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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Inclusão e Mediação Escolar 2020




LOCAL:
Colégio Pedro II - Campo de São Cristóvão, 177 - São Cristóvão, Rio de Janeiro - RJ (Próximo a Feira de Tradições Nordestinas) (Como Chegar - Mapa)
*Atenção: Caso haja algum problema operacional ou qualquer outro fator impeditivo em relação ao local do evento, fica ajustado que a comissão organizadora providenciará a substituição por outro local no Colégio Pedro II Tijuca ou Centro.

 

CARGA HORÁRIA DO CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO*:
10 horas
 
 
 
INFORMAÇÕES:
Telefone: (21) 2577 8691 ou (21) 980684462 (WhatsApp) Atendimento de segunda a quinta, das 10h às 17h. Sexta a Domingo não há atendimento!
 

 

PÚBLICO-ALVO:
Professores, Mediadores (Estagiários, Monitores e/ou Facilitadores), Pedagogos, Terapeuta Ocupacional, Psicopedagogos, Fonoaudiólogos, Psicólogos, Estudantes de Graduação e/ou Pós, Familiares e demais interessados no assunto.

 

DATA E HORÁRIO:

14 de março de 2020 - Sábado
8h às 9h - Credenciamento | Secretaria
9h às 10h30 - Palestra
10h30 às 10h40 - Intervalo
10h40 às 12h - Palestra
12h às 13h20 - Almoço Livre
13h20 às 14h30 - Palestra
14h40 às 14h50 - Intervalo
14h50 às 16h30 - Palestra
16h30 às 16h40 - Intervalo
16h40 às 18h - Palestra


PALESTRANTES:

Transtornos Psiquiátricos no Ambiente Escolar
Elaine Romero - Psicóloga Clínica com experiência na área de Saúde Mental. Especialista em Psiquiatria e Psicanálise com crianças e adolescentes – UFRJ; Especializanda em Neuropsicologia e Reabilitação-UCL; Atende em consultório e Clínica particular; Atua com orientação a pais, familiares e educadores; Atua como psicóloga no SOP- Serviço de Orientação Psicopedagógica em escola particular, Responsável Técnica da Criar Recriar - Prevenção e Promoção de Saúde na Educação.


Material Adaptado e o Brincar para TEA e Desenvolvimento Atípico

Thiago de Araújo - Psicopedagogo; Aprofundamento em Psicopedagogia e Neurociências pelo Alumni INEPPSIN - Nadia Bossa; Intervenção Psicopedagógica com Enfoque Neuropsicológico e Oficina de Jogos - Simaia Sampaio; Certificado em Autismo pela Extensão da PUC-Rio; Brinquedista formado pelo HUPE/UERJ; Mediador Escolar pela Associação de Apoio à Pessoa Autista (AAPA) e Movimento Uniforme; Formado em Artes Cênicas pela FAETEC; Arte Educador; Pós-graduando em Neurociência Pedagógica; Coordenador da Brinquedoteca da Recriasce; Sócio Diretor da Creative Ideias.


O que de fato é o Plano de Ensino Individualizado (PEI)? 

Michele Joia - Pedagoga, Psicopedagoga Clínica e Institucional, Educadora Especial, Especialista em  Autismo, Qualificada em ABA (Análise do Comportamento Aplicada).  Professora e Orientadora de Pós-Graduação na áreas de educação inclusiva; Palestrante na Área de Saúde e Educação; Supervisora de estágios em Psicopedagogia; Atua em consultório com crianças com dificuldades especiais desde o ano de 2010; Autora do Livro: Inclusão com a inclusão de crianças em escola particular; Gestora e Psicopedagoga Clínica da Criar Recriar – Prevenção e Promoção de Saúde na Educação e da Clínica Integrada de Terapias do Valqueire atuando na área de dificuldade de aprendizagem e autismo.


Estimulação Precoce

Anna Carolina Miguel - Pedagoga, Psicopedagoga Clínica e Institucional, Educadora Especial, Especialista em  Autismo, Qualificada em ABA (Análise do Comportamento Aplicada).  Professora e Orientadora de Pós-Graduação na áreas de educação inclusiva; Palestrante na Área de Saúde e Educação; Supervisora de estágios em Psicopedagogia; Atua em consultório com crianças com dificuldades especiais desde o ano de 2010; Autora do Livro: Inclusão com a inclusão de crianças em escola particular; Gestora e Psicopedagoga Clínica da Criar Recriar – Prevenção e Promoção de Saúde na Educação e da Clínica Integrada de Terapias do Valqueire atuando na área de dificuldade de aprendizagem e autismo.


Inclusão de crianças com deficiência na Creche 

Terezinha Moreira - Aguardando o currículo.

 
OBSERVAÇÃO: Se, por motivo de doença, falecimento ou outro fator impeditivo, qualquer um dos palestrantes contratados para o curso não puder apresentar-se, fica ajustado que a comissão organizadora providenciará a substituição por outro profissional, ou a remarcação do módulo.


INVESTIMENTO (para pagamento até a data limite e limitado a capacidade total do auditório):
 
 

ATÉ 15/02/20 - de R$ 100,00 por:

R$ 60,00 - individual (cartão) em até 2x sem juros;
R$ 50,00 - individual (depósito);
R$ 40,00 - por inscrito (depósito) - grupo** a partir de 4 pessoas ou alunos ativos da Creative Ideias

** Caso o grupo seja desfeito por qualquer motivo, e não atinja o número mínimo de 3 pessoas durante o curso, a inscrição dos demais participantes serão consideradas como individual, e será cobrado a diferença do valor da inscrição.


    domingo, 15 de janeiro de 2017

    “Não aguento ir ao colégio”: Diego, de 11 anos, suicida-se por bullying na escola



    Hoje queremos compartilhar uma história triste com a qual todos nós podemos refletir muito: Diego, um menino de apenas 11 anos, decidiu tirar a sua própria vida no dia 14 de outubro de 2015. A razão? O bullying que ele sofria na escola.

    Todos nós sabemos o que é o bullying e o que este assédio psicológico e físico é capaz de fazer na vida das pessoas mais jovens. Mas fica a reflexão… como um menino tão pequeno foi capaz de tomar esta decisão? Nestas situações, não apenas nos chama a atenção a perda de uma vida tão jovem, mas também nos perguntamos se instituições, como a própria escola ou os serviços sociais, não desconfiaram nada a respeito da situação pela qual Diego estava passando.
    A OMS, Organização Mundial da Saúde, publicou um informativo há pouco tempo no qual revelou que todos os anos cerca de 600 mil jovens se suicidam em todo o mundo com idades compreendidas entre os 14 e os 28 anos. Dentro desta cifra, o bullying é a causa de pelo menos metade dos casos.
    Trata-se de um drama social que todos nós devemos compreender para combater com as estratégias mais adequadas.
    Hoje, devemos conhecer o caso de Diego, este menino de Madri, Espanha, que encontrou na morte a única solução para os seus problemas da vida.

    O bullying na escola e o adeus a uma criança especial

    Pais-de-Diego
    O menino vivia em Leganés, um bairro de Madri onde passou os 11 anos de sua vida. Diego não quis mais seguir adiante, não quis mais crescersó desejava ser livre de sofrimentos, de ataques e de pressões que sofria no colégio.
    E por isso ele decidiu se jogar da sacada do apartamento onde morava, no quinto andar. Há quem pense que o suicídio é um ato de covardia por não saber enfrentar as dificuldades da vida. Entretanto, a verdade é que ninguém pode criticar a opção que acaba sendo escolhida pela pessoa em um momento como esse.
    Neste caso estamos diante de uma criança e a realidade adquire um tom muito grave. Tanto é assim que os pais de Diego decidiram publicar a carta de despedida que seu filho lhes deixou e denunciar o caso à presidente da Comunidade de Madri e ao conselheiro de educação.

    O caso de Diego, um bom aluno que não queria ir à escola

    Diego tirava boas notas, era um bom aluno e seus pais estavam orgulhosos dele. A sua mãe contou que em algumas ocasiões, quando ela o buscava na escola, ele pedia que ela fosse embora rapidamente, correndo para fugir de algo ou alguém.
    Ele só parecia verdadeiramente feliz quando chegavam o verão e as fériasquando ele ficava livre das aulas ou do seu colégio em Leganés. Os pais lembram também que durante quatro meses ele esteve afônico. Uma afonia nervosa que, de acordo com o médico, era certamente causada por algum impacto.
    A família nunca soube ao certo que o motivo realmente era o que eles temiam e qual era a realidade que Diego vivia na escola.
    Por outro lado, o próprio centro, quando deu início às investigações, explicou que a criança não apresentava nenhum problema e que não havia denunciado nenhuma incidência.
    Fica claro que, em algumas ocasiões, os recursos de um centro não são suficientes para detectar o abuso, mas é possível intuir a tristeza de um menino. Os professores a veem, e os próprios colegas de classe que observam os acontecimentos simplesmente se calam.
    Atualmente não há nenhum responsável que possa ser julgado ou investigado por causa da morte deste menino, e por isso os pais de Diego buscam, antes de tudo, colocar em evidência a gravidade do bullying, deste abuso escolar que levou a vida de seu filho tão pequeno.

    A carta de despedida de Diego

    Menino-mostrando-mensagem-de-parar-com-o-bullying
    Diego decidiu escrever uma carta de despedida para seus pais. Ele deixou uma nota que dizia “Vejam em Lucho” na janela da qual ele pulou rumo ao vazio.
    Lucho era seu bicho de pelúcia favorito, aquele que em seu quarto guardava em silêncio as últimas palavras da vida de um menino de 11 anos infeliz, que dizia adeus aos seus pais de um modo maduro, admirável e emotivo. Porque Diego era, sem dúvida, um menino especial.
    As frases que ele deixou foram as seguintes:
    Papai, mamãe, estes 11 anos em que estive com vocês foram muito bons e eu nunca me esquecerei deles assim como nunca esquecerei de vocês. Papai, você me ensinou a ser uma boa pessoa e a cumprir as promessas, e além disso, brincou muito comigo. Mamãe, você cuidou muito de mim e me levou a muitos lugares. Vocês dois são incríveis, mas juntos são os melhores pais do mundo.
    Tata, você aguentou muitas coisas por mim e pelo papai, e eu agradeço muito e te amo muito. Vovô, você sempre foi muito generoso comigo e sempre se preocupou. Te amo muito. Lolo, você me ajudou muito com as minhas lições de casa e me tratou muito bem.
    Desejo sorte a você para que possa ver Eli. Digo isso porque eu não aguento mais ir ao colégio e não há outra maneira para não ir. Por favor espero que algum dia vocês possam me odiar um pouquinho menos. Peço que vocês não se separem, mamãe e papai, pois somente vendo-os juntos e felizes eu também serei feliz. Eu sentirei saudades e espero que um dia possamos voltar a nos ver no céu. Bom, me despeço para sempre.
    Assinado Diego. Ah, uma coisa, espero que você encontre um emprego bem rápido Tata.”
    Diego González.
    Carta de despedida de Diego
    É impossível ler estas linhas sem se emocionar, sem se colocar na pele dos pais e imaginar o que eles estão vivendo. Por isso, é importante que todos nós, desde as nossas realidades e possibilidades, nos conscientizemos da realidade do bullying escolar partindo destes pilares:
    • É vital que eduquemos nossos filhos em inteligência emocional, empatia, em reconhecer e respeitar o outro como a si mesmo.
    • A saber intuir e detectar os comportamentos agressivos na escola, na rua e em casa e sempre denunciá-los.
    • Saber atender às vítimas sem excluí-las. É necessário saber oferecer a elas estratégias de enfrentamento, reforçar a sua autoestima e conseguir fazer com que elas recuperem a ilusão pela vida, pelo seu futuro, por seus sonhos.
    • Entender que o abuso não ocorre somente nas escolas. Atualmente, o bullying chega também às redes sociais, e ao espaço online ao qual às crianças também têm acesso.
    Sabemos que a morte de Diego não será a última, assim como as cifras da OMS nos revelam; no entanto, esperamos que estes números se reduzam ano a ano e que todos possamos participar desta conquista tão importante.

    Fonte: Melhor com Saúde

    Curso de Aprimoramento sobre Autismo - Edição São Paulo


    LOCAL: Estácio UniRadial - Av. Jabaquara, 1870 - Auditório - Saúde, São Paulo - SP (próximo a estação de Metrô L1 - Saúde)  (como chegar - mapa)

    CARGA HORÁRIA DO CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO: 66 horas (certificado digital com 75% de presença, sendo 37h presencial; 23h de estudo bibliográfico* e 6h de aula online bônus)

    DURAÇÃO DO CURSO: Março a Junho de 2017 dividido em 4 módulos.

     
     
    INFORMAÇÕES:
    Telefone: (21) 2577 8691 | (21) 980684462 (tim) - WhatsApp


     
    PÚBLICO ALVO:

    Profissionais e estudantes das áreas da saúde e da educação, familiares e demais interessados no assunto, ou que lidem com autistas.)


     
    CRONOGRAMA:

    11 de março - módulo 1;

    08 de abril - módulo 2;

    13 de maio - módulo 3;

    10 de junho - módulo 4.




     
    HORÁRIO:

    Módulo 1
    Sábado

    8h às 9h - Credenciamento
    9h às 18h - Curso com intervalo para almoço.



     
    Módulo 2, 3 e 4
    Sábado

    8h às 9h - Credenciamento
    9h às 17h - Curso com intervalo para almoço.


    * Cronograma e horário sujeito a alterações!



     
    OBJETIVO:

    Apresentar e discutir bases teóricas e práticas para a formação de profissionais e estudantes das áreas da saúde e educação envolvidos no atendimento de indivíduos com diagnóstico do espectro do autismo.

    Divulgar o conhecimento científico e práticas clínicas e educacionais que contribuem com a melhoria da qualidade de vida de indivíduos com diagnóstico de TEA.

    Contribuir com a formação dos profissionais para que possam avaliar suas práticas clínicas e educacionais e sejam capazes de aprimorá-las e adequá-las às necessidades individuais de seus pacientes/estudantes.  




     
    CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
     

    Módulo 1 - Neurobiologia do Autismo

    Carga Horária: 10h | Professora: Rita Thompson

    a) Introdução ao Conceito de Autismo e Diagnóstico;
    b) Instrumentos de Diagnóstico: ADI-R, ADOS 2 E CARS 2;
    c) Neurobiologia do Autismo: Modelos Neurológicos.


     

    Módulo 2 – Perspectivas, Avaliação e Intervenção I

    Carga Horária: 9h

    a) Adaptação Curricular e Intervenção Psicopedagógica | Professora: Fátima Arruda
    b) Intervenção Fonoaudiológica | Professora: Renata Lima Velloso


     

    Módulo 3 – Perspectivas, Avaliação e Intervenção II

    Carga Horária: 9h

    a) Contribuições Comportamentais (ABA) para a Inclusão | Professora: Gabriela Parpinelli
    b) Treino de Habilidades Sociais | Professora: Gabriela Parpinelli

    Módulo 4 - Perspectivas, Avaliação e Intervenção III

    Carga Horária: 9h

    a) Sexualidade | Professor: Maurício Canton 
    b) O Processamento Sensorial da Criança Autista | Professora: Ariela Goldstein

    Módulo Intermediário  – Estudo Bibliográfico

    Carga Horária: 23h

    Para complementar a formação do Curso de Aprimoramento sobre Autismo (módulo opcional), é necessário ler os livros e assistir aos vídeos abaixo e entregar uma resenha de cada livro e filme até o módulo 4, impresso em folha A4, com no mínimo 30 linhas, cada uma. O aluno que não entregar todo o conteúdo do Módulo Intermediário, não irá receber as 23h correspondente ao módulo. NÃO SERÃO ACEITOS trabalhos entregues via e-mail, ou em pendrive.

    ATENÇÃO: Os valores dos livros não estão inclusos no valor do curso, é necessário adquiri-los.

    a)    O que me faz pular - Naoki Higashida - Editora Intrinseca;
    b)    Brilhante: A Inspiradora História de uma Mãe e seu Filho Gênio e Autista - Kristine Barnett - Editora Zahar;
    c)    A criança autista - Um Estudo Psicopedagógico - Janine Marta Coelho Rodrigues e Eric Spencer - Editora WAK;
    d)    Filme "TED Talks - Jogos para à cabeça - Temple Grandin" | Clique e assista ao filme: Parte 1 | Parte 2
    e)    Filme "O cérebro de um gênio: A vida com asperger" ou "O cérebro de Hugo" | Clique aqui e assista ao filme 
     

     
     
    CORPO DOCENTE:
     
    Rita Thompson - Membro da diretoria da ABENEPI – Associação de Neurologia e Psiquiatria Infantil; Membro da SOPERJ – Sociedade de Pediatria do Estado do Rio de Janeiro; Mestre em Educação; Graduada em Pedagogia e em Psicomotricidade; Pós-graduada em Psicomotricidade GAE-ISRP Paris e em Psicopedagogia; Docente na Universidade Estácio de Sá; Coordenadora do atendimento a crianças com TEA, TDAH e Deficiência Intelectual no Instituto de Pesquisas Neuropsiquiatricas SUAV; Membro da Sociedade Brasileira de Psicomotricidade - SBP, e autora de diversos artigos científicos (em livros de psicomotricidade, neuropsicologia, neuroeducação e educação).

     
    Renata Lima Velloso - Fonoaudióloga; Mestre e Doutora em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde atualmente atua como pesquisadora do Laboratório de Transtornos do Espectro do Autismo vinculado à Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento. Cursa Qualificação em Análise Aplicada ao Transtorno do Espectro Autista e Atraso no Desenvolvimento pelo Centro Paradigma / Ciências do Comportamento. Sócia fundadora da NEXO Intervenção Comportamental, onde atua com avaliação e intervenção de pessoas com Distúrbios do Desenvolvimento. Possui experiência clínica e atua principalmente nos temas: Linguagem e comunicação, Transtornos do Espectro do Autismo, Comunicação suplementar e alternativa, PECS (Picture Exchange Communication System), Análise do Comportamento Aplicada e Eye Tracking.

     
    Fátima Arruda - Psicopedagoga, Formada em educação especial e inclusiva. Atualmente professora na rede municipal de Caieiras. Proferiu palestra no VI congresso Internacional de Pedagogia Especial em Cuba/2016. Pedagoga na ABADS no atendimento a autistas 2007 a 2011. Diretora da APAE de Caieiras 2009-2010.
     

    Gabriela Parpinelli - Psicóloga Analítico Comportamental e Supervisora Clínica; Especialista em Análise do Comportamento - Núcleo Paradigma/SP; Especialista em Neurociências aplicadas a Aprendizagem - IPUB/UFRJ. Tem experiência em intervenção ABA com indivíduos diagnosticado com autismo, em atendimento psicoterapêutico a adolescentes e crianças, e em planejamento de atividades educacionais. Professora de Educação inclusiva do programa de Pós-graduação de Neurociências Aplicadas - IPUB/UFRJ e Supervisora do módulo prático do Curso de Aprimoramento em ABA - Análise do Comportamento realizado pela Creative Ideias. CRP: 05-38557.


    Ariela Goldstein - Terapeuta Ocupacional (Crefito 3/6419 TO) - Graduação PUC Campinas; Pós Graduação em Desenvolvimento Infantil pela UFMG; Certificação Internacional em Integração Sensorial pela Universidade do Sul da Califórnia; Presidente da Associação Brasileira de Integração Sensorial. Atualmente realizo atendimento clínico, home care e orientação escolar; em crianças com distúrbios no desenvolvimento, especialmente com base neurológica como, por exemplo, crianças com distúrbios leves de aprendizagem e coordenação, déficits de integração sensorial, autismo, síndrome de Down, entre outros.
     

    Mauricio Canton Bastos - Doutor em Psicologia Social e da Personalidade pela UFRJ. Mestre em Psicologia Cognitiva pela FGV-RJ. Ministrou cadeiras de Psicologia em diferentes universidades ao longo dos últimos 20 anos. Terapeuta cognitivo-comportamental certificado pela FBTC (Federação Brasileira de Terapias Cognitivas). Diretor Técnico do Centro de Psicologia Aplicada e Formação (CPAF-RJ). Supervisor de Terapeutas Cognitivo-Comportamentais. Professor e Coordenador de cursos de Pós Graduação em Terapia Cognitivo-Comportamental pelo CPAF-RJ. Psicoterapeuta individual e de grupo com experiência de mais de 15 anos com pacientes adolescentes e adultos do Espectro Autista.


    OBSERVAÇÃO: Se, por motivo de doença, falecimento ou outro fator impeditivo, qualquer um dos palestrantes contratados para o evento não puder apresentar-se, fica ajustado que a comissão organizadora providenciará a substituição por outro profissional. Caso haja algum problema operacional em relação ao local do evento, fica ajustado que a comissão organizadora providenciará a substituição por outro local. 


     
    INVESTIMENTO (para pagamento até a data limite e limitado a capacidade total do auditório):

     


    INSCRIÇÕES E PAGAMENTO: www.creativeideias.com.br

    quinta-feira, 31 de outubro de 2013

    O DSM-V e a fabricação da loucura

    O DSM-V e a fabricação da loucura De Fernando Freitas e Paulo Amarante*

    Entre os dias 18 e 22 de maio, durante o congresso anual da Associação de Psiquiatria Americana (APA), foi oficialmente apresentada a nova edição do Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DSM).

    O DSM-V chega precedido por uma forte rejeição nos meios psi.  Por todos os cantos do mundo estão aparecendo petições, chamadas ao boicote, declarações, artigos  e livros publicados, assinados principalmente por especialistas, denunciando o Manual como uma obra "perigosa" para a saúde pública.

    A questão de base é que o DSM-V, mais do que nas versões anteriores, fabrica doenças mentais; o que faz com que enormes contigentes populacionais  passem a ser considerados doentes e, como consequencia, a consumir medicamentos psiquiátricos.

    É bem verdade que as versões anteriores também vieram a público provocando controvérsias. Publicado pela primeira vez em 1952, com uma lista de menos de 100 patologias (de inspiração freudiana, assim como a edição de 1968), a cada nova edição um número maior de categorias de doenças mentais aparece. A edição ainda em vigor, o DSM-IV, apresenta 297 patologias mentais. Através da versão preliminar disponível na Internet desde 2010, estima-se que o DSM-V tenha um número ainda maior de categorias de diagnóstico.

    Esse aumento crescente das categorias de diagnóstico sugere haver uma tendência inexorável da psiquiatria para transformar comportamentos e experiências do cotidiano em patologias mentais, o que tem sido objeto de crítica a cada nova edição que aparece.

    Nos Estados Unidos, onde o movimento contra o DSM começou, um dos críticos mais contundentes é o próprio Allen Frances, o psiquiatra que dirigiu a edição precedente. O prestigioso Instituto Americano de Saúde Mental (National Institute of Mental Health, NIMH) se negou a ver o nome da entidade associado ao DSM-V. Esse fato político é da maior relevância, na medida em que o NIMH é o maior patrocinador da pesquisa em saúde mental em escala mundial. "Os pacientes que sofrem de doenças mentais valem mais do que isso", justificou seu diretor, Thomas Insel, em um comunicado, explicando que o NIMH "reorientaria suas pesquisas fora das categorias do DSM", devido ao fato da sua fragilidade no plano científico.  

    Na França, o combate vem se dando há pelo menos cinco anos, pelo coletivo Stop DSM , conforme noticiado pelo Le Monde em sua edição de 15 de maio último. Os profissionais que formam esse coletivo se insurgem contra o que eles chamam de "pensamento único" do Manual. Recomendamos a leitura do manifesto do movimento em sua versão em português.
    Apesar da vultosa soma de dinheiro empregado para a elaboração do DSM-V, cerca de 25 milhões de dólares, o Manual parece deixar muito a desejar sobre o plano científico. Uma das principais críticas é que a sua lógica está mais do que nunca profundamente dominada pelos interesses da indústria dos psicofármacos. O conflito de interesses intelectuais parece estar hoje escancarado, conforme foi denunciado, por exemplo, por ninguém nada menos do que Allen Frances. 57 associações de saúde mental propuseram um exame independente, o  que foi  ignorado pelos formuladores do  DSM-V.

    Novas patologias têm sido sugeridas, algumas bastante bizarras, como por exemplo, a "síndrome de risco psicótico".  A propósito, Allen Frances tornou pública a seguinte observação, feita após uma conversa com um colega: "Esse médico estava muito excitado com a idéia de integrar ao DSM-V uma nova entidade, a ‘síndrome de risco psicótico', visando a identificar precocemente transtornos psicóticos. O objetivo era nobre, ajudar os jovens a evitar o fardo de uma doença mental severa. Mas eu aprendi trabalhando nas três edições precedentes que o inferno está cheio de boas intenções. Eu não poderia permanecer em silêncio". Essa patologia parece ter sido retirada da versão final.

    Mas há outras patologias que parece que virão, como "transtornos cognitivos menores".  O coletivo francês Stop DSM, prevê que a perda da memória fisiológica com a idade irá se tornar uma patologia em nome da prevenção da doença de Alzheimer. Podemos bem imaginar numerosas pessoas com a prescrição de testes inúteis e custosos, e com medicamentos cuja eficácia ainda não foi de fato validada e cujos efeitos a longo prazo são desconhecidos.

    Outro exemplo é a patologização do luto, com a ampliação dos "transtornos de depressão".  Quer dizer, após duas semanas de luto, com a aparência deprimida do enlutado será possível diagnosticar episódios depressivos maiores e com isso a prescrição de antidepressivos.

    Finalmente, mais um exemplo: "transtorno de desregulação pertubadora do humor".  O que  certamente  levará  a  que banais  cóleras  infantis sejam transformadas em  uma  patologia  mental.

    Para  concluir, mais uma outra citação  de Allen  Frances:  "Quando nós  introduzimos no  DSM-IV a  síndrome  de  Asperger,   forma menos  severa  de  autismo,  nós  havíamos estimado que   isso  multiplicaria o  número de casos por três. De  fato,  eles  foram multiplicados por  quarenta,  principalmente porque  esse diagnóstico permite ter  acesso  a  serviços particulares  na escola  e fora  dela. Por  conseguinte,  ele  foi colocado  em crianças que não tinham todos  os critérios".

    No Brasil, o 18 de maio é um dia que representa para nós o Dia Nacional de Luta Antimanicomial, expressão nacional de luta contra todas as formas de violência, exclusão, mercantilização e medicalização do sofrimento e da vida cotidiana. Nós nos solidarizamos às dezenas de entidades que estão se manifestando neste momento frente à sede do Congresso da APA, em San Francisco, Los Angeles, USA. São usuários dos serviços psiquiátricos que se consideram “Sobreviventes do Sistema Psiquiátrico”, são os profissionais de saúde mental e de pesquisa, reunidos contra o DSM-V e sob a palavra de ordem Occupy APA in San Francisco. Queremos aproveitar a ocasião para lançar aqui no Brasil o nosso movimento BASTA DSM.

    *Professores e pesquisadores do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde mental e Atenção Psicossocial (LAPS;ENSP;Fiocruz) e Diretores Nacionais da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme). Paulo Amarante é ainda Diretor do Cebes e da Revista Saúde em Debate.