Pioneira no tratamento do autismo, Volta Redonda abriga a primeira
escola municipal do país com atendimento focado em crianças autistas. O
colégio chama-se Dayse Mansur da Costa Lima, que desde 1993 atende
alunos com algum tipo de deficiente ia, mas hoje é exclusivamente para
autistas.
A ideia surgiu porque as unidades
voltadas para deficientes mentais não davam conta da especificidade do
autismo. “ Fizemos um levantamento e detectamos a necessidade de uma instituição especializada”, diz a diretora Cecília Rodrigues Pereira.
Com 26 anos de magistério, a professora Cecília
trabalha na escola desde a inauguração e conta com orgulho os
resultados de sua dedicação. “Comecei a trabalhar com crianças autistas
por opção. Tenho um irmão que aos quatro anos foi diagnosticado como
deficiente mental grave e nunca teve oportunidade de estudar numa
escola. Hoje ele tem 59 anos de idade”, conta a diretora.
Cecília diz que a capacitação é muito
importante. "Você tem que ser especializado para realmente fazer alguma
coisa e trabalhar pelo desenvolvimento desses alunos”. A diretora
afirma que o objetivo da escola é trabalhar dentro da necessidade
específica de cada um dos 81 alunos. “Nós trabalhamos baseados no
programa TEACCH, que é um método de avaliação transdiciplinar
americano,e que parte da necessidade de cada estudante”.
PÚBLICO
A maioria das crianças atendidas é de Volta Redonda, mas alunos de cidades
vizinhas e até de outros estados também são atendidos - nessa caso, a
família se muda para a cidade. A escola funciona em dois períodos, das
7h às 11h e das 13h às 17h, e conta com 26 profissionais. quando o aluno
completa 17 anos, ele é imediatamente transferido para o Semeia (Sítio
Escola Municipal Espaço de Integração do Autista), que atende jovens
autistas em fase adulta.
A ideia do Semeia foi do prefeito de Volta
Redonda, Antônio Francisco Neto, conhecido como protetor dos autistas. À
frente do trabalho no Semeia está a diretora-geral Sandra Maria de
Souza. “Para quem conhece e sabe lidar com autistas, é um trabalho
delicioso. Eles são carinhosos, atenciosos”, elogia Sandra.
Thaísa dos Santos, de 27 anos, é uma das alunas
do Semei. Ela é atendida por equipe especializada desde os seis anos de
idade. “O suporte que a prefeitura nos oferece merece nosso
reconhecimento”, diz o pai da jovem, Antônio Augusto. “Ter uma escola
especializada para nossos filhos se desenvolverem e ainda totalmente
gratuita é uma dádiva. Eu não teria como custear um tratamento desses”.
Lei assegura direitos
Poucos sabem, mas quem sofre de autismo no Brasil tem direitos garantidos por lei. Em dezembro de 2012, a presidenta Dilma sancionou a Lei nº 12.764, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
Poucos sabem, mas quem sofre de autismo no Brasil tem direitos garantidos por lei. Em dezembro de 2012, a presidenta Dilma sancionou a Lei nº 12.764, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
A legislação prevê a participação da comunidade
na formulação das políticas públicas, além da implantação,
acompanhamento e avaliação da mesma. A Lei leva o nome de Berenice
Piana, mãe de um menino autista, que desde que recebeu o diagnóstico
luta pelos direitos dos autistas.
A nova Lei assegura o acesso a ações e serviços
de saúde público, incluindo diagnóstico precoce, atendimento
multiprofissional, nutrição adequada, terapia nutricional e
medicamentos. Há também a garantia de que todo autista tenha assegurado o
acesso à educação e ao ensino profissionalizante, à moradia, ao mercado
de trabalho e à previdência social.
Fonte: O Dia
Queria saber se a escola da assistência a autista leve tbm? Pq minha filha tem Autismo leve.bom dia e obrigada.
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