terça-feira, 3 de março de 2015

Coluna do dia: Perfil Pedagógico e Planejamento do professor de classe/escola hospitalar




O professor de classe hospitalar e um mediador entre a criança e o hospital. É indispensável ao professor ter conhecimento das patologias mais frequentes na unidade hospitalar em que atua para saber dos limites clínicos do paciente-aluno.

Para a criança ou adolescente hospitalizado, o contato com o professor e com a classe hospitalar, Fonseca (2003) diz que serve como uma oportunidade de ligação com os padrões da vida cotidiana e com a vida em casa e na escola.

Por consequência, um dos desafios da formação de professores para as classes hospitalares, e da necessidade de um preparo pedagógico mais consistente ligado a uma orientação pedagógica especifica ao campo de atuação da classe hospitalar.

O perfil – pedagógico – educacional do professor de classe hospitalar deve ser adequado à realidade hospitalar na qual atua, destacando sempre as potencialidades do aluno, motivando e facilitando a inclusão da criança no contexto escolar hospitalar.

 Fonseca (2003) ainda destaca que o “professor esta lá para estimulá-las através do uso de seu conhecimento das necessidades curriculares de cada criança”. (Fonseca, 2003, pg 25). Segundo Ortiz (2003) sem abandonar os conteúdos acumulados pela humanidade e flexibilizando os conteúdos escolares, a classe hospitalar vai delineando a sua trajetória.

Planejando o dia-a-dia da Classe Hospitalar
De acordo com Fonseca (2003):  ‘ ter um bom conhecimento da rotina do hospital facilita tanto o trabalho da escola hospitalar como um todo quanto o planejamento do professor. (Fonseca, 2003, pg 38). Geralmente, as classes hospitalares funcionam na parte da tarde para não interferir na rotina médico-hospitalar, que na parte da manha e mais intensa. 

Porém, independentemente do horário de funcionamento da classe hospitalar, uma serie de acontecimentos mescla-se com a rotina de atividades da classe: a necessidade do aluno de se ausentar da classe para fazer exames médicos ou a chegada de visitas tanto para a criança quanto para a classe hospitalar. Essas interferências poderiam prejudicar o processo da mesma, porem para o atendimento pedagógico hospitalar essas interferências fazem parte da rotina da classe hospitalar.

O professor vai fazendo desses acontecimentos, “ganchos” para reestruturar a atividade e/ou assunto ou abrindo uma “nova janela” de acordo com interesse do aluno.
 As atividades da classe hospitalar precisam ter começo, meio e fim e o professor precisa estar ciente que cada dia de trabalho se constrói com um planejamento bem estruturado e flexível.

Primeiramente, o professor deve ler o prontuário medico para tomar conhecimento da patologia da criança e das condições de saúde da mesma. Também as informações dadas pela criança e seu acompanhante sobre as experiências escolares devem ser consideradas. Os primeiros contatos da criança com a classe hospitalar deve ser feita com a mãe ou com seu acompanhante, pois a criança costuma ficar temerosa com o ambiente que ainda não conhece. A mãe ou o acompanhante servira como mediador entre a criança e o professor.

Também é de grande importância; uma visita às enfermarias antes do inicio das aulas, (mais ou menos uma semana antes), na classe hospitalar para verificar quais crianças irão estar de alta hospitalar, a faixa etária, as crianças que são portadoras de necessidades aparentes...etc, pois essas informações vão oferecer subsídios para a elaboração de um planejamento mais elaborado.

A classe hospitalar, ao mesmo tempo em que enfoca os objetivos e aos conteúdos a desenvolver, deve, adequado as necessidades e interesses dos alunos.

 Destaca, ainda, que o professor deve exercitar-se para que diariamente registre as suas impressões e observações sobre o desempenho de cada criança nas atividades desenvolvidas por meio de relatórios que contribui positivamente para que a cada dia tanto o professor quanto a criança consigam atingir os objetivos propostos pela classe hospitalar.

Semana que vem tem mais!!

Referências:
FONSECA, E.S. Atendimento Escolar no Ambiente Hospitalar. São Paulo: Memnon. 2003
ORTIZ, Leodi Conceição Meireles. Construindo classe hospitalar: relato de uma pratica educativa em clinica pediátrica. Revista reflexão e Ação, v.8, n.1,p.93-100, jan/jun.2003.


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