Desenvolvido pelo psiquiatra infantil Stanley
Greenspan, Floortime (ao pé da letra tempo no chão) é um método de
tratamento que leva em conta a filosofia de interagir com uma criança
autista. É baseado na premissa de que a criança pode melhorar e
construir um grande círculo de interesses e de interação com um adulto
que vá de encontro com a criança independente do seu estágio atual de
desenvolvimento e que o ajuda a descobrir e levantar a sua força.
A meta no Floortime é desenvolver a criança dentro
dos 6 marcos básicos para a plenitude do desenvolvimento emocional e
intelectual do indivíduo. Greenspan descreveu os 6 degraus da escada do
desenvolvimento emocional como: noção do próprio eu e interesse no
mundo; intimidade ou um amor especial para a relação humana; a
comunicação em duas vias (interação); a comunicação complexa; as idéias
emocionais e o pensamento emocional. A criança autista tem dificuldades
em se mover naturalmente através desses marcos, ou subir esses degraus,
devido à reações sensoriais exacerbadas ou diminuidas e/ou a um controle
pobre dos comandos físicos.
No Floortime, os pais entram numa brincadeira que a
criança goste ou se interesse e segue aos comandos que a própria
criança lidera. A partir dessa ligação mútua, os pais ou o adulto
envolvido na terapia, são instruídos em como mover a criança para
atividades de interação mais complexa, um processo conhecido como "
abrindo e fechando círculos de comunicação". Floortime não separa ou
foca nas diferentes habilidades da fala, habilidades
motoras ou cognitivas, mas guia essas habilidades propriamente,
enfatizando o desenvolvimento emocional. A intervenção é chamada
Floortime porque os adultos vão para o chão, para poder interagir com a
criança no seu nível e olho no olho.
PARA ENTENDER MELHOR - Fotos de uma escola para
autistas nos EUA ( Escola chamada "Celebrando as Crianças") que utiliza o
Floortime.
1ª FOTO: Cresça e Brilhe! O professor dançando
com o estudante durante o "ciclo da manhã" que ajuda a elucidar as
mudanças emocionais, a atenção e a participação.
2ª FOTO: O Tráfego! 3 estudantes na linha de
chegada de um jogo chamado: "luz vermelha, luz verde", o qual é usado
para reforçar o equilíbrio e o planejamento das habilidades motoras dos
estudantes.
3ª FOTO: Jogo de Concentração! Um estudante joga
travesseirinhos de feijão dentro de um balde, pendurado numa espécie de
balanço, como parte de um reforço para estimular o sistema sensorial
das crianças e aumentar a capacidade de pensar e se relacionar com
situações novas.
4ª FOTO: A Teoria do Fio! A professora
"embrulha" o estudante com barbante durante o "ciclo da manhã" quando a
criança interage jogando e cantando. Isso ajuda aos estudantes e ao
staff a dividir emoções e resolver os problemas.
5ª FOTO: O Plano de Ação! Rotinas visuais como
esta da foto são usadas para ajudar e dar suporte as habilidades do
estudante em planejar e seguir as atividades a cada dia.
6ª FOTO: Hora de estorinhas! Estudantes e a professora numa hora de relaxamento depois do almoço.
7ª FOTO: Relaxando o estresse! Um estudante mais
velho mostrado aqui lendo e relaxando as tensões apertando uma bolinha
de borracha, assim ele é encorajado a utilizar objetos sensoriais
discretos para dar suporte ao seu equilíbrio emocional e ajudá-lo a
pensar e participar por longos periodos. O simples uso desse tipo de
ferramenta, pode fazer uma grande diferença nas habilidades de serem bem
sucedidos nas atividades escolares.
8ª FOTO: Cheque Mate! 2 estudantes mais velhos
jogando xadrez nas suas horas de descanso, uma hora em que muitos
escolhem participar de atividades intelectuais. Assim os bons amigos
estão aprendendo a respeitar as diferenças e reconhecer as suas próprias
necessidades sensoriais.
9ª FOTO: Laços que unem! 2 alunos se beijando e
se abraçando enquanto se balançam numa gangorra na sala sensorial, onde
os alunos são encorajados a trabalhar em pares e se unir em atividades
de integração sensorial.
10ª FOTO: O Construtor! Um aluno posa junto a
sua escultura feita de macarrão espagueti e marshmallows. Os estudantes
constroem estruturas do tipo pirâmides e cubos enquanto aprendem sobre
desenho e equilíbrio.
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