoas com perturbações do espectro do autismo chamada WrongPlanet.net, uma discussão acesa que, aparentemente, suporta a teoria dos Markrams e que foi iniciada quando uma mãe escreveu a perguntar se a sua filha, que é empática mas socialmente imatura, poderia eventualmente ter Asperger.

“Se tenho alguma coisa, é uma luta por ter empatia em demasia,” diz um. “Se alguém está aborrecido, eu fico aborrecido. Há momentos na escola em que outros se portam mal e, se o professor ralha com eles, eu sinto-me como se me tivessem ralhado a mim.”

Outro diz, “Não faço ideia de quando ler dicas sutis, mas sou muito empático. Eu posso entrar numa sala e sentir o que todos estão a sentir e acho que isto é bastante comum no SíndromE de Asperger/autismo. O problema é que apanho com tudo mais depressa do que consigo processar.”

Estudos têm descoberto que, quando estão assoberbadas por sentimentos de empatia, as pessoas tendem a afastar-se. Quando a dor de alguém afeta outro profundamente pode ser mais difícil a este ajudar do que afastar-se.

Para as pessoas com perturbações do espetro do autismo, estes sentimentos empáticos podem ser tão intensos que se recolhem de uma forma que aparenta frieza e falta de cuidado.

“Estas crianças, na verdade, não são não-emotivas. Elas querem interagir – só que lhes é difícil”, diz Markram. “É muito triste, porque são pessoas muito capazes. Mas o mundo é intenso demais para elas e, por isso, têm de se recolher.”

Artigo escrito por Maia Szalavitz

 TRADUÇÃO DO ORIGINAL EM:

terça-feira, 12 de novembro de 2013

10 dicas para ajudar no processamento sensorial em crianças com seletividade e recusa alimentar

Ana Elizabeth Prado
Crefito 3/1670 TO
 

1 - "Alimente o corpo" .
- valorize a experimentação do corpo todo integrado aos sentidos vestibular, proprioceptivo, visual e auditivo de maneira criteriosa. Isto faz parte do programa da terapia de integração sensorial e deve ser orientado para a família seguir a "dieta sensorial" necessária para cada criança.


- ofereça todo dia brincadeiras sensoriais que convidem a criança a explorar seu corpo e o ambiente de várias maneiras para conhecer e ampliar seu repertório sensorial.

2 - "Mexa com as mãos". Um caminho para chegar a boca
 Favoreça momentos lúdicos prazerosos de exploração tátil com diversos materiais, comestíveis ou não.

- massinha, argila, tinta. Papéis e tecidos com texturas diferentes que podem estar no ambiente e revestindo objetos que a criança usa no cotidiano


- farinhas, grãos, sementes, gelatina, mingaus coloridos, frutas.  Mexer em alimentos secos e molhados, sólidos e pastosos, podendo fazer "melecas", de acordo com as possibilidades da criança. Mas tenha por perto um pano se ela quiser se limpar a qualquer momento.




- faça brincadeiras de transformação junto com a criança: uma farinha que vira mingau. Uma aveia que vira um biscoito.

- brinque de achar brinquedos dentro de uma caixa com grãos. Use meias para brincar para fazer fantoches.


- brinque de faz de conta simulando alimentar bonecos, fazendo comidinhas sensoriais.

3 - "Alimente os olhos".
- Muitas crianças com dificuldade na sensibilidade tátil começam a explorar os alimentos pelos olhos. Podendo ser uma forma de acomodação ao estímulo tátil.


- crie bons hábitos alimentares com a família que a criança possa ver o modelo das outras pessoas.

- mostre a preparação dos alimentos. De qual fruta se faz o suco?




- faça combinações divertidas dos alimentos para deixar a refeição convidativa. Para alguns pode ser interessante os alimentos de cores contrastantes. Pesquise e experimente.


4 - "Respeite o tempo"
- sempre comece pelo que a criança gosta e consegue suportar. Se no começo ela só conseguir olhar e não tocar, respeite.
- ou se for preciso deixe comer os alimentos separados e em quantidade menor.
 - para alguns é necessário um tempo maior e um certo modo para conseguir processar as informações.
- valorize sempre os mínimos progressos. Eles podem aumentar!

5- "Prepare a boca"
- antes das refeições, se for possível, estimule brincadeiras orais com cantigas e expressões faciais diferentes



- ofereça bolinhas de sabão, apitos ou outros brinquedos de sopro
- se a criança permitir faça toques com pressão na região oral
- use vibradores orais em contexto de brincadeira.

6 - " Prepare para as mudanças"
 - coloque algum elemento novo naquela brincadeira conhecida, de acordo com o nível e faixa etária da criança. Quanto mais ela aprender a se adaptar às diferenças mais terá recursos internos para amadurecer a auto-regulação.

7 - " Prepare o ambiente"
- a partir do perfil sensorial da criança faça as acomodações necessárias ao ambiente para evitar momentos de desorganização.
- apresente cartelas visuais preparando a sequência da rotina. Elas ajudam a muitas crianças a preverem o que vai acontecer e acomodar uma possível ansiedade.
- deixe o ambiente tranquilo. Preste atenção ao que a criança não gosta além da comida. Por exemplo, para crianças que se incomodam com barulho alto não ligue o liquidificador no momento da refeição.

8 - " Ritualize"
- deixe sempre definido a hora, duração e local da refeição. Que seja de preferência sentado à mesa, com os pés apoiados. Evite ligar a TV ou aparelho eletrônico.
- coloque regras claras. Principalmente quanto ao item de qualidade alimentar. Procure não oferecer líquido antes da refeição e nem guloseimas substituindo a refeição para não interferir no apetite.

9 - "Valorize a independência "
- incentive a participação ativa da criança mesmo que por um momento seja possível só em curtos períodos. Tente favorecer a imagem e sensação do movimento de alimentar-se sozinha, fazendo junto com ela e organizando a ação.



10 - " Prepare-se".
Não é fácil para algumas famílias. Busque em você uma atitude de auto conhecimento e aceitação do que for possível. Ao mesmo tempo alimente o vigor para continuar os desafios. Reserve um tempo para cuidar de você também.


Lembre-se: cada momento lúdico e de prazer é um passo para a autonomia, para qualquer um, no nível que puder ser! 



Fonte: http://http://terapiaocupacional-bethprado.blogspot.com.br