Assim que os filhos nascem, um dos momentos mais esperados pelos
pais é a primeira palavra da criança, e com certeza, torcem para que seja
“papa” ou “mama”. O é bastante comum, por tratarem-se de palavras que iniciam
com fonemas bilabiais (anteriores) e bem visivéis no momento que articulamos;
tais como o /b/ e o /m/.Isso é o maior exemplo de que a criança aprende a
partir da imitação, suas tentativas em imitar todos os sons que emitimos quando
falamos com elas, acontecem nos primeiros meses de vida com o balbucio.
Portanto, os pais e cuidadores, podem ajudar no desenvolvimento da fala e
da linguagem de uma criança por ser o dia-a-dia, muito rico em situações que
favorecem a comunicação e o desenvolvimento da linguagem. Os pais precisam
saber como aproveitar essas oportunidades.
Mas, sem saber, muitos, podem também, atrapalhar o caminho
natural da criança rumo à fala. Antes mesmo do seu filho começar a emitir os
primeiros sons, algumas atitudes devem ser evitadas. A seguir , descrevo algumas dicas gerais,
e quais são os principais erros cometidos que os pais não devem evitá-los.
- dar um bom modelo de linguagem articular bem as palavras, usar ritmo normal de fala, voz natural e audível.
- usar palavras pequenas e frases curtas, ou seja, linguagem filtrada ao nível de compreensão da criança.
- não utilizar com frequência palavras no diminutive, nem usar fala ou voz infantilizadas
- quando a criança apontar um objeto, nomeá-lo para que ela armazene auditivamente o som e começe associar ao seu nome.
- gratificar qualquer som que a criança emitir, elogiar incentivar os novos sonhos que ela produzir.
- conversar bastante com a criança, mesmo que ela parece não entender; dar oportunidade dela se expresser, demostrar interesse em ouvi-la e sempre que possível converse com a criança de frente para ela e verbalize as ações enquanto as realiza.
- fazer correção indireta da fala, ou seja, repetir corretamente fases curtas, as palavras que criança falar errado. Agindo assim, o adulto estará dando a criança o modelo correto, além estar enriquecendo seu vocabulário.
- a estimulação deve ser feita por curtos períodos, já que geralmente a criança tem dificuldade em fixar atenção por muito tempo.
- não reprimir a criança por ela não poder se expressar, não achar graça em ficar impaciente com suas dificuldades.
- nomear objetos utilizados na vida diária, falar sobre suas funções e características principais.
- levar a criança para passeios de observações, falar o nome dos lugares, dos objetos enquanto ela esta vivendo a situação, tais com Festas aniversário, clube, cinemas etc.
- dar jogos criativos, que desenvolvam o raciocínio, a compreensão, a coordenação e as percepções. Exemplos: jogos de encaixe, de percepção visual, fantoches etc.
- fazer com que a criança adquira o hábito de ouvir e cantar músicas infantis ou histórias, cd’s e livros, assistir a desenhos animados na TV.
- ler histórias infantis para crianças utilizando livros que tem figuras grandes e coloridas.
- estimular a criança conhecer o seu corpo falar os nomes das partes do corpo e suas funções para criança ouvir enquanto ela utiliza. Exemplo: hora do banho, hora da limitação, durante brincadeiras, etc.
- levar a criança prestar atenção nos sons que ouve e brincar de identificação. Exemplo: Som da campainha, de liquidificador, do telefone, do aspirador de pó, de instrumentos de sons variados, etc.
- estimular a criatividade e a condenação motora através de atividades tais como: como desenhar, colorir, recortar, colar, pintar, manusear materiais diversos, tais como; como massinha, areia/etc.
- dar ordens simples e depois mais complexas para crianças executar. Exemplo: Abra a porta, acenda a luz, vá ao seu quarto e pegue seu travesseiro, etc.
- ensinar e incentivar a criança a ser independente nas atividades de vida diária. (comer, vestir, tomar banho, etc).
- a sucção e a mastigação preparam a musculatura para fala. Se a criança não puder ser alimentada no seio, oferecer a mamadeira com bico ortodôntico e furo pequeno, para que a criança tenha que fazer força para sugar; aos poucos a mamadeira deve ser substituida pelo copo de canudo(antes dos dois anos de idade).
- caso a criança faça uso de chupeta, compre a de bico ortodôntico e eviteque ela sugue o dedo; eutilize com moderação e deve ser retirada lentamente, sem forçar, se possível, antes da criança completar dois anos de idade a fim de não prejudicar a arcada dentária.
- é normal que as crianças que estão adiquirindo linguagem, demorem a pronunciar as palavras ou repitam os sons.(gaguejam).Os pais não devem chamar atenção da criança ou terminar a frase por ela ou mandar que ela “fale logo” ou “fale devagar”. Os pais devem agir o mais naturalmente possível, sem demonstrar ansiedade ou nervosismo.
- exercício com os orgãos de articulação ( lábio, língua, palato,etc), são úteis para que crianças se conscientize de seus orgãos e os utilize corretamente. Sugestã: Estalar a língua(som do cavalo), gargarejar, dar beijos estalados, soprar velas, apitos, língua de sogra, etc.
- fazer com que a criança tenha contato com as criança da mesma idade é fundamental, isto fará com que ela tenha a oportunidade ouvir outras crianças falando, isto fará com que ela tenha a oportunidade de ouvir outras crianças falando, o que estimulará a sua vontade de se comunicar; dai a importância da criança frequenter a Creches ou Escolas. O maternal ou o Jardim de Infância é uma etapa muito importante para o future desenvolvimento escolar da criança, por esse motivo os pais devem importarsse com seus objetivos: socialização, desenvolvimento perceptive e da coordenação motora, enriquecimento do vocabulário etc.
- estas recomendações, sabemos que são seguidos pelos profissionais que lidam com a crianças, porém, devem ser seguidos por todos os adultos que convivem com ela diariamente, poi o desenvolvimento da fala e da liguagem de uma criança, depende em grande parte, da quantidade e qualidade de estimulação que ela recebe do meio ambiente, e os familiares são as pessoas que tem as melhores condições e oportunidades para fazer uma boa estimulação.
- os pais não devem preocupar-se exageradamente se seus filhos falarem errado, o mais importante é que a compreensão e a estruturação de frase esteja de acordo com a sua idade. O “falar “errado, só deve preocupar, se prejudicar a comunicação da criança ou se persistir além dos três anos de idade. Neste caso, leve seu filho para que um fonoaudiólogo avalie se é necessário que seja feito tratamento.
Até a próxima!
Maria Paula
C. Raphael
CRFa 7364-RJ
Fonoaudióloga,
Sociopsicomotricista Ramain-Thiers, Docente da AVM Faculdade Integrada,
cursos de pós graduação (UCAM), Eventos em Educação presencial e on-line,
Supervisora na Formação em Sociopsicomotricidade Ramain-Thiers, Palestrante em
eventos de educação e saúde.
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