O professor de classe hospitalar e um mediador
entre a criança e o hospital. É indispensável ao professor ter conhecimento das
patologias mais frequentes na unidade hospitalar em que atua para saber dos
limites clínicos do paciente-aluno.
Para a criança ou adolescente hospitalizado, o
contato com o professor e com a classe hospitalar, Fonseca (2003) diz que serve
como uma oportunidade de ligação com os padrões da vida cotidiana e com a vida
em casa e na escola.
Por consequência, um dos desafios da formação de
professores para as classes hospitalares, e da necessidade de um preparo
pedagógico mais consistente ligado a uma orientação pedagógica especifica ao campo
de atuação da classe hospitalar.
O perfil – pedagógico – educacional do professor de
classe hospitalar deve ser adequado à realidade hospitalar na qual atua,
destacando sempre as potencialidades do aluno, motivando e facilitando a
inclusão da criança no contexto escolar hospitalar.
Fonseca
(2003) ainda destaca que o “professor esta lá para estimulá-las através do uso
de seu conhecimento das necessidades curriculares de cada criança”. (Fonseca,
2003, pg 25). Segundo Ortiz (2003) sem abandonar os conteúdos acumulados pela
humanidade e flexibilizando os conteúdos escolares, a classe hospitalar vai
delineando a sua trajetória.
Planejando o dia-a-dia da Classe
Hospitalar
De acordo com Fonseca
(2003): ‘ ter um bom conhecimento da rotina do
hospital facilita tanto o trabalho da escola hospitalar como um todo quanto o
planejamento do professor. (Fonseca, 2003, pg 38). Geralmente, as classes
hospitalares funcionam na parte da tarde para não interferir na rotina
médico-hospitalar, que na parte da manha e mais intensa.
Porém, independentemente
do horário de funcionamento da classe hospitalar, uma serie de acontecimentos
mescla-se com a rotina de atividades da classe: a necessidade do aluno de se
ausentar da classe para fazer exames médicos ou a chegada de visitas tanto para
a criança quanto para a classe hospitalar. Essas interferências poderiam
prejudicar o processo da mesma, porem para o atendimento pedagógico hospitalar
essas interferências fazem parte da rotina da classe hospitalar.
O professor vai fazendo
desses acontecimentos, “ganchos” para reestruturar a atividade e/ou assunto ou
abrindo uma “nova janela” de acordo com interesse do aluno.
As atividades da classe hospitalar precisam
ter começo, meio e fim e o professor precisa estar ciente que cada dia de trabalho
se constrói com um planejamento bem estruturado e flexível.
Primeiramente, o
professor deve ler o prontuário medico para tomar conhecimento da patologia da
criança e das condições de saúde da mesma. Também as informações dadas pela
criança e seu acompanhante sobre as experiências escolares devem ser
consideradas. Os primeiros contatos da criança com a classe hospitalar deve ser
feita com a mãe ou com seu acompanhante, pois a criança costuma ficar temerosa
com o ambiente que ainda não conhece. A mãe ou o acompanhante servira como
mediador entre a criança e o professor.
Também é de grande
importância; uma visita às enfermarias antes do inicio das aulas, (mais ou
menos uma semana antes), na classe hospitalar para verificar quais crianças
irão estar de alta hospitalar, a faixa etária, as crianças que são portadoras
de necessidades aparentes...etc, pois essas informações vão oferecer subsídios
para a elaboração de um planejamento mais elaborado.
A classe hospitalar, ao
mesmo tempo em que enfoca os objetivos e aos conteúdos a desenvolver, deve,
adequado as necessidades e interesses dos alunos.
Destaca, ainda, que o professor deve
exercitar-se para que diariamente registre as suas impressões e observações
sobre o desempenho de cada criança nas atividades desenvolvidas por meio de
relatórios que contribui positivamente para que a cada dia tanto o professor
quanto a criança consigam atingir os objetivos propostos pela classe
hospitalar.
Semana que vem tem mais!!
Referências:
FONSECA,
E.S. Atendimento Escolar no Ambiente Hospitalar. São Paulo: Memnon. 2003
ORTIZ,
Leodi Conceição Meireles. Construindo classe hospitalar: relato de uma pratica
educativa em clinica pediátrica. Revista reflexão e Ação, v.8, n.1,p.93-100,
jan/jun.2003.
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