segunda-feira, 29 de abril de 2013

Fala, Linguagem e Desenvolvimento

 Fala, Linguagem e Desenvolvimento
"Seu filho de 2 anos ainda não fala, só diz algumas palavras. Em comparação com seus amiguinhos, você acha que ele está atrasado. Esperando que ele se desenvolva, você adia a procura de um profissional especializado". Esta cena é comum entre os pais de crianças que demoram para começar a falar. A menos que sejam observadas dificuldades em outras áreas do desenvolvimento, os pais às vezes hesitam para buscar ajuda. 

Não Espere para Avaliar
Crianças com a idade de 12 a 18 meses devem ser vistas por profissionais quando seus pais suspeitam de atraso nas habilidades de comunicação. Os pais devem também procurar ajuda se seu filho de qualquer idade não responde a sons. Uma avaliação precoce é importante, para evitar futuros problemas de linguagem. 

Há uma diferença entre fala e linguagem. A fala se refere basicamente à forma de articular sons nas palavras. A linguagem significa expressar e receber informações de modo significativo. É compreender e ser compreendido através da comunicação. Uma criança com problemas de linguagem pode estar apto a pronunciar bem as palavras, mas, ser incapaz de colocar mais de duas palavras juntas. Inversamente, a fala de uma outra criança pode ser difícil de ser compreendida, mas ela usa palavras e frases para expressar suas idéias. Problemas com fala e linguagem diferem, mas freqüentemente coincidem.
Fala e Linguagem da criança de zero a doze meses (0 a 12 meses)
A criança de zero a seis meses de idade...
  • Reage aos estímulos ambientais de forma reflexa
  • Reage aos estímulos ambientais alterando o comportamento de forma significativa (sorriso e choro)
  • Ri e murmura para pessoas conhecidas
  • Reage às vozes altas, ou não amigáveis
  • Volta-se e olha na direção dos novos sons
  • Balbucia pedindo atenção
  • Faz vocalizações generalizadas
  • Observa sua mão
  • Reage ao seu nome
Com oito meses, a criança...
  • Acaricia sua própria imagem refletida no espelho
  • Produz quatro ou mais sons diferentes
  • Usa freqüentemente as sílabas ba, da, ka
  • Transfere objetos de uma mão para outra
  • Vocaliza com variação de entonação frente aos diferentes estímulos
  • Tenta imitar sons
Com dez meses, a criança...
  • Pode já dizer "mama" e "papa"
  • Grita para chamar atenção
  • Vocaliza enquanto manipula objetos
  • Usa um jargão (balbucio que parece linguagem verdadeira)
  • Brinca de "esconde-esconde"
  • Fala uma sílaba ou uma seqüência de sons repetidamente
  • Sorri e vocaliza ao ver sua imagem refletida no espelho.
  • Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de zero a 12 meses
  • Reagindo aos sons que ela faz
  • Falando com ela enquanto você estiver cuidando dela
  • Lendo livros coloridos todos os dias
  • Mantendo sua linguagem simples e concreta
  • Recitando versinhos e cantando
  • Mostrando interesse em todos os sons diferentes que ela ouve ( o gelo num copo, a campainha tocando, a chuva caindo)
  • Ensinando os nomes das coisas do dia a dia e das pessoas familiares
  • Levando a criança em diferentes lugares
  • Brincando de jogos simples como "esconde-esconde"
  • Tocando música para ela
Fala e Linguagem da criança de 12 a 18 meses
A criança de 12 a 18 meses:
  • Reconhece seu nome.
  • Entende "não".
  • Compreende ordens simples.
  • Imita palavras familiares.
  • Acena com a mão (adeus)
  • Fala 2 ou 3 palavras além de "mamãe" e "papai"
  • Emite "sons" de coisas e animais familiares.
  • Dá um brinquedo quando lhe pedem.
  • Dá muitas gargalhadas.
  • Ouve bem e discrimina vários sons.
  • Reconhece a palavra como símbolo de um objeto: carro – aponta a garagem; gato - miau
  • Mostra muito afeto, fazendo barulhos e batendo palmas com o carinho de seus pais.
  • Entende verbos que representem ações concretas e relativos a suas próprias necessidades (mais, quer, acabou, dá)
  • Identifica 4 objetos familiares sob nomeação
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 12 a 18 meses:
  • Lendo livros bem ilustrados e coloridos
  • Incentivando-a brincar de jogos de imitação.
  • Usando frases curtas
  • Reforçando as palavras novas ditas por ela
  • Fazendo atividades próprias para sua idade
  • Conversando sobre o que vocês estão fazendo quando estiverem juntos
Fala e Linguagem da criança dos 18 aos 24 meses
A criança de 18 a 24 meses
  • Usa 10 a 20 palavras, incluindo nomes
  • Escuta bem e discrimina vários sons
  • Reconhece retratos de familiares e figuras de objetos conhecidos
  • Combina duas palavras para demonstrar seus desejos, tal como "mais"
  • Imita palavras e sons com maior precisão
  • Aponta ou faz gestos para mostrar alguma coisa ou para expressar seus desejos
  • Traz objetos familiares de um cômodo para outro quando solicitado
  • Obedece ordens simples
  • Imita trabalhos domésticos: esfregar um pano, colocar a mesa
  • Nomeia 4 objetos rotineiros
  • Pode cantarolar
  • Identifica 3 partes do corpo, em si e no outro sob nomeação
  • Realiza até 2 ordens simples
  • Usa o próprio nome
  • Responde sim e não
  • Começa a fazer frases simples
Como você pode estimular a linguagem da criança de 18 a 24 meses:
  • Contando histórias de livros
  • Falando de modo, simples e claro
  • Proporcionando experiências para estimular a fala e o desenvolvimento da linguagem: passeios, ida ao "shopping", ao play ou jardim de sua casa, pic nic, tarefas domésticas em conjunto
  • Conversando sobre os lugares novos antes de ir, enquanto vocês estiverem lá, e quando chegarem em casa
  • Olhando-a nos olhos quando estiver falando com ela
  • Imitando e identificando sons , tais como cachorro latindo, pássaros cantando, sirenes, portas rangendo, barulho de água
  • Descrevendo o que a criança está fazendo, sentindo e ouvindo
  • Fazendo com que estas experiências de falar e escutar sejam agradáveis, importantes e divertidas para a criança
  • Elogiando a comunicação da criança
Fala e linguagem da criança de 2 anos
A criança de 2 anos:
  • Usa o próprio nome
  • Relaciona o que fala com situações concretas
  • Nomeia mais ou menos 3 partes do corpo ou de uma boneca ou pessoa
  • Fala sozinho enquanto brinca
  • Combina 2 palavras para exprimir posse
  • Mostra com os dedos a idade
  • Identifica no mínimo 3 objetos pelo uso
  • Reconhece: "grande", "pequeno", "em cima de", "embaixo de", e "dentro", sob nomeação
  • Aponta gravura de objeto comum
  • Compreende o "onde" respondendo adequadamente
  • Combina verbo ou substantivo com "este" e "aqui", falando 2 palavras
  • Combina "é" em frases de 2 elementos
  • Usa artigo na fala
  • Aplica regra regular de gênero
  • Possui vocabulário de 50 a 100 palavras
  • Pode relacionar cores primárias e nomear uma cor
Como você pode estimular a linguagem da criança de 2 anos:
  • Deixando-a ouvir CD ou fitas infantis
  • Elogiando sua comunicação
  • Descrevendo as atividades que estão fazendo, acrescentando novas palavras
  • Utilizando palavras novas em várias situações (ampliação de vocabulário)
  • Proporcionando novas experiências: teatrinho, cinema, circo... e comentando sobre elas
  • Lendo historinhas
Fala e linguagem da criança de 3 anos
A criança de 3 anos:
  • Aponta 3 cores primárias quando nomeadas
  • Começa a compreender frases relativas à direções, como: "coloque o cubo (debaixo, em frente, atrás) da cadeira. Porém é difícil entender: "ao lado"
  • Executa uma série de 3 ordens relacionadas
  • Conhece seu sobrenome e o seu sexo
  • Pode falar sobre uma historinha ou relacionar uma idéia ou objeto
  • Usa orações empregando 4 a 5 palavras
  • Tem um vocabulário de quase 1000 palavras
  • Repete sons, palavras, frases e orações
  • Pode repetir 2 dígitos e 3 a 4 palavras
  • Pode desenhar um círculo e uma linha vertical
  • Pode cantar músicas
  • É capaz de permanecer em uma atividade por 8 minutos
  • Com freqüência faz perguntas sobre um assunto: "Quê?"
  • Usa formas possessivas, como: "meu", "minha", "teu", "seu", "de" junto ao nome (ex.: de minha mamãe)
  • Usa formas verbais simples e complexas, tais como: "estou jogando", "vou jogar".
  • Usa termos de negação tais como: "nada", "nunca", "ninguém", "nem"
  • Começa a usar orações compostas, unidas por: "e", "que", "onde", "como"
  • Expressa verbalmente fadiga (diz que está cansado)
  • Combina substantivo mais adjetivo
  • Usa: "eu", "mim", ao invés do próprio nome
  • Memoriza pequenos versos e músicas
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 3 anos:
  • Introduzindo palavras novas no seu vocabulário, enquanto brinca com ela
  • Ensinando-lhe relações entre palavras, objetos e idéias
  • Ensinando à criança contar histórias, utilizando livros e desenhos
  • Permitindo que jogue com outras crianças
  • Lendo para ela histórias
  • Prestando muita atenção quando ela fala, lembrando que se ela repetir palavras e sons é normal
  • Fazendo jogos com rimas
Fala e linguagem da criança de 4 anos
A criança de 4 anos:
  • Nomeia: pequeno, grande, embaixo, em cima, dentro, fora, pesado, leve, igual, diferente, cores primárias e 3 formas geométricas
  • Descreve eventos e personagens de histórias conhecidas e relata 2 fatos em ordem de ocorrência
  • Segue instruções ainda que não esteja em frente ao objeto
  • Pode falar algo imaginário como "suponho que", " eu desejo"
  • Faz perguntas usando: "Quem?", "Por que?", "Como?" e "Quando?"
  • Utiliza orações complexas
  • Utiliza tempo passado e plural
  • Copia uma linha e um círculo
  • Tem um vocabulário de quase 1500 palavras
  • Mantém-se numa atividade por 11 ou 12 minutos.
  • Repete 3 dígitos e sentenças de 5 a 6 palavras
  • Executa uma série de 2 ordens simples não relacionadas
  • Nomeia seus próprios desenhos
  • Segue regras de convívio social
  • Reconhece partes do corpo: cabeça, braços, pernas, pés, mãos, cabelo, bumbum, nariz, orelha e boca
  • Mantém atenção quando uma historinha é lida para ela
  • Diz seu nome completo
  • Responde perguntas de ordem temporal, referente a fatos concretos (dia – noite)
  • Identifica objetos pelo uso
  • Tem fala inteligível
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 4 anos:
  • Ajudando-a a classificar objetos e coisas, explicando qual a razão de pertencerem a uma determinada categoria
  • Conversando com ela sobre coisas que ela possa realizar
  • Ensinando-a usar o telefone corretamente
  • Permitindo que ajude a planejar atividades tais como Natal, aniversário...
  • Dando à criança mais responsabilidade na vida diária
  • Lendo histórias cada vez maiores
  • Permitindo que crie e conte histórias
  • Mostrando constantemente seu interesse no desenvolvimento de sua linguagem e pensamento
Fala e linguagem da criança de 5 anos
A criança de 5 anos:
  • Define os objetos pelo seu uso e pode dizer de que são feitos os objetos
  • Conhece relações espaciais como "acima", "abaixo", "atrás", "perto" e "longe"
  • Sabe seu endereço
  • Constrói orações utilizando de 5 a 6 palavras
  • Identifica dinheiro
  • Possui um vocabulário de aproximadamente 2000 palavras
  • Usa corretamente os sons da língua
  • Conhece antônimos de palavras conhecidas
  • Entende o significado das palavras igual e "diferente"
  • Usa o condicional
  • Conta dez objetos
  • Acompanha a seqüência de uma estória
  • Utiliza o tempo presente, passado e futuro dos verbos
  • É capaz de permanecer em uma atividade durante mais de 15 minutos
  • Pede informações
  • Pede ajuda quando encontra dificuldade
  • Usa todo tipo de orações, algumas das quais podem ser complexas, por exemplo: "antes de entrar em casa eu preciso tirar meus sapatos molhados"
  • Usa corretamente os pronomes
  • É capaz de fazer rimas
  • Repete 4 dígitos
  • Responde a pergunta "por quê" , dando uma explicação
  • Nomeia cores além das primárias
  • Reconhece uma gravura que não pertence a uma classe específica, por exemplo: o que não pertence a classe dos animais
  • É capaz de apontar absurdos em uma figura
  • Executa uma série de 3 ordens não relacionadas
  • Articula corretamente todos os fonemas
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 5 anos:
  • Incentivando-a a usar sua linguagem para expressar seus sentimentos, idéias, sonhos, desejos, e medos
  • Permitindo que ela crie desenhos novos livremente com lápis, lápis cera, pilot e papel
  • Proporcionando oportunidades de aprender canções, rimas ou versos de memória
  • Lendo contos, histórias compridas
  • Falando com a criança sobre temas variados sem utilizar termos e expressões infantis
  • Escutando e prestando atenção quando ela fala, levando em conta que a criança entende mais do que é capaz de verbalizar
Fala e linguagem da criança de 6 anos
A criança de 6 anos:
  • Usa a gramática adequadamente
  • Compreende o significado das frases
  • Nomeia os dias da semana em ordem e conta até 30
  • Conta uma história de 4 a 5 fatos e começa a ter noção de causa/efeito
  • Sabe o dia e mês de seu aniversário, seu sobrenome, endereço e telefone
  • Distingue direita e esquerda
  • Conhece a maioria das palavras opostas e o significado de: "através", "até", "em direção a", "longe", "desde".
  • Sabe o significado e usa corretamente as palavras: "hoje", "ontem" e "amanhã".
  • Formula perguntas utilizando: "Como?", "Que?", "Por que?".
  • Pergunta o significado de palavras novas ou pouco familiares
  • Relata experiências diárias
Como você pode estimular a fala e a linguagem da criança de 6 anos:
  • Reservando um tempo de seu dia para conversar com ela
  • Lendo histórias para ela e pedindo que ela reconte
  • Ajudando-a a escrever seu próprio livro de histórias com desenhos e ilustrações
  • Pedindo que represente diferentes personagens de histórias
  • Propondo jogos que envolvam raciocínio
  • Dando tarefas em que seja necessário seguir algumas instruções
  • Deixando-a cozinhar, utilizando livros de receitas infantis, com passos e instruções simples
  • Assistindo com ela programas de televisão e vídeos, pedindo que conte sobre o que viu e o que mais gostou
  • Permitindo que participe de discussões familiares em que possa dar sua opinião
  • Ajudando-a a conhecer e utilizar novas palavras e conceitos

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Neurocientistas identificam área cerebral relacionada ao autismo


Novas tecnologias ajudam a identificar atividade cerebral com precisão. Foto: Sage Center for the Study of the Mind/Divulgação
Novas tecnologias ajudam a identificar atividade cerebral com precisão.
 Foto: Sage Center for the Study of the Mind/Divulgação

Com novas investigações sobre o cérebro, os neurocientistas estão descobrindo que parte do que se afirmava sobre os transtornos de espectro autista estava errada. Pesquisadores do Centro Martinos de Imagem Biomédica do Hospital Geral de Massachusetts publicaram um artigo na revista Pnas descrevendo a relação entre a conexão dos neurônios e uma das principais características desses males: a dificuldade de se relacionar socialmente.

Usando resultados de uma avançada técnica de imagem, os cientistas constataram que, em indivíduos portadores do problema, a coordenação da atividade neuronal é mais fraca na região do giro fusiforme, área do cérebro responsável pelo reconhecimento de faces. “Apesar de se saber há muitos anos que a conectividade funcional entre diferentes regiões cerebrais é reduzida nos transtornos de espectro autista, acreditava-se que ela era mais forte quando se considera uma área específica”, diz Tal Kenet, pesquisadora do Centro Martinos e principal autora do estudo. 

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Dislexia x Escolas e Professores

 
 
Quando houver suspeita de que um aluno possui um transtorno de aprendizagem, a escola deve providenciar junto às famílias o encaminhamento para o diagnóstico multidisciplinar, além de incentivar a identificação e o acompanhamento desse aluno. A equipe escolar deve, ainda, promover o acompanhamento consistente e afirmativo dessas crianças e jovens, além de incentivar professores a desenvolver programas que favoreçam a integração social e o uso de ferramentas metodológicas que atendam a neurodiversidade em sala de aula.


 Lembrem-se de que não podemos penalizar um indivíduo por possuir uma forma de aprender que não corresponde às expectativas da escola e ou da sociedade.

Em geral, a abordagem escolar do aluno com transtorno de aprendizagem deve ser preventiva, individualizada, multissensorial e sequencial. Seguem algumas sugestões para os casos de dislexia:

• A coordenação da escola deve informar aos professores de todas as disciplinas sobre a existência transtorno e discutir com cada um deles quais estratégias serão empregadas.
• Evitar a solicitação de leitura em voz alta, em sala de aula.
• Oferecer a possibilidade de gravar as aulas expositivas, para que haja a opção de ouvir em casa.
• Disponibilizar tempo adicional para a elaboração de provas escritas e tarefas (em geral 25% a mais).
• Oferecer a oportunidade de o aluno ter um "tutor" para acompanhá-lo individualmente na escola e fora dela.
• Oferecer a oportunidade de responder às questões oralmente;
• Valorizar a apropriação do conteúdo, independente da habilidade de leitura e escrita.
• Explorar estratégias para a melhor compreensão do texto.
• Informar a família sobre a evolução da criança, sobre as adaptações aplicadas e seus resultados


 

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Brasileiro pode se tornar o melhor professor dos EUA


Na próxima terça-feira, o presidente Barack Obama vai anunciar quem é o melhor professor dos Estados Unidos. É o resultado de um concurso e entre os finalistas está um brasileiro; Alexandre Lopes ensina aos alunos muito mais do que somente ler e escrever.

O que faz de um professor especial? A maneira como é tratado pelos colegas? O jeito como é recebido pelos alunos? Ou o sonho de que é possível mudar o mundo através da educação?

“Eu quero dar aos meus alunos tudo aquilo que eles necessitam ou possam vir a necessitar para serem bem sucedidos na sociedade. Mas por que não também mudar um pouquinho a sociedade para fazer com que eles sejam mais bem aceitos?”, disse o professor Alexandre Lopes.

Alexandre ensina a crianças com diversos tipos de necessidade.

“Crianças com autismo, minorias raciais, minorias étnicas - e eu consigo com que todos eles tornem-se parte de uma comunidade”, afirma Alexandre.

O que os americanos se perguntam é como um brasileiro, que até pouco tempo era comissário de bordo, se tornou uma referência na educação dos Estados Unidos, ensinando crianças carentes no maternal.

“Eu utilizo a música na integração social dos meus alunos. Começando com eles desde pequenos, quando ainda não existe um preconceito, quando eles são abertos a tudo”, revela Alexandre.

Alexandre mora há oito anos em Carol City, uma cidade de 60mil habitantes, na Flórida.

Num canto da casa, o Alexandre reúne as duas grandes paixões da vida. A música - ele começou a tocar piano aos sete anos de idade - e os troféus que ganhou como professor.

Foi depois dos atentados de 11 de setembro que ele se tornou professor.

“Conversando com uma conselheira acadêmica, eu vim a saber sobre a educação especial. Acabei apaixonando-me pela matéria, pelo conteúdo da área”, disse.

Fez mestrado em educação especial. E ganhou uma bolsa de doutorado na Universidade de Miami. Aí, vieram os prêmios: o melhor professor da cidade, da região e não parou mais.

“Em junho do ano passado, eu soube que eu era o professor do ano da Flórida”, conta Alexandre.
A cada etapa, entrevistas, provas e observadores que acompanhavam o trabalho em sala de aula.
“E dos 54 representantes nacionais, eu vim a saber que eu era um dos quatro finalistas”, conta.
Os outros três são americanos, e todos professores do ensino médio.

“Acho que é a primeira vez na história desse título, dessa competição nacional, que um professor de maternal chega à final”, destaca.

O critério para a escolha do melhor professor dos Estados Unidos é simples: alguém que ajude a inspirar crianças de todas as origens, e tenha o respeito e admiração de colegas, alunos e pais.
No Brasil, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, onde mora a família de Alexandre, o clima já é de comemoração.

“Aqui ele virou o rei. Aqui na cidade. Ele foi criado com a gente, é nosso sangue. Tudo que a gente viveu... Tá vendo, estou emocionada. A gente vê a pessoa crescendo, saindo daqui e sendo tão maravilhoso”, conta a irmã de Alexandre, Andréa Lopes.

“Está todo mundo muito orgulhoso dele porque ele é fantástico. É maravilhoso”, disse a tia de Alexandre, Lucia Lora.

“Um brasileiro, que foi lá pra fora, e conseguiu chegar aonde ele está”, disse o irmão de Alexandre, Marcos Henrique.

Alexandre aprendeu em casa as lições que hoje passa para os alunos.

“Eu sempre falei pros três: disciplina, honestidade e, tudo que você fizer, você faça o máximo que você puder”, conta o pai, Enir Lopes

Inclusive os primeiros acordes no antigo piano.

“Apesar de estar muito orgulhoso, é muito importante que eu me lembre que não sou eu. É o meu trabalho, são os meus alunos. Em tudo aquilo que vai transformar essa criança num bom aluno e num bom cidadão, desde pequeno”, completa Alexandre.

Fonte: Fantástico

sábado, 13 de abril de 2013

Inclusão de autistas estudantes do ensino médio

Middle school student Os desafios da inclusão para alunos do ensino médio que são autistas são significativos, mas não intransponíveis. Muitos dos recursos necessários geralmente já são uma parte do distrito escolar, mas precisam ser reorientados e conectados em uma estrutura que dará apoio não só para a criança, mas também para a equipe e a família.

Abordagens para a inclusão de autistas estudantes do ensino médio
  
As escolas do distrito escolar de South Burlington, Vermont  são um bom exemplo de uma abordagem viável para a educação inclusiva para crianças diagnosticadas com desordem do espectro autista (ASD). Reconhecendo que a CIA é tanto sobre o aumento (Centros de Controle de Doenças estima agora uma em cada 110 crianças tem alguma forma da doença) e abrange uma ampla gama de necessidades, o distrito escolar montou uma equipe clínica, incluindo o seguinte:

  •     administrador de educação especial,
  •     psicólogo escolar,
  •     terapeuta ocupacional,
  •     analista do comportamento aplicado (credenciado),
  •     professor de educação especial,
  •     fonoaudiólogo,
A equipe é responsável por consultas, revisão de casos e concepção de desenvolvimento profissional para professores em todo o distrito, bem como um-em-um cuidador para os estudantes. Uma das estratégias importantes foi a de girar os adultos em contato com as crianças em uma base regular. Isso mantém os adultos desapegados e mantém os filhos dependentes dos adultos para funcionarem. 

Identificação das necessidades dos adolescentes do ensino Médio Autista

Porque ASD cobre uma gama tão vasta, incluindo o transtorno autista, transtorno desintegrativo da infância, transtorno invasivo do desenvolvimento (não especificado), síndrome de Asperger, e síndrome de Rett, muitos tipos diferentes de recursos são necessários. Leis Federais exigem que os alunos sejam educados no "menos restritivo" ambiente possível, mas ao mesmo tempo as necessidades específicas de tratamento de crianças autistas vai incluir:


  •     fala e terapia de linguagem,
  •     tratamentos aplicados de análise comportamental (ABA),
  •     terapia ocupacional,
  •     desenvolvimento de habilidades sociais de interação,
  •     comunicação e habilidades funcionais.

Estes tratamentos são, para além das necessidades acadêmicas comuns a todos os
alunos do ensino médio. Fornecer esta profundidade de terapia geralmente exige grande envolvimento da comunidade e agências estaduais de saúde mental e suas famílias. 

Superar as dificuldades através da comunicação

O autismo é um transtorno desafiador para tratar sob o nível pessoal e crianças com ASD têm que lutar contra sua própria frustração como elas tentam fazer sentido e se encaixar no mundo em torno delas. Enquanto a educação inclusiva tem um bom histórico de tratamento útil, o grande número de pessoas envolvidas significa que haverá conflitos inevitáveis.


  • Colegas de classe - podem não compreender que o autismo é uma condição médica. Formar colegas e facilitar círculos sociais com os alunos empenhados em apoiar os seus amigos autistas podem mudar um ambiente sem compaixão em um nutritivo.
  • Aula-participação -  Muitas vezes os professores com um bom entendimento dos objetivos terapêuticos da criança autista vai projetar seus planos de aula para que o aluno possa participar de uma forma que tanto contribui para a sala de aula como um todo e também aborda diretamente o Programa Educativo Individual (PEI ).
  • Os professores- É vital que os professores (junto com as famílias e pessoal administrativo) ter uma compreensão clara de ambos os desafios da criança e também a estratégia planejada para o tratamento.
  • Estratégias inclusivas - autismo é uma desordem ainda não muito bem compreendida e existe variações de metodologias para o tratamento. É importante que o distrito escolar forneça uma abordagem unificada e cooperativa para a estratégia inclusiva para cada criança autista, deixando as lições construirem e reforçarem-se mutuamente.
Benefícios do modelo de Educação Inclusiva

Há benefícios claros para as crianças autistas que estão incluídas na sala de aula normalizada, como mostra um estudo realizado por Wooten & Mesibov em 1986. Modelagem de habilidades sociais em estudantes típicos terá de ser vantajoso.O que muitas vezes não é reconhecido é que os benefícios para os colegas de classe, professores e famílias, como eles aprendem mais sobre as diversas necessidades dos autistas e outras crianças com necessidades especiais. Como eles cooperam para ajudar uns aos outros os desafios da educação inclusiva, eles vão se fortalecer e outro na comunicação e compreensão. Isso traz um novo significado e propósito para a palavra, inclusive no tratamento de autismo.

Fontehttp://autism.lovetoknow.com/Inclusion_for_Autistic_Middle_School_Students

terça-feira, 9 de abril de 2013

Descobertas revolucionárias de pesquisa que ligam Frágil X e autismo.



WALNUT CREEK, Calif., 9 de abril de 2013 /PRNewswire/ 

Continuam as notícias emocionantes de avanços na pesquisa sobre o gene Frágil X e suas ligações com o autismo. Novas pesquisas estão descobrindo mais vias que ligam Frágil X e autismo. 

Além disso, cresce no Congresso apoio bipartidário para continuar a aumentar o sucesso da pesquisa do Frágil X com financiamento federal. Os pais com crianças inscritas em pesquisas clínicas promissoras sobre fármacos em todos os EUA estão sensibilizando as pessoas por meio de mídia social e tradicional, bem como diretamente junto aos representantes eleitos. Posteriormente nesta primavera do Hemisfério Norte, o congressista Greg Harper (R-MS) e a National Fragile X Foundation organizarão uma mesa redonda no Congresso para discutir como melhor entender o potencial pleno dessas descobertas revolucionárias de pesquisa que ligam Frágil X e autismo. 

A Casa Branca também vê claramente este potencial, uma vez que o projeto de mapeamento do cérebro de $100 milhões certamente acelerará o ritmo da conquista do Frágil X e autismo. Membros da Câmara de Representantes devem também editar legislação posteriormente neste mês para realocar até $200 milhões de financiamento público de eleições presidenciais e convenções partidárias para pesquisa do NIH. 


FONTE: National Fragile X Foundation

Estudantes criam móveis para crianças com deficiência intelectual


Divulgação
estudantes-criam-moveis-para-criancas-com-deficiencia-intelectual
Alunos de arquitetura do Centro Universitário Belas Artes, em São Paulo, criaram móveis para crianças com deficiências intelectuais que estudam na Associação de Pais e Amigos de Excepcionais (Apae) de Potim (SP). Fazem parte do mobiliário estantes multicoloridas para livros infantis, cadeiras com estampas circulares e até uma cabaninha com um quadro negro. Os alunos projetaram e executaram os móveis durante o segundo semestre letivo de 2012 para a brinquedoteca que estava sendo criada na associação.

De acordo com Denise Xavier, coordenadora do projeto, a preocupação no desenho de móveis para qualquer grupo infantil é desenvolver a autonomia, mas a necessidade é ainda maior no caso das crianças com deficiência intelectual.“O importante é tentar fazer com que a criança se coloque como um agente, capaz de manipular o que tem ao redor dela”, resume. Além disso, os móveis bem desenhados podem ajudar na interação delas. “Se essas crianças sentem-se mais seguras e autônomas, resgatam a possibilidade de interação de igual para igual com as outras”, explica.

Mas os móveis de MDF pintados com esmalte não têm só uma aparência divertida: eles também ganharam função pedagógica. O design de cada peça enfatizou uma característica do trabalho de um artista plástico brasileiro. O nicho de leitura, por exemplo, faz menção às ondulações dos quadros de Tomie Ohtake. Assim, espera-se ensinar as crianças a perceber melhor as formas, cores e texturas dos objetos.

Além de estimularem os sentidos, os móveis são, obviamente, acessíveis. É o caso do Kit Quadro, cuja lousa é inclinada, fazendo com que rabiscar fique mais fácil para quem está sentado numa cadeira de rodas. Outro exemplo é o display, dimensionado para que os menorzinhos não façam muito esforço para pegar os livros. A ideia é que os meninos e meninas sintam-se mais autoconfiante, à medida que dependem menos da ajuda de outras pessoas para realizar suas pequenas tarefas.

Conheça melhor os móveis – e os artistas que os inspiraram – na galeria abaixo.

 


Nicho de leitura.  Esse móvel foi criado pelos alunos Ana Cristina Bernardo; Bruna Coki; Barbara Ferreira; Taís Ossani e Tildchen Moussa.



 
 
Nicho de leitura. O design do móvel enfatiza seu formato circular. A peça foi inspirada na obra do paisagista e artista plástico Burle Marx.
 


Baú / Display. A obra de Tomie Othake inspirou o móvel criado pelos estudantes Adria Maia, Adriano Reis, André Felix, Diane Dourado, Larissa Oliveira, Rodrigo Oliveria e Viviane Baliutis.



 

Cadeira. Crianças de duas faixas etárias diferentes podem sentar-se nesse móvel, criado pelos futuros arquitetos (CHECAR) Adriana Bondini, Bruna Chatah, Caroline Volpe, Giovanna Mellace, Igor Kuguchi, Jessica Paiva, Mariana Godone e Renata Lima. O design ondulante foi inspirado no trabalho de Leda Catunda.


 


Cadeira de leitura. Esse móvel inspirado no trabalho de Dionísio Del Santo trabalha o contraste. Design dos graduandos Ana Paula Fernandes, Geysa Trevizani, Marina Denizo, Marina Marques e Patrícia de Lima.


 

Display/ Estante, criado por Andréia Moura, Andressa Mendes, Leandro Kassuga, Maria Aline Siqueira; Priscila De Martini e Stephanie Albano. O design desse móvel trabalha o conceito de intervalo. A peça faz menção às obras de Emanuel de Araújo.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

DIR/Floortime - Intervenções Autismo

 
DIR/Floortime

Intervenções Autismo



Dia: 18/05/2013
Horário: 08h às 17h
Local: Auditório Nominato - Av. Presidente Carlos Luz, 220 - Caiçara - Belo Horizonte - MG
E-mail: contato@creativeideias.com.br
Telefone: (21) 2577 8691 | (21) 3246 2904 | (21) 8832 6047 | (31) 8636 1392

PÚBLICO ALVO:
Familiares, Mediadores (Estagiários, Monitores e/ou Facilitadores), Professores, Psicólogos, Psicopedagogos, Fonoaudiólogos, Pedagogos, Fisioterapeutas, Terapeuta Ocupacional, Estudantes de Graduação e/ou Pós e demais interessados no assunto, além de profissionais das áreas de educação e saúde.


PROGRAMA:
Introdução ao modelo DIR floortime
- D: desenvolvimento
- I: diferença individual
- R: relacionamentos
- O que é Floortime?
- O que é DIR?

Apresentação dos princípios do DIR
- Induzir a criança a pensar e não a fazer
- Deixe a criança liderar

Descrição dos seis níveis de desenvolvimento
- Auto regulação e interesse pelo mundo
- Formar relacionamentos, engajamento e vinculo afetivo
- Círculos de comunicação
- Organização do Comportamento, resolução de problemas
- Capacidade simbólica
- Pensamento lógico e racional
- Entenda em qual nível funcional a criança está

Integração sensorial no DIR Floortime
- Princípios e conceitos
- Descrição dos diferentes perfis sensoriais e a importância desse conhecimento nas interações
- Orientações práticas para auxiliar no engajamento

O papel da família e da escola no processo de desenvolvimento
- Como capacitar os pais para que eles passem a conhecer seus filhos e saibam como estimulá-los?
- Por que incluir pais na avaliação?
- Saiba o que observar na avaliação?
- Com estender a abordagem para todos os ambientes e a todo o momento

Prática
- Apresentação de vídeos para discussão
- Discussão de um caso clínico


PALESTRANTE:
Helena Fagundes Gueiros - Terapeuta DIR/Floortime ICDL USA DIR C2. Fisioterapeuta, Pós-Graduada em Psicomotricidade - Certificada em Integração Sensorial - Mentorship 1 pela SPD Foundation.


INVESTIMENTO:

• ATÉ 19/04/13
R$ 80,00 - individual (cartão)
R$ 70,00 - individual (depósito)
R$ 60,00 - por inscrito (depósito) - grupo a partir de 4 pessoas


INSCRIÇÃO: www.creativeideias.com.br