Os transtornos na memória podem ser definidos como dificuldades do
aluno no processo de recebimento, triagem, classificação, armazenamento
e/ou recuperação de informações que pode ser devido a deficiências
neurológicas de ordem funcional, métodos de ensino inapropriados e
dificuldades sócio-culturais.
Na avaliação do aluno, podemos identificar dificuldades na:
MEMÓRIA VISUAL:
- Incapacidade de recordar objetos vistos anteriormente;
- O aluno não é capaz de ordenar partes ou aspectos de uma sequência temporal;
- Dificuldade em visualizar e mentalmente criar uma foto.
MEMÓRIA AUDITIVA:
- Não é capaz de reconhecer e / ou lembrar ruídos, sons e palavras;
- Dificuldade em diferenciar sons semelhantes;
MEMÓRIA SENSÓRIO MOTORA:
- Não é capaz de imitar, reconhecer e lembrar de movimentos isolados e / ou sequenciados;
- Dificuldades de memórias de toque;
- A incapacidade de reconhecer e lembrar sensações táteis isoladas.
MEMÓRIA OLFATIVA E GUSTATIVA:
- Incapacidade de lembrar sensações olfativas e gustativas.
O professor pode auxiliar os alunos com a aplicação de estratégias
que ajudem a melhorar a capacidade de armazenamento das informações.
Para isto, pode fazer uso de estratégias como:
- De assimilação significativa: acostumar os alunos a analisarem a informação com atitudes como sublinhar, tomar notas e entender o significado das palavras. O aluno deve ser ativo na compreensão do que está fazendo;
- Organizacionais: incentivar o aluno a formar grupos, associações, relações, diagramas, mapas conceituais e organogramas;
- Apresentação da tarefa: sempre lembramos melhor o que é transmitido no início e no fim e, a zona intermediária é mais propensa ao esquecimento. O professor deve explicar, em primeiro lugar, do que se trata, destacando os principais pontos de atenção e, na fase final, sintetizar as últimas idéias fazendo um tipo de resumo;
- Uso de imagens visuais e recursos auditvos: o apoio visual e auditivo, como apresentações, simulações e fotografias ajudam na assimilação pois ativam vários sentidos ao mesmo tempo. Fotos, imagens, símbolos e palavras chave ajudam na assimilação;
- Ambiente: um ambiente favorável ajuda o aluno a manter um foco direto sobre o que está sendo trabalhado. A sala de aula deve ter boa iluminação, evitar a poluição visual e o nível de barulho para que o cérebro não seja bombardeado com um excesso de informações e para que o aluno não tenha um cansaço mental lutando com as imagens e ruídos em excesso;
- Tarefas escritas: deixe as tarefas escritas para o final das atividades para consolidar a aula;
- Atenção e motivação: tenha em mente que o nível de atenção e de memorização influenciam diretamente na capacidade de memorização. Só aprendemos quando temos prazer, vontade e engajamento;
- Material: o material apresentado deve ser agradável, interessante e significativo, sem poluição visual, com temas atuais e contextualizados e, acima de tudo, com apresentação gráfica simples, limpa e organizada;
- Prática: prática com qualidade ajuda na memorização e, com qualidade, não quer dizer uma simples repetição de palavras e exercícios para encher uma linha ou uma página. Prática quer dizer usar os conteúdos em diversas situações significativas para concretizar conceitos, memorizar informações e generalizar o conhecimento.
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