sexta-feira, 15 de abril de 2016

Intervenções Autismo | Questões Sensoriais e DIR Floortime - São Paulo



Dia: 25/06/2016
Horário: 08h às 17h
Local: Estácio UniRadial - Auditório - Av. Jabaquara, 1870 - Saúde, São Paulo - SP (próximo a estação de Metrô L1 - Saúde)
Carga Horária do certificado de participação: 9 horas.

CONTATO:
E-mail: contato@creativeideias.com.br
Telefone: (21) 2577 8691 | (21) 980684462 (Tim)

PÚBLICO ALVO:
Profissionais Estudantes de Graduação e/ou Pós das áreas de saúde e educação, Familiares, e demais interessados no assunto.

CRONOGRAMA (sujeito a alterações):
8h às 9h - Credenciamento
9h às 12h - Palestra
12h às 13h30 - Almoço Livre
13h30 às 17h - Palestra
17h - Encerramento com sorteio de brindes e entrega dos certificados


PROGRAMA DO CURSO:
a) Questões Sensoriais;
bProblemas sensoriais no autismo;
cTrabalhando questões sensoriais dentro da escola;

dIntrodução ao modelo DIR® Floortime®.


PALESTRANTE:

Helena Gueiros - Terapeuta DIR/Floortime C2 pelo ICDL Institute; Certificada em Integração Sensorial - Mentorship 1 pela SPD Foundation; Fisioterapeuta; Psicomotricista;CREFITO-2: 113320-F.


INVESTIMENTO (para pagamento até a data limite e limitado a capacidade total do auditório) - de R$ 120,00 por:


  • até 29/04/2016
R$ 90,00 - individual (cartão) 
R$ 80,00 - individual (depósito)
R$ 70,00 - por inscrito (depósito) - grupo a partir de 4 pessoas


  • até 20/05/2016
R$ 99,00 - individual (cartão) 
R$ 90,00 - individual (depósito)
R$ 80,00 - por inscrito (depósito) - grupo a partir de 4 pessoas


  • até 10/06/2016
R$ 120,00 - individual (cartão) 
R$ 100,00 - individual (depósito)
R$ 90,00 - por inscrito (depósito) - grupo a partir de 4 pessoas



INSCRIÇÕES E PAGAMENTO: www.creativeideias.com.br



Autismo - Identifique a causa dos meus descontroles


Autismo e o algo mais comorbidades


domingo, 10 de abril de 2016

COLUNA DO DIA: Dia Mundial da Voz



O 16 de abril é o Dia Mundial da Voz; o dia para a conscientização e Campanha Nacional do uso da Voz.

Uma pergunta muito comum é: 
Rouquidão persistente é normal? NÃO.

O Brasil é um  dos países do mundo, com maior ocorrência de câncer de laringe, geralmente ocasionado pelo fumo ou álcool; e existem grandes possibilidades de cura quando diagnosticados logo no início.

Se um dos sintomas abaixo persistir, por mais de 15 dias, procure um especialista:
   Cansaço e ou esforço para falar;
   Necessidade de raspar a garganta constantemente;
   Perceber a voz sumindo ou falhando;
   Engasgar muito durante a alimentação;
 Rouquidão pode ser o 1º sintoma; 
Portanto, seguem algumas dicas para você tornar-se amigo da sua voz; 
   Beba 2 litros de água por dia.
   Durma bem.
   Use vestuário confortável.
   Fale sem esforço e articule bem as palavras.
   Falar devagar e com boa dicção, melhora a compreensão mensagem e diminui o esforço para falar.
   Evite pigarrear, gritar e dar gargalhadas exageradas. Evite o grito, este hábito machuca as pregas vocais.
   Mantenha uma boa postura corporal ao falar ou cantar. Cuidado ao cantar inadequadamente ou abusivamente.
   Tenha uma alimentação saudável rica em frutas e proteínas. Evite alimentação muito condimentada e frituras em excesso. Problemas gástricos podem prejudicar sua voz
   Evite ingerir álcool em excesso, bem como outras drogas. O fumo é MUITO prejudicial a sua voz.
   Cuidado com a automedicação, alguns remédios podem afetar a sua voz. Só use pastilhas para garganta com indicação médica.
   Maça é um excelente alimento, e contém pectina, uma substância adstringente, excelente para limpar as pregas vocais, antes e após um longo período de fala.
   Procure reduzir a quantidade de fala durante quadros gripais, crises alérgicas e período pré-menstrual
   Cuide das alergias com a ajuda de um médico.
   Evite falar por longos períodos, principalmente em ambientes ruidosos.
   Esteja atento aos primeiros sintomas de alteração vocal como cansaço. ardor ou dor ao falar, falhas na voz, mudança de tom, pigarro e rouquidão.
   Crianças podem ter problemas de voz.
   Pais, sejam exemplo de uma boa voz.
   O estresse prejudica sua voz.
   Evite falar alto demais, procure recursos para amplificar a voz. Sempre quando possível use o microfone.
   Profissionais da voz, professores, atores, telefonistas, atendentes, vendedores, advogados, cantores, operadores de telemarketing, pelo uso constante da voz, tem mais possibilidades de apresentarem problemas de voz. Lembre-se, rouquidão por mais de 15 dias, não é normal.  Procure um especialista.
   Seja você também, amigo da sua voz. No caso de problemas vocais, e perceber os primeiros sinais de alterações na sua voz, procure um fonoaudiólogo e um médico otorrinolaringologista.

Até a próxima!

Maria Paula Costa Raphael
CRFa 7364-RJ
Fonoaudióloga, Socioterapeuta,Sociopsicomotricista Ramain-Thiers, Docente da AVM  Faculdade Integrada, cursos de pós graduação (UCAM), Eventos em Educação presencial e on-line, Supervisora na Formação em Sociopsicomotricidade Ramain-Thiers, Palestrante em eventos de educação e saúde.



sábado, 9 de abril de 2016

Cartilha de diretrizes à estimulação precoce de crianças com Microcefalia


Um documento com orientações práticas quanto à estimulação precoce de crianças com atraso no desenvolvimento foi lançado pelo Ministério da Saúde. O lançamento deste material faz parte do conjunto de ações desenvolvidas em caráter de urgência dado o aumento de casos de microcefalia em todo o país em decorrência de infecção pelo vírus Zika.
Em artigo publicado no site Portal da Saúde é apresentada a cartilha que representa o primeiro documento lançado pelo Ministério da Saúde que reúne todas as diretrizes para estimulação precoce de crianças com atraso no seu desenvolvimento. “As Diretrizes unificam o conhecimento e a conduta de atenção às crianças com microcefalia, para promover a estimulação no menor tempo possível, entre zero e três anos, que é a janela de oportunidade para a redução do nível de comprometimento causado pela malformação”, disse o secretário de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame.
Na cartilha são descritas orientações práticas relacionadas ao desenvolvimento neuropsicomotor da criança, desde a avaliação do desenvolvimento auditivo, visual, motor, cognitivo e da linguagem até a prática da estimulação precoce. Além desses aspectos, são abordadas questões como o uso de tecnologia assistiva (bengalas e cadeiras de rodas), a importância do brincar e a participação da família na estimulação precoce.
Textos e imagens trazem informação sobre como profissionais podem estimular e orientar a estimulação por membros da família. Veja o exemplo abaixo onde é ilustrada a forma de estimular uma criança para rolar a partir do seguimento visual de um objeto.
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As informações presentes na cartilha são direcionadas às equipes da atenção básica e especializada para reabilitação e pretendem auxiliar na elaboração do programa de estimulação precoce que possibilite um melhor desenvolvimento da criança com microcefalia, em especial até os três anos, período de maior resposta aos estímulos.
Na Atenção Básica, o material é direcionado às Unidades Básicas de Saúde, Saúde da Família e Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs). Na Atenção Especializada, o público-alvo é a Atenção Domiciliar, Hospitalar, Ambulatórios de Especialidades e de Seguimento do Recém-Nascido, e Centros Especializados em Reabilitação.
Outra informação importante é sobre a capacitação dos profissionais de Reabilitação:
O Ministério da Saúde prepara o lançamento de um curso à distância para capacitar profissionais de saúde que vão atuar na estimulação precoce. O curso será ofertado a fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, médicos, entre outros profissionais que trabalham com estimulação precoce e que atuam nos diversos serviços da Rede SUS (Atenção Básica e Especializada), como os ligados aos NASF e os Centros Especializados em Reabilitação, que serão certificados após a conclusão do curso.
A meta do Ministério é que 7.525 profissionais, pelo menos, participem desta capacitação. O curso será desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte. As matrículas devem começar em março.

Autismo na Escola


As maiorias das crianças dentro do espectro autista apresentam Transtorno de Processamento Sensorial (TPS), onde suas habilidades de processar e organizar as informações recebidas pelo ambiente são deficitárias, consequentemente os seus comportamentos (resposta aos estímulos) são inadequadas em determinadas situações.
É comum observar, em crianças com autismo, comportamentos em decorrência da dificuldade de processamento, tais como colocar as mãos nos ouvidos por causa de determinado som, correr de um lado para o outro, pular de certos lugares como sem apresentar noção de riscos. São crianças que muitas vezes estão em busca de informações sensoriais para sentir seu corpo no espaço.
A Integração Sensorial é um processo neurológico em que o sistema nervoso central organiza as informações recebidas do ambiente (interno- corpo e externo – mundo). Quando o processamento de informações ocorre de forma harmoniosa, o comportamento emitido é adequado ao contexto, e a aprendizagem ocorre sem intercorrências. Porém quando o sistema nervoso central é imaturo, a habilidade de processar e organizar as informações recebidas do ambiente é deficitária, consequentemente, comprometendo o comportamento e a aprendizagem.
Levando essa realidade em consideração e transferindo para sala de aula, podemos pensar o quanto pode ser difícil uma criança dentro do espectro autista com um perfil de TPS enfrentar a escola. Pois o ambiente escolar é um mundo de estímulos, sonoros, olfatórios, visuais, táteis e com isso devemos criar estratégias para que esse ambiente desafiador seja ao mesmo tempo acolhedor, oferecendo para a criança adaptações adequadas para seu perfil sensorial.
O professor pode modelar uma tarefa partindo da iniciativa da criança e atrair seu interesse; o objetivo é incentivá-lo a imitar espontaneamente, em vez de forçá-lo para fazer algo.  Propor atividades dentro da linha de interesse da criança faz o aprendizado fluir com mais naturalidade. O invés de fazer perguntas mecânicas (“Que cor é essa?”), é mais interessante pedir para a criança escolher a cor do brinquedo que deseja, fazer a atividade de forma mais interativa. Desta forma, a sua aprendizagem não resultará de forma mecânica, mas sim de uma motivação.
Oferecer materiais que possibilitem diferentes texturas (ásperas, lisas, etc), com diferentes formas e peso, peças tridimensionais, lápis de cor, giz de cera, massa de modelar, argila, por exemplo, que estimulem as descobertas sensórias, propiciando liberações de tensões e contribuem para novos esquemas cognitivos cumprindo com o objetivo pedagógico.
ADAPTAÇÕES
  • Manter a organização do espaço físico (pouco material visual exposto na parede, no chão e no teto, selecionar previamente os materiais a serem utilizados na atividade e eliminar os demais estímulos desnecessários).
  • Recursos facilitadores como, sinalizar o início, a transição ou a finalização de uma atividade por meio de sons ou movimentos (ex: uma música).
  • Reduzir ruídos externos e internos durante a realização de atividades
  • Alocar as crianças longe das janelas, de portas e grande circulação durante a realização de atividades que exigem maior atenção.
  • Organizar o quadro de rotina em que se possa tocar, cheirar, grudar, colar, validar as informações sensoriais que mais facilitam a compreensão e a organização do aluno.
  • Promover antecipação das atividades com a apresentação da rotina.
  • Falar em tom mais baixo, para diminuir o alerta da classe e aumentar a atenção dos alunos.
  • Ajustar postura da criança, para que mantenha mais atenção (oferecer assentos texturizados, almofadas ou bolas de pilates, ajustar a altura da mesa e da cadeira, proporcionando que a criança apoie os pés no chão e os cotovelos sobre a mesa).
  • Respeitar limites das crianças que apresentam sensibilidade ao toque e sons;
  • Permitir o uso de engrossadores de lápis para o refinamento da escrita, incentivar o desenho livre com os dedos sobre superfícies lisas e com texturas.
  • Promover brincadeiras que envolvam movimentos e coordenação motora grossa antes de iniciar uma atividade de coordenação motora fina.
  • Promover atividades de coordenação motora fina com as crianças em diversas posições (chão, carteiras, em pé ou com apoios diferenciados).
  • Recursos visuais são facilitadores na atenção e na execução das atividades pedagógicas (ex: engrossar as linhas do caderno com caneta preta, usar contrastes preto e amarelo ou azul e branco para destacar ordem e regras a serem seguidas durante a atividade).
  • Recursos auditivos são importantes para prevenir que a criança entre em estado de alerta, é importante antecipar sons inesperados (como o sinal para o recreio ou para o termino de uma aula).
  • Minutos antes do termino do recreio, propor brincadeiras mais mais calmas, ou permitir que a criança entre depois dos colegas quando a sala estiver estabilizada.
Depois de 30 minutos de atividades pedagógicas, a predisposição para aprendizagem pode estar muito prejudicada por falta de concentração, então nas atividades que exigem muita concentração, seria indicado permitir o aluno se movimentar de forma contextualizada e funcional, a mesma atividade pode ser dividida em três etapas: uma parte na posição sentada, outra no chão e outra em pé. Mobiliários confortáveis, na altura correta são importantes para ajudar o aluno mente a concentração e proporcionar a postura adequada, pois a má postura por falta de ergonomia pode ocasionar não somente o cansaço físico e a desatenção, mas como pequenas lesões e sobrecargas físicas.
Essas e outras atividades sensoriais mostram que, controlando o ambiente da sala de aula, o educador poderá favorecer para o aprendizado da criança maximizando as possibilidades de agrupamento. Tais estratégias na escola têm como objetivo favorecer a aquisição das habilidades necessárias à aprendizagem acadêmica, aperfeiçoando o processo de desenvolvimento da criança, aprimorando sua coordenação motora, percepção, seu planejamento motor e sua capacidade para realizar atividades com objetivo.
O material pedagógico utilizado em sala com as crianças não necessariamente tem que fazer parte do conteúdo curricular da escola, que instrumento importante é aquele que estimula o aluno, possibilitando-lhe que ele refine seu aprendizado a atingir as elaborações cognitivas e motoras mais elevadas. O grande foco na educação deve estar no processo de aprendizagem e não nos resultados.
Referência:
– GREENSPAN, Stanley I.; WIEDER, Serena. El Niño con Necessidades Especiales. The interdisciplinary Council on Developmental and Learning Disorders (ICDL), 2006.
– MOMO, Aline R. B; SILVESTRE, Claudia; GRACIANI, Zodja. O processamento sensorial como ferramenta para educadores: Facilitando o processo de aprendizagem. 3 ed. São Paulo:  Artevidade/Mennon , 2011.
Fonte: Reab.me

segunda-feira, 21 de março de 2016

COLUNA DO DIA: A Síndrome de Down e a Psicomotricidade







Buscar informações sobre a Síndrome de Down sempre é muito importante, principalmente, se atualizando com profissionais diversos, escolas, livros, instituições, associações. Procurar sempre ficar por dentro do assunto, buscar soluções (elas existem), perceber que a família é a essência de tudo e acreditar acima de tudo nas coisas boas e não se ocupar somente de problemas. O diagnóstico não deve alterar o sentimento de amor e aceitação de um filho com Síndrome de Down. A família tem de procurar fortalecer este sentimento desde sempre.

           Fatores psicomotores como motricidades, lateralidade, tônus, esquema corporal, postura, dentre outros atuam na integração do SPH (Sistema Psicomotor Humano) e dessa forma a pessoa consegue desenvolver-se dentro dos padrões normais e de uma forma mais saudável, mesmo aqueles que precisam de uma atenção maior, com alguma necessidade especial, o desenvolvimento acontece. Podendo traçar um plano de intervenção mais apropriado, identificando problemas, padrões diferenciados fica muito mais adequado o trabalho psicomotor com a pessoa Síndrome de Down. A psicomotricidade pode ampliar a percepção sensorial e motora, prevenir possíveis complicações, oferecer meios para a obtenção de uma melhor qualidade de vida, dando uma nova perspectiva ao desenvolvimento. Ela surge para amenizar dificuldades psicomotoras e utiliza estratégias cognitivas para as aprendizagens. A Síndrome de Down possui características específicas em sua motricidade, item fundamental para o desenvolvimento do ser humano. Faz-se necessário uma avaliação motora para delinear um perfil psicomotor e assim destacar as potencialidades e dificuldades motoras e oferecer a oportunidade da Síndrome de Down ser acompanhada através de um programa adequado que deve levar em consideração trabalhos que envolvam atividades lúdicas, músicas, histórias, mímicas, dentre outras que venham a estimular a evolução dos aspectos psicomotores. Através da psicomotricidade cria-se possibilidades para todos poderem explorar os potenciais motores próprios, facilitando que outras habilidades sejam adquiridas. 

A criança com síndrome de Down possui o desenvolvimento psicomotor mais lento devido às próprias peculiares da enfermidade e pelos problemas associados, como alterações visuais, cardíacos congênitos e outros (LEFÈVRE, 1988).

          A alteração cromossômica, Trissomia 21, existente da Síndrome de Down  não impede que a pessoa Down tenha o desenvolvimento da inteligência comprometido. De certa forma, uma das coisas que possibilita seu desenvolvimento é a influência derivada do seu meio, influências ambientais e, especialmente relacionais. Esse meio é justamente um dos fatores que influenciará nas limitações para realização de algumas atividades e habilidades motoras, estimulando a parte motora, psicológica e afetiva. A pessoa com Síndrome de Down trabalhada com a psicomotricidade adquire capacidades cognitiva, afetiva, motora, intelectiva e afetiva e passa a ter como base de sustentação o seu próprio corpo. É importante que este trabalho vise a atenção, pois irá trabalhar a fixação e a mobilização nos outros, nos objetos, nas informações fornecidas, na expressão que ajudará em seu comportamento, temperamento e sociabilidade,  na memória para ajudar na dificuldade de organização, na correlação, na análise, no cálculo, no pensamento abstrato e na linguagem, focando as dificuldades respiratórias, perturbações fonéticas e de articulação e auditivas. Todas estas contribuições e aquisições ajudam a desmistificar o preconceito e exclusão a respeito das pessoas com essa síndrome. Pessoas que estimuladas desde o nascimento desenvolvem interesse e habilidades necessárias para a aquisição e evolução das funções cognitivas e motoras.

          A família tem um papel fundamental em todo este processo. Deve haver afeto, contato e vínculo. É de extrema importância para a aprendizagem, já que ela só acontece de forma adequada, quando o emocional da pessoa se encontra estabilizado. Um filho é um acontecimento na vida de uma família, especialmente dos pais e mães. São várias transformações, o recebimento de um novo membro, a fantasia de uma criança chegando. É uma mudança. De repente vem o diagnóstico que muda toda uma representação, a fantasia de que está gerando um filho dito “normal”, uma desconstrução, um desequilíbrio, o começo de períodos difíceis. Fatores emocionais são mais atuantes, principalmente relacionados à interação com seus bebês. O processo de adaptação é mais exigente, mas nunca será impossível. Entendam: “Meu filho nasceu Down, o que eu faço?” – “Seja mãe, seja pai”. É o que eles precisam.

Dia 21 de Março – Dia Mundial da Síndrome de Down  (2016)
          As pessoas com Síndrome de Down deixam lindas histórias expressas na alma, que mesmo a distância não muda o sentimento que sinto por elas. Amor, puro amor! Tudo é muito presente e é um mundo bonito e feito por pessoas lindas. Você que tem Síndrome de Down tira as fotos mais simples, mas são as mais lindas, porque revelam as pessoas que vocês são em cada momento e em um momento no tempo em que apenas o motivo daquele sorriso importa. Vocês não precisam mostrar que são pessoas lindas, tá? Deixem que as pessoas se tornem lindas diante de vocês.

Beijos e até a próxima!

Fátima Alves

Fonoaudióloga, Palestrante, Autora, e Consultora na área de Psicomotricidade, Inclusão e Educação; Sócio-terapeuta Ramain-Thiers, Psicomotricista titulada pela SBP. Mestre em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente, UNIPLI. Docente da Pós-graduação da AVM Faculdade Integrada, FAMESP e IBMR Centro Universitário. Presidente da ABP, gestão 2008/2010. Conselheira da ABP. Autora dos livros da WAK Editora: “Psicomotricidade: corpo, ação e emoção”; “Inclusão: muitos olhares, vários caminhos e um grande desafio”; “Como aplicar a Psicomotricidade: uma atividade multidisciplinar com Amor e União”,  “Para Entender a Síndrome de Down” e “A Psicomotricidade e o Idoso: uma educação para a saúde”.



 
Referência Bibliográfica:
·         LEFÈVRE, B.H. (1985). Mongolismo – orientação para famílias. ALMED, 2ª Ed. SP.