sábado, 19 de maio de 2012

Aluno com déficit de atenção sofre discriminação em escola de BH

A mãe de um aluno de 12 anos da Escola Municipal Armando Ziller, em Belo Horizonte (MG), acusa a professora e colegas de sala do menino de discriminação.

Gabriel Ferreira, de 12 anos, tem TDAH (Déficit de atenção e hiperatividade) e foi advertido pela professora de geografia, que enviou uma carta à mãe do aluno se queixando do comportamento.

No bilhete, a professora reclama do modelo de inclusão, diz que não tem tempo de planejar aulas específicas para o aluno e que está perdendo a paciência.

A mãe, Marília Ferreira conta que o filho precisa de uma didática diferente para aprender.

— A escola não consegue dar um apoio para ele poder aprender. Isso é frustrante para qualquer mãe. Estou pedindo socorro. Eu espero uma ajuda, uma inclusão social melhor para o meu filho, por que é a única coisa que ele precisa.

Bullying

O aluno estuda na escola desde outubro do ano passado e conta que, além da professora, os alunos de classe também o discriminam por ser diferente.

— Chega um menino novo e eles percebem que ele tem alguma coisa errada e começam a zombar dele sempre. Não dá para aguentar.

Uma colega de sala de Gabriel, não identificada, conta que já presenciou agressões contra o aluno.

— Já vi os meninos chutando ele, xingando...

Falta de preparo

As notas do aluno, que costumavam ser boas, começaram a cair. O mestre em educação Marco Antônio Remigio faz uma análise da carta da docente.

— Vendo as informações percebemos que tem um profissional que necessita também de um apoio, de instrução sobre o que essa criança necessita, como tratar essa criança. Então é preciso estudar e preparar um corpo docente e uma equipe gestora para poder receber cada aluno com uma condição inclusiva. 
 
 

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