A professora Luciana Depieri Freire descobriu um método de ensino que
estimula partes do cérebro até então inexploradas. Com ações simples, o
aprendizado e as notas dos alunos aumenta.
A descoberta começou quando Luciana dava aulas para deficientes na Apae (Associação de Pais e Amigos de Excepcionais)
de Olímpia. A educadora resolveu estimular o interesse dos estudantes
usando novas tecnologias e se colocou o desafio de fazer estudantes com
paralisia cerebral desenharem com o uso do mouse, um deles é Celsinho. A
educadora conta que no começo a missão parecia impossível.
— Ele ficava batendo a mão sobre o mouse e o objeto caia. Era
impossível fazer ele usar o mouse. O teclado também, ele não conseguia
parar com a mão no teclado, ficava batendo em todas as teclas.
A professora não desistiu e hoje o aluno consegue pintar, desenhar e até escrever no computador.
— Realmente é possível mudar e melhorar a vida e o aprendizado de
todas essas crianças, mas é preciso ter determinação, paciência, porque
às vezes isso requer um tempo. Cada pessoa vai responder de uma forma.
O caso de Celsinho fez Luciana desenvolver uma pesquisa independente,
desenvolvida com a ajuda de médicos neurologistas na faculdade de
medicina de São José do Rio Preto. O estudo descobriu quando o aluno
desenha com a mão esquerda (caso seja destro) estimula partes do cérebro
que até então não foram exploradas. Isso fez aumentar a capacidade de
atenção e aprendizado dos estudantes.
— O que importa bastante são as linhas e curvas que as crianças
precisam desenvolver para poder estimular o cérebro, não é a beleza do
desenho.
A pesquisa foi reconhecida. Atualmente as técnicas que a professora
desenvolveu são aplicadas em todas as escolas da rede municipal da
cidade de Olímpia.
O MEC (Ministério da Educação) destacou o projeto como um importante recurso pedagógico.
Assista ao vídeo:
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