"- A Sra. é professora não é? Professora de que?
- Eu sou professora do ensino fundamental, antigo primário,
e de educação especial, para crianças deficientes.
- Ahhhh que lindo!! Eu admiro pessoas como a sra. Em qual
escola a sra. Trabalha?
- Não é bem uma escola...trabalho dando aula no Hospital.
- No Hospital? Dando aula para os filhos dos funcionários?
- Não. Dou aula para as crianças internadas na Pediatria.
- Aula? Escola? Tem escola no Hospital?"
Esse diálogo já se tornou “normal”
toda vez que alguém pergunta ou desconfia que sou professora.
E você? Também não sabe que tem
escola no hospital?
Vou explicar então...
A
classe/escola hospitalar não é um fato recente na história da educação. De
acordo com autores da área, a sua origem remonta do inicio do século XX na
França. No Brasil essa pratica educacional iniciou-se em 1950, com a classe
hospitalar no Hospital Jesus, localizado no Rio de Janeiro, porém há registros
que em 1600, ainda no Brasil Colônia, havia atendimento escolar aos deficientes
físicos na Santa Casa de Misericórdia em São Paulo. Essa modalidade de ensino
só foi reconhecida em 1994 pelo Ministério da Educação e do Desporto (MEC)
através da Politica da Educação Especial, e, posteriormente normalizado entre
os anos de 2001 e 2002 com os documentos, também do MEC, intitulados de:
Diretrizes Especiais para Educação Especial na Educação Básica (Resolução
CNE/CEB nº 2 de 11/09/2001) e Classe Hospitalar e atendimento pedagógico
domiciliar: orientações e estratégias (BRASIL, 2002).
Embora a legislação brasileira
reconheça o direito da criança e do adolescente hospitalizado a receber esse
tipo de atendimento pedagógico nos hospitais no período de internação, essa
oferta ainda é muito restrita, não contemplando a todas as crianças com esse
direito.
Até semana que vem!
Parabéns pela coluna! Gostei do texto. Bom conhecer um pouco da história das classes hospitalares.
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