Dentro de apenas dez anos, o Prêmio Nobel de Química Demis Hassabis pretende curar todas as doenças com ajuda da inteligência artificial (IA) – pelo menos é o que se tem lido na internet. O cofundador e diretor executivo da Google DeepMind, especializada em IA, foi entrevistado sobre vários aspectos dessa tecnologia no programa 60 Minutes, da emissora americana CBS News.
Juntamente com o colega John M. Jumper, inglês de 48 anos desenvolveu na DeepMind o modelo de IA AlphaFold2, capaz de prever as estruturas de praticamente todos os 200 milhões de proteínas atualmente conhecidas. Essas substâncias desempenham uma série de funções biológicas, e distúrbios em sua produção, estrutura ou função podem resultar em patologias. A descoberta valeu à dupla o prêmio de química em 2024.
No diagnóstico baseado em imagens de tomografia computadorizada, a IA reconhece muito mais rapidamente a presença de alterações patológicas, explica Florian Geissler. A técnica também ajuda no caso de efeitos colaterais inesperados numa combinação de medicamentos, possibilitando otimizar os métodos de tratamento.
A inteligência artificial tem ainda o potencial de reduzir a carga sobre o sistema de saúde, "por exemplo resumindo automaticamente as conversas com os pacientes e preparando relatórios estruturados para as caixas de saúde", diz o pesquisador. "Isso poupa tempo precioso do sistema de saúde. Aqui a IA terá um papel decisivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário