A palavra "lúdico", tão utilizada por quem trabalha com infância e educação, vem do termo em latim "ludus", que significa brincar ou jogar. E quando a educação se apropria desse espírito, o que surge?
Você já viu falar de "ludoeducação"? Trata-se uma abordagem pedagógica que incorpora a ludicidade, ou seja, as brincadeiras, os jogos e o potencial brincante natural da criança, ao processo de ensino-aprendizagem.
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Enquanto estão brincando, as crianças apreendem códigos sociais, socializam com o igual e o diferente, aprendem a negociar suas vontades e vivenciam uma infinidade de experiências educativas.
A proposta é utilizar a brincadeira para apresentar à criança caminhos para as descobertas, a apreensão da linguagem e a resolução de problemas.
De acordo com essa perspectiva, a criança teria com o ensino uma experiência mais significativa, estimulante e, claro, divertida.
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A proposta dessa abordagem pedagógica é aproveitar a linguagem da brincadeira para oferecer às crianças a possibilidade de aprender brincando.
De acordo com informações do Centro de Referências em Educação Integral, o potencial educativo das práticas lúdicas é vasto: estimula a coordenação motora, as habilidades intelectuais, o desenvolvimento emocional, além da comunicação verbal e não-verbal do indivíduo. Por meio da brincadeira, as crianças compreendem papéis sociais, avaliam soluções, negociam, fazem estimativas, planejam, além de socializarem com seus pares.
“A ação na esfera imaginativa, numa situação imaginária, a criação de propósitos voluntários e a formação de planos de vida reais e impulsos volitivos aparecem ao longo do brinquedo, fazendo do mesmo o ponto mais elevado do desenvolvimento pré-escolar. A criança avança essencialmente através da atividade lúdica”, defende o teórico russo Lev Vygotsky, ícone do conceito de ensino como processo social.
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