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terça-feira, 11 de dezembro de 2018

O processo de aprendizagem no brincar segundo Vygotsky

Para Vygotsky O brincar, tão característico da infância, traz inúmeras vantagens para a constituição da criança, proporcionando a capacitação de uma série de experiências que irão contribuir para o desenvolvimento futuro da mesma. Vygotsky buscou compreender a origem e o desenvolvimento dos processos psicológicos ao longo da história da espécie humana, levando sempre em conta a individualidade de cada sujeito, o qual está imerso no meio cultural que o define. Para ele, o homem constitui-se enquanto ser social e necessita do outro para desenvolver-se. Vygotsky, ao longo de sua obra, discute aspectos da infância, destacando-se suas contribuições acerca do papel que o brinquedo desempenha, fazendo referência a sua capacidade de estruturar o funcionamento psíquico da criança.

Para Vygotsky, o brincar está intimamente ligado ao processo de aprendizagem. Brincar é aprender; na brincadeira, reside a base daquilo que, mais tarde, permitirá à criança aprendizagens mais elaboradas. O lúdico torna-se, assim, uma proposta educacional para o enfrentamento das dificuldades no processo ensino-aprendizagem.

Segundo Vygostsky (1998), para entendermos o desenvolvimento da criança, é necessário levar em conta as necessidades dela e os incentivos que são eficazes para colocá-las em ação. O seu avanço está ligado a uma mudança nas motivações e incentivos, por exemplo: aquilo que é de interesse para um bebê não o é para uma criança um pouco maior. A criança satisfaz certas necessidades no brinquedo, mas essas necessidades vão evoluindo no decorrer do desenvolvimento. Assim, como as necessidades das crianças vão mudando, é fundamental conhecê-las para compreender a singularidade do brinquedo como uma forma de atividade.

O processo de aprendizagem no brincar segundo Vygotsky 

Conforme Vygotsky (1998, p. 126), “é no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de uma esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não pelo dos incentivos fornecidos pelos objetos externos”. A criança se torna menos dependente da sua percepção e da situação que a afeta de imediato, passando a dirigir seu comportamento também por meio do significado dessa situação: “a criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação àquilo que vê. Assim, é alcançada uma condição em que a criança começa a agir independentemente daquilo que vê” (VYGOTSKY, 1998, p. 127). No brincar, a criança consegue separar pensamento (significado de uma palavra) de objetos, e a ação surge das ideias, não das coisas. Por exemplo: um pedaço de madeira torna-se um boneco. Isso representa uma grande evolução na maturidade da criança.

Vygotsky propõem então que a criança se relaciona com o significado em questão, com a ideia, e não com o objeto concreto que está ao seu alcance. O brinquedo fornece, assim, uma situação de transição entre a ação da criança com objetos concretos e as suas ações com significados. Fator importante, como já discutido anteriormente, para o desenvolvimento da criança. Essa separação do significado do objeto se dá de maneira espontânea: a criança não percebe que atingiu esse desenvolvimento mental. Dessa forma, por meio do brinquedo, a criança começa a compreender a definição funcional de conceitos ou de objetos, e as palavras passam a se tornar parte de algo concreto. Vygotsky (1998) fala ainda que a criança experimenta a subordinação às regras ao renunciar a algo que deseja, e é essa renúncia de agir sob impulsos imediatos que mediará o alcance do prazer e das responsabilidades na brincadeira.

Fonte: https://www.soescola.com/2018/10/o-processo-de-aprendizagem-no-brincar-segundo-vygotsky.html?fbclid=IwAR2Aso2vMnYAZgg6RfDuOxI3M8BFGKU9BaygEL6U6LREcg8Nm5vAK-tW35U

terça-feira, 6 de março de 2018

Artyara traz brinquedos educativos à ABRIN 2018




Aliar diversão e aprendizado. Esta é a proposta de brinquedos como o Trenzinho e Blocos de Letras que a Artyara destaca em seu estande.

Entre os seus lançamentos, ainda chamam atenção quatro modelos de quebra-cabeças das linhas Magic e Summer, com tamanho final de 38,5 x 31 cm, além da Coleção Cidade. A ideia é que a criança crie a sua própria paisagem a partir de um carrinho, oito peças em madeira, duas lousas e giz. As opções são: castelo, bombeiro, fazenda e polícia.

Na linha do “faça você mesmo”, a criança é convidada a montar e pintar aviões e carrinhos, enquanto a coleção Descolados consiste em um quebra-cabeça em que várias peças de formatos diferentes são encaixadas em bases com pinos fixos, formando veículos diversos.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Ludoeducação: pedagogia que mistura brincadeiras com aprendizado

A palavra "lúdico", tão utilizada por quem trabalha com infância e educação, vem do termo em latim "ludus", que significa brincar ou jogar. E quando a educação se apropria desse espírito, o que surge?
Você já viu falar de "ludoeducação"? Trata-se uma abordagem pedagógica que incorpora a ludicidade, ou seja, as brincadeiras, os jogos e o potencial brincante natural da criança, ao processo de ensino-aprendizagem.
Créditos: Shutterstock

Enquanto estão brincando, as crianças apreendem códigos sociais, socializam com o igual e o diferente, aprendem a negociar suas vontades e vivenciam uma infinidade de experiências educativas.
A proposta é utilizar a brincadeira para apresentar à criança caminhos para as descobertas, a apreensão da linguagem e a resolução de problemas.
De acordo com essa perspectiva, a criança teria com o ensino uma experiência mais significativa, estimulante e, claro, divertida.
Créditos: Shutterstock

A proposta dessa abordagem pedagógica é aproveitar a linguagem da brincadeira para oferecer às crianças a possibilidade de aprender brincando.
De acordo com informações do Centro de Referências em Educação Integral, o potencial educativo das práticas lúdicas é vasto: estimula a coordenação motora, as habilidades intelectuais, o desenvolvimento emocional, além da comunicação verbal e não-verbal do indivíduo. Por meio da brincadeira, as crianças compreendem papéis sociais, avaliam soluções, negociam, fazem estimativas, planejam, além de socializarem com seus pares.
“A ação na esfera imaginativa, numa situação imaginária, a criação de propósitos voluntários e a formação de planos de vida reais e impulsos volitivos aparecem ao longo do brinquedo, fazendo do mesmo o ponto mais elevado do desenvolvimento pré-escolar. A criança avança essencialmente através da atividade lúdica”, defende o teórico russo Lev Vygotsky, ícone do conceito de ensino como processo social.