quinta-feira, 29 de março de 2012

HBO Family exibe o filme Autismo: O Musical

Autismo - O Musical (Autism: The Musical)
Uma verdadeira inspiração.

Este documentário acompanha cinco autistas que trabalham na produção de um musical. Durante o processo, eles experimentam frustrações e sucessos ao lado de suas famílias enquanto se preparam para a apresentação.

Dia 02/04, segunda, às 20h na HBO Family. Reprise dia 14/04, sábado, às 13h20.

terça-feira, 27 de março de 2012

Senado aprova MP que prevê recursos para financiar produtos que facilitam a vida de pessoas com deficiência


O Senado aprovou hoje (27), sem alterações, o projeto de lei proveniente da Medida Provisória (MP) 550 que permite ao governo subsidiar empréstimos para que pessoas com deficiência possam adquirir equipamentos como cadeiras de rodas e carros adaptados.

Os senadores autorizaram a União a conceder subvenção econômica de R$ 25 milhões por ano a instituições financeiras oficiais para que elas forneçam crédito aos deficientes físicos.

O governo poderá editar um ato a fim de definir o limite de renda para poder ter direito ao financiamento. No mesmo ato, também será explicitado quais são os bens e serviço de tecnologia assistiva que poderão ter o crédito subvencionado pela União.

A matéria, que recebeu apoio de diversos senadores durante a sessão, foi aprovada em votação simbólica. O projeto segue agora para a sanção presidencial.

quinta-feira, 22 de março de 2012

I Jornada sobre Neuroeducação


I Jornada sobre Neuroeducação
Neurociências, Aprendizagem e Educação


Dias: 26/05 e 02/06/2012
Horário: 08h às 17h
Local: Auditório da ACM - Rua da Lapa, 86 - 6º andar - Centro - Rio de Janeiro (exibir mapa)
E-mail: contato@creativeideias.com.br
Telefone: (21) 2577 8691 | (21) 3246 2904 | (21) 8832 6047
PÚBLICO ALVO:
Psicólogos, Fonoaudiólogos, Psicopedagogos, Professores e profissionais da área de saúde, além de estudantes de graduação e pós-graduação.


INVESTIMENTO PARA OS DOIS DIAS DO EVENTO:


• ATÉ 18/05
R$ 99,00 - individual (cartão)
R$ 90,00 - individual (depósito)
R$ 80,00 - cada inscrito - grupos a partir de 3 pessoas (depósito)




O que é Neuroeducação?
Neuroeducação é um campo interdisciplinar que combina a neurociência, psicologia e educação para criar melhores métodos de ensino e currículos.

As pesquisas e iniciativas de neuroeducação têm crescido muito no mundo, nos últimos anos, e tenta usar descobertas sobre aprendizagem, memória, linguagem e outras áreas da neurociência cognitiva para informar os educadores sobre as melhores estratégias de ensino e aprendizagem. Cada vez mais, os professores querem e precisam saber sobre como os seus alunos aprendem e memorizam as informações ensinadas. Os neurocientistas, por outro lado, querem saber como essas indagações dos professores podem sugerir novas pesquisas em neurociência.


Outra linha de abordagem em neuroeducação é compreender quais e como os distúrbios e doenças nervosas e mentais podem afetar o aprendizado dos alunos. e como os professores podem colaborar com outros profissionais para ajudar a identificar problemas em sala de aula, de modo a enfrentá-los com novos métodos de educação especial para a inclusão social dos seus alunos afetados.


Assim, a neuroeducação engloba o estudo de doenças comuns ou raras, tais como:
• Dislexia
• Discalculia
• Gagueira
• Desordem de atenção e hiperatividade
• Disfunção cerebral mínima
• Retardamento mental
• Disfunções no desenvolvimento
• Dificuldades de aprendizagem
• Deficiências da visão e audição
• Lesão cerebral
• Dispraxia
• Doenças mentais como depressão, ansiedade, etc
• Doenças sistêmicas com comprometimento cognitivo, como anemia, mixedema, desnutrição e outros

(fonte: wikipédia)


PALESTRANTES:

Programação 26/05/2012

"Psicomotricidade"
Fátima Alves - Fonoaudióloga, Psicomotricista titulada pela SBP, Sócio-terapeuta Ramain-Thiers, Sócia-Titular da ABP, Docente dos cursos de pós-graduação da AVM Faculdade Integrada, Docente conteudista do curso de pós-graduação e do curso de Graduação da AVM Faculdade Integrada, Mestre em Estudos de Ciências da Saúde e do Ambiente, Presidente da ABP, gestão 2008/2010. Membro da Comissão Científica da ABP, gestão 2011/2013. Conselheira da ABP, Autora de livros: "Psicomotricidade: Corpo, Ação e Emoção", "Para entender Síndrome de Down", "Inclusão - Muitos Olhares, Vários Caminhos E Um Grande Desafio" e "Como aplicar a Psicomotricidade.

"Mentes que aprendem"
(Uma nova proposta de modus operandi para a área educacional com foco na Prontidão para a Aprendizagem como meio de solucionar as dificuldades que giram em torno do aprender do estudante, atuando como alicerce pedagógico fundamental na busca não somente de maior equidade educacional, como de substratos no implemento de reformas no ensino que garantam a qualificação e o aprendizado do aluno em sua totalidade).
Cândida Maria de Cavalcanti Soares - Formada em Educação Física e Lí¬ngua Portuguesa, pós-graduada em Jogos Cooperativos e em Neuroeducação, e co-autora de 4 livros: Virando o Jogo da Educação - Moral e Ética em ação na escola; Dificuldades de Aprendizagem têm solução; Um Salto Quântico para a Genialidade - Todos nascem para se tornarem geniais; Mentes que Aprendem - Um ensaio sobre a prontidão para a aprendizagem. Faz parte do quadro de pesquisadores do Instituto de Pesquisas em Neuroeducação e atua como neuroeducadora, junto a alunos que apresentam dificuldades escolares de aprendizagem.

"TDAH"
Célia Regina Carvalho Machado da Costa - Graduação em Psicologia pela Universidade Santa Úrsula (1977) , graduação em Fonoaudiologia pela Universidade Estácio de Sá (1976) , especialização em Especialização Em Neuropsicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002) , especialização em Especialização Em Psicologia Clínica pelo Centro de Psicologia Social (1981) e curso técnico profissionalizante pelo Colégio Eduardo Guimarães Especialização Em Educação Especial (1991) . Atualmente é tese de mestrado do Nucleo Evoluir e Psicóloga da Casa de Saúde Santa Mônica. Tem experiência na área de Psicologia , com ênfase em Psicologia do Desenvolvimento Humano. Colaboradora nos livros "Neuroeducação - Neurociências e desenvolvimento cognitivo" e "Neuroeducação - Necessidades educacionais especiais".

"Aprendizagem através da internet: Redes Sociais"
Raphaella Marques - Graduada em História (UGF), especialista em História do Brasil (UCAM), Gestão Educacional (UCB), Docência Superior (AVM) e cursando a pós Planejamento, Implementação e Gestão da Educação a Distância (UFF). Professora da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, Coordenadora do programa Educopédia da SME-RJ , Curadora de Conteúdos das redes sociais da Educopédia e Moderadora do blog do programa. Atua na área de Informática Educacional desde 2003, tem experiência como produtora de material digital e projetos pedagógicos vinculados à informática educacional, consultora e oferece treinamentos em escolas particulares do RJ. Professora Blogueira premiada em 3º lugar no Troféu Rioeduca na categoria blog de professora promovido pela SME-RJ em 2011.



Programação 02/06/2012

"Neurociências"
Marta Pires Relvas - Bióloga, Neurobióloga, Psicopedagoga, Psicanalista, Pós Graduada em Anatomia Humana, Especialista em Fisiologia Humana, Bioética Aplicada e Didática do Ensino Superior. Pesquisadora na área de Biologia Cognitiva e Aprendizagem e Membro Associada da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento. Mentora e Professora do Curso de Pós Graduação de Neurociência Pedagógica da Faculdade Integrada AVM-UCAM/RJ, ministrado as disciplinas de Neurociência da Anatomia e Fisiologia Cognitiva e Emocional, e Neurociência e Educação. Autora dos Livros: "Fundamentos Biológicos da Educação – desenvolvendo inteligência e afetividade na aprendizagem", "Neurociência e os Transtornos da Aprendizagem", "Neurociência e Educação: Gêneros e potencialidades na sala de aula" e Co-autora dos livros: Neuropsicologia e Aprendizagem para Viver Melhor - Editora Científica; Lu iza Elena Ribeiro do Valle, Sociedade Brasileira de Neuropsicologia – editora Tecmedd,SP. Neuropsiquiatria Infância e Adolescência - Abordagem Multidisciplinar de problemas na clínica, na família e na escola. Org. Eduardo L. Ribeiro, editora WAK,RJ. Como Aplicar a Psicomotricidade. Org. Fátima Alves, editora WAK, RJ. Mídia em DVD – Neurociência e Aprendizagem Escolar – editora WAK.

"Como lidar com o autismo em sala de aula"
Eugênio Cunha – Doutorando e Mestre em Educação, professor, psicopedagogo e jornalista. Leciona na Educação Básica e no Ensino Superior. Pesquisador na área educacional vinculado ao Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas de Educação da Universidade Federal Fluminense - GRUPPE/UFF/CNPq. Trabalha, também, na educação de alunos com dificuldades de aprendizagem e necessidades educacionais especiais. Autor doa livros: "Autismo e Inclusão", "Práticas Pedagógicas para Inclusão e Diversidade" entre outros da Editora Wak.


"Dislexia"
Renata Mousinho – Fonoaudióloga. Pós-Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutora e mestre em Linguística pela UFRJ. Docente da Graduação em Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Coordenadora do Projeto ELO: leitura, escrita e oralidade, da UFRJ. Co-autora do livro "Dislexia: Novos Temas, Novas Perspectivas" da Editora Wak.

"Políticas Públicas, Educação e Sociedade"
Valdelúcia Alves da Costa - Graduação em Pedagogia, Universidade de Brasília/UnB, Faculdade de Filosofia de Campos/RJ (1979), Mestrado em Educação: Educação Especial, Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UERJ (1988), Doutorado em Educação: História e Filosofia da Educação, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo/PUCSP (2001). Professora Associada da Universidade Federal Fluminense, atuando na Faculdade de Educação e no Programa de Pós-Graduação em Educação, Mestrado e Doutorado. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Especial; Educação Inclusiva; Políticas Públicas de Educação; Formação de Professores pela Educação e pelo Trabalho; Preconceito, Indivíduo, Cultura, Família e Escola; atua principalmente com os seguintes temas: Formação de Professores; Educação Inclusiva; Democratização da Escola; Inclusão Escolar de Alun os com Deficiência na perspectiva da Teoria Crítica da Sociedade. Coordenadora dos Projetos de Pesquisa "Políticas Públicas de Educação Especial no Estado do Rio de Janeiro: Desafios da inclusão escolar de alunos com deficiência/CAPES-PROESP"; "Formação de Professores para a Educação Inclusiva/Programa Nacional de Cooperação Acadêmica UFMA/UFBA/UFF/Novas Fronteiras/CAPES-PROCAD-NF/UFMA/ UFBA/UFF"; e co-coordenadora do Projeto de Pesquisa "Observatório Estadual de Educação Especial/RJ: Estudo em Rede sobre as SRMs nas escolas municipais/OEESP-RJ", subprojeto do Projeto de Pesquisa "Observatório Nacional de Educação Especial: Estudo em Rede Nacional sobre as SRMs nas escolas comuns/ONEESP/CAPES-INEP". Representante no Brasil da Red Internacional de Investigadores en Inclusión Social y Educativa/UNAM/México. Colaboradora no livro "Neuroeducação - A relação entre saúde e educação" da Editora Wak.


INSCRIÇÃO: www.creativeideias.com.br

REALIZAÇÃO: Creative Ideias

quarta-feira, 21 de março de 2012

Portador de síndrome de down vive mais, porém com poucas oportunidades sociais

por Jornal Estado de Minas

Magda Zambelli, a grande companheira do irmão, Rafael Zambelli, de 54, se
queixa da falta de oportunidades profissionais: "ele não pode ficar na escola a vida toda"
As pessoas com síndrome de Down já foram tratadas como eternas crianças. Se no século passado tinham sobrevida de 30 anos, atualmente podem viver até os 70, segundo o maior especialista da síndrome do país, o médico geneticista Zan Mustacchi. No Dia Internacional da Síndrome de Down, a boa notícia vem acompanhada de uma preocupação: garantir a essas pessoas uma ocupação e até uma aposentadoria digna.

"Essa turma mais antiga está dentro de casa com depressão, sem ter o que fazer. Eles são de uma época em que não havia estimulação suficiente e nem todos aprenderam a ler e a escrever para ser inseridos no mercado de trabalho", protesta Luzia Zolini, diretora da Família Down, de Belo Horizonte. Segundo ela, a maioria das empresas já acatam a determinação de contratar pessoas com deficiência física para cumprir as cotas exigidas por lei, mas ainda têm dificuldades de aceitar os trabalhadores com deficiência intelectual.

"É um erro. As pesquisas mostram que as pessoas com síndrome de Down tornam o ambiente mais feliz e humano. Elas cumprimentam da mesma forma o presidente da empresa e a faxineira que limpa o banheiro e isso contagia a equipe", compara.
 
O que familiares e especialistas pedem é uma maior inserção social dos portadores da síndrome. "O pai e a mãe das pessoas com Down não são eternos. Essa verdade é inerente a qualquer um e é preciso preparar essas pessoas para o mundo", alerta Thiago de Araújo, diretor de projetos da Creative Ideias, instituição carioca, com filial em BH, que vai promover o primeiro workshop de inclusão escolar de Minas, este mês.

"Se há meninos passando na faculdade em outros estados, porque isso não acontece aqui?”, questiona Araújo, citando Kalil Assis Tavares, de 21 anos, primeiro aluno Down aprovado no vestibular da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Esforço familiar
"Olá, mocinha!", graceja Rafael Zambelli, de 54 anos, cumprimentando a irmã Magda Zambelli, de 60 anos, ao subir os lances da escada do Dia Dia, instituição particular que oferece atividades a pessoas com a síndrome de Down e outras deficiências físicas e intelectuais.

Galanteador, Rafael não perde tempo. Chama de "linda" a moça que o ajuda a saltar os degraus e, depois de recuperar o fôlego, convida a irmã para uma contradança. "Meu pai era festeiro e foi um dos fundadores do Pampulha Iate Clube (Pic). Rafael vivia nos bailes e gosta de dançar. Hoje está mais velho, mas já foi um grande dançarino em diversas modalidades", conta Magda. Segundo ela, o irmão teria sido a primeira pessoa com síndrome de Down matriculada em uma escola em Minas Gerais.

"Rafael não pode ficar na escola a vida toda", desabafa Magda Zambelli, que manifesta este desabafo "cheia de tristeza no coração". Segundo a irmã de Rafael, ele está matriculado desde criança na escola, aprendeu a ler e a escrever cerca de 300 palavras. Quando a escola regular recusou sua matrícula, por ele já ser um adulto, a família contratou uma professora particular.

Atualmente, paga em torno de R$ 900 mensais para garantir um turno de atividades a Rafael, que faz aulas de informática, culinária, yoga e circo, dentre outras. "A geração do Rafael tornou-se um laboratório vivo. Foi o primeiro paciente de uma fonoaudióloga que passou a atender Down e está tratando com um fisioterapeuta especialista em idosos, para tratar um problema de coluna. Por enquanto, está dando certo", diz.

Palavra de especialista
Zan Mustacchi
médico geneticista

No século passado, mais precisamente até à década de 1980, as pessoas com síndrome de Down tinham sobrevida de 20, 30 anos. Hoje, a expectativa de vida é de 60, 70 anos. A primeira coisa que mudou foi a exigência dos pais, que passaram a obrigar os médicos que cuidavam dos irmãos de Down a aplicarem os mesmos conhecimentos em ambos. Antes, as pessoas com Down nem mesmo tinham indicação de tomar as vacinas, pois havia o mito de que iriam morrer cedo. Outra questão que melhorou é que as pessoas com Down nascem com cardiopatia congênita e 50% têm indicação de cirurgia cardíaca, mas eles eram os últimos a ser operados e ainda assim, quando havia vagas disponíveis. Hoje, antes dos seis meses, todos eles operam. Também a alimentação melhorou. É sabido que as pessoas com a trissomia do cromossomo 21 têm uma imaturidade hepática e, para elas, é necessária uma nutrição com mais proteína de peixe e menos carne vermelha, além da ingestão de produtos da horta, sem agrotóxicos. Aos meus pacientes, recomendo ainda ser infiel às marcas da indústria, evitando consumir os mesmos corantes e conservantes a vida toda. Ao mudar as marcas, variam os conservantes ingeridos. Por fim, a imunização, alimentação e a cirurgia cardíaca repercutiram em melhor qualidade de desenvolvimento das pessoas com síndrome de Down, mas ainda falta oferecer oportunidades sociais. Essa é a palavra-chave para um futuro melhor.
 

Estímulos precoces ajudam criança com síndrome de Down

O diagnóstico de síndrome de Down deixou, há tempos, de ser uma sentença que determina o potencial de alguém. Com expectativa de vida cada vez maior e mais qualidade de vida, portadores e suas famílias têm muito a comemorar nesta quarta-feira, Dia Mundial da Síndrome de Down.

Mas o que faz com que as crianças com a síndrome consigam se desenvolver ao máximo ainda é tema de discussão enquanto elas vão à universidade e estão cada vez mais incluídas socialmente.

"O tratamento e acompanhamento das patologias associadas faz uma grande diferença", diz Fabíola Pelissoni Vicente, médica geneticista da Apae de São Paulo.

Isso porque pessoas com Down têm mais chance de ter doenças como problemas cardíacos, hipotireoidismo, doença celíaca e leucemia.

Os males cardíacos podem atingir cerca de 50% das crianças com Down. Se não receberem tratamento, podem afetar o desenvolvimento da criança como um todo e ter repercussão em outros sistemas, como o nervoso.

Editoria de arte/ Folhapress


VISÃO E AUDIÇÃO
Problemas de visão, audição e tônus muscular também são obstáculos ao desenvolvimento e à aprendizagem, independentemente do atraso intelectual.

É por isso que o acompanhamento médico deve ser feito desde o começo e ser constante, explica Vicente.

A estimulação deve ser iniciada o quanto antes, diz Patricia Tempski, médica e coordenadora do ambulatório de cuidado à saúde da pessoa com síndrome de Down do Instituto de Medicina Física e Reabilitação, ligado à USP.

A equipe deve ter fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional para aprimorar a dicção, a força muscular e outras habilidades.

"O maior ganho para crianças com ou sem síndrome de Down acontece nos primeiros anos de vida, quando se desenvolve a capacidade de os neurônios formarem novas conexões", diz Vicente.

Quantificar ou prever esse ganho, porém, não é uma tarefa possível, diz Tempski.

"Todo investimento é colhido, mas o quanto cada criança vai se desenvolver depende de um conjunto de fatores, como o acompanhamento médico, a estimulação pela família e doenças associadas, como o autismo."

Há diferentes apresentações do padrão genético da síndrome. No tipo mosaico, uma porcentagem pequena de células afetadas pela alteração genética pode levar a um desenvolvimento maior, quase idêntico ao de uma pessoa sem a síndrome.

Tempski diz ainda que o enfoque dos pais e da equipe deve ser na autonomia da pessoa com Down.

A dificuldade de encontrar informações sobre a síndrome que afeta a filha Beatriz, de um ano e 9 meses, fez com que a advogada Maria Antônia Goulart fizesse um site por conta própria.

O portal "Movimento Down, patrocinado pela Amil, que será lançado hoje em Brasília, vai aglutinar informações dispersas sobre Down de maneira acessível.

A ideia é escrever para os portadores e não portadores da doença. O site terá colaboradores com Down.

Para Goulart, a falta de informações "dá uma angústia porque você não entende a situação que está vivendo".

Síndrome nunca foi problema para judoca com down; leia entrevista

POR SABINE RIGHETTI, DE SÃO PAULO

A rotina do judoca Breno Viola, do Flamengo, é pesada como a dos atletas desse esporte. "Às vezes, treino das 14h até meia-noite", diz. Diferentemente dos seus colegas de clube, ele tem síndrome de Down, mas isso nunca foi um empecilho.

 Filho de judoca, Viola começou a praticar o esporte aos seis anos. Em 2002, foi o primeiro judoca com down a ter faixa preta nas Américas.

"O judô ensinou ele a se defender. Antes ele chegava em casa chorando quando sofria bullying. Hoje ele reage", conta a mãe, Suely.

Aos 31 anos, Viola continua treinando e está descobrindo outras atividades, como comunicação e atuação.

Viola será um dos colaboradores do site Movimento Down, que será lançado nesta quarta-feira, Dia Mundial da Síndrome de Down. E em julho ele estreará em seu primeiro longa metragem, "Colegas", ao lado de atores como Lima Duarte. Acompanhe a entrevista à Folha.
Divulgação
Breno Viola, do Flamengo,se tornou o primeiro judoca com down a ter faixa preta nas Américas
 
Breno Viola, do Flamengo,se tornou o primeiro judoca com down a ter faixa preta nas Américas

Folha - Como você se tornou judoca?
Breno Viola - Meu pai era judoca e eu queria seguir o exemplo dele. Comecei a treinar em casa com um irmão mais velho que fazia judô. Aos seis anos eu comecei a praticar judô no Clube Flamengo. Hoje sou faixa preta. Em 2002 fui o primeiro faixa preta de judô das Américas com síndrome de Down.

O que você pretende dizer aos governantes que encontrará em Brasília na apresentação do site Movimento Down?
Vou apresentar o projeto Movimento Down e falar sobre ele. E vou dizer que os governantes deveriam se preocupar em incluir as pessoas com síndrome de Down na sociedade. Deve haver projetos de inclusão social.

Como é a sua rotina de treinamento?
Treino todos os dias, de segunda a sexta-feira. No final de semana eu descanso. Senão o corpo não aguenta! Às sextas-feiras eu gosto de curtir o baile funk aqui no Rio. Mas não vou sempre porque sou atleta e preciso cuidar da saúde.

Conte um pouco sobre o seu filme "Colegas", que vai estrear em julho.
O "Colegas" é o primeiro filme brasileiro com três atores com síndrome de Down no elenco. O diretor e roteirista, Marcelo Galvão, tinha um tio com down, por isso decidiu fazer o longa. Eu interpreto justamente o Márcio, tio dele, que sonhava em voar de balão. Os outros dois atores com down, que são um casal, têm outros sonhos.

As gravações duraram quase quatro meses: a gente começou no interior de São Paulo e passamos por Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Buenos Aires.

Foi muito bom gravar e atuar ao lado de artistas como Lima Duarte. Estou estudando mais teatro. Quem sabe faço outros longas.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Cadeirantes sofrem com descaso e despreparo em transportes coletivos

No Rio de Janeiro, os flagrantes do desrespeito com quem usa cadeira de rodas e precisa do transporte coletivo.
Robson de Paula bem que tenta, mas não consegue pegar um ônibus. O primeiro não tem o elevador apropriado; o segundo tem o equipamento, mas não tem a chave que aciona a rampa.

RJ: Cadeirantes sofrem com descaso e despreparo em transportes coletivos

O motorista manda Robson ligar para a empresa: “Você têm que resolver lá, porque a chave daí fica trancada”, avisa.

“Tem que resolver com a empresa? E eu perco o horário do trabalho?”, questiona Robson.

Em uma nova tentativa, tem elevador, tem chave, mas quem disse que o motorista consegue operar a máquina?

A Federação dos Transportes diz que todos recebem uma aula como treinamento.

E a rampa trava! “Tem que arriar a pranchinha, que é um trava-rodas, e ele não está sabendo operar, por isso que está demorando. Os passageiros ficam indignados”, conta Robson.

E lá se vão cinco minutos que irritam todo mundo! O ônibus não tem mais como seguir em frente e muitos passageiros deixam o coletivo reclamando.

Em outro ônibus, o motorista não consegue alinhar a rampa com a calçada. E os problemas não param por aí.

Em frente ao Museu da República, um ponto turístico e histórico importante do Rio de Janeiro, a rampa de acesso ao metrô para cadeirantes foi construída dentro dos padrões: a inclinação é perfeita e o corrimão é de aço inoxidável. Ao chegar no elevador, o cadeirante aperta o botão, que está em altura adequada e aguarda. O problema é que ele vai aguardar por muito tempo até descobrir que o elevador não funciona.

São quase 4,5 milhões de pessoas com deficiência motora severa no país e ainda falta o mais importante: o respeito.

“O deficiente ainda não é entendido como alguém que seja cidadão e que tenha direito à cidadania. Ele ainda é entendido como alguém que dá problema em ponto de ônibus, que vai fazer com que a gente lute por diversas questões”, diz Teresa Costa D´Amaral, superintendente do IBDD.

A empresa Metrô-Rio informou que a obra do elevador da estação mostrada na reportagem começou em março e está parada porque o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) exigiu uma licença.

A Fetranspor informou que vai reforçar o treinamento dos motoristas e que vai fixar adesivos com instruções nos equipamentos.


Fonte: Jornal Nacional

Monica e David: uma história de amor entre um casal com síndrome de down

Monica & David

O documentário Monica & David explora o casamento entre dois adultos com síndrome de Down e da família que se esforça para apoiá-los. Monica e David são abençoados no amor e querem que outras pessoas tenham também uma vida independente. Cheio de humor, romance e drama familiar, o filme revela aos poucos a complexidade de sua história. Enquanto o casal deseja quebrar qualquer tipo de preconceito, seus pais, conscientes da rejeição da sociedade em relação a pessoas com deficiência intelectual, têm dificuldade em lidar com isso.

Dirigido pelo primo de Monica, o documentário tem um começo de contos de fadas com um jovem casal cheio de esperança e alegria. Pouco antes do casamento, a autoconfiante Monica declara: “É tudo sobre ele, e tudo sobre mim. É a minha vida estar com meu marido para sempre”. E no altar, duas mães corajosas realizando os sonhos de seus filhos.

Casamento entre pessoas com síndrome de Down é muito incomum, em parte porque, até recentemente, as pessoas com Down tinham menos expectativa de vida e viviam isoladas. Em 1983 a expectativa de vida era de 25, mas hoje é de 60 anos.

Embora a questão não seja o amor entre Monica e David, a harmonia entre o casal lentamente desaparece à medida que a realidade da vida cotidiana se mostra. Monica e David se preparam para mudar para o apartamento novo de Maria Elena (mãe de Monica) e pai adotivo (Bob), rompendo com a rotina que os dois já estavam se habituando. No meio do caos, David é diagnosticado com diabetes e fica mais difícil para o casal conquistar sua independência.

O documentário Monica & David recebeu em 2010, um troféu pelo festival de cinema de Tribeca.

COMO REQUERER O LOAS / BPC


  • Como requerer o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC-LOAS nas agências
  • Documentos Solicitados para pedir o benefício assistencial
  • Formulário para requerimento do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social - BPC-LOAS / Lei nº 8.742/93
  • Declaração sobre a composição do grupo e da renda familiar do idoso e da pessoa portadora de deficiência

Amparo Assistencial ao Idoso ou Deficiente – Loas
O benefício pode ser solicitado nas Agências da Previdência Social e mediante o cumprimento das exigências legais e a apresentação dos seguintes documentos originais do titular e de todo o grupo familiar:
  • Número de Identificação do Trabalhador – NIT (PIS/PASEP) ou número de inscrição do Contribuinte Individual/Doméstico/Facultativo/Trabalhador Rural, se possuir;
  • Documento de Identificação(Carteira de Identidade e/ou Carteira de Trabalho e Previdência Social);
  • Cadastro de Pessoa Física - CPF;
  • Certidão de Nascimento ou Casamento;
  • Certidão de Óbito do esposo(a) falecido(a), se o beneficiário for viúvo(a);
  • Comprovante de rendimentos dos membros do grupo familiar;
  • Tutela, no caso de menores de 21 anos filhos de pais falecidos ou desaparecidos;
Representante Legal (se for o caso), apresentar:
  • Cadastro de pessoa Física - CPF;
  • Documento de Identificação (Carteira de Identidade e/ou Carteira de trabalho da Previdência Social
Formulários:
  • Requerimento de Benefício Assistencial – Lei 8.742/93;
  • Declaração sobre a Composição do Grupo e da Renda Familiar do Idoso e da Pessoa Portadora de Deficiência;
  • Procuração (se for o caso), acompanhada de identificação e CPF do procurador.
  • Para o deficiente, parecer do Serviço Social e da Perícia Médica comprovando que a deficiência incapacita para a vida independente e para o trabalho (Decreto 6.214 de 26/09/2007);
  • Renda mensal da família ser inferior a ¼ (um quarto) do salário-mínimo vigente na data do requerimento (§ 3º do art. 20 da Lei 8.742/93);
  • Não estar recebendo benefício pela Previdência Social ou por outro regime previdenciário (§ 4º do art. 20 da Lei 8.742/93).

Fonte e requerimento: www.previdencia.gov.br

Apenas sete portadores de síndrome de Down concluíram ensino superior no Brasil

Imagem: Antônio Cunha/ Esp. CB/ D.A. Press

Aos 19 anos, Jéssica Mendes de Figueiredo sente um misto de ansiedade e expectativa. Assim como a maioria dos jovens nesta idade, a menina está radiante com o novo status de caloura universitária. Na semana passada, ela começou a cursar fotografia no Instituto de Ensino Superior de Brasília (Iesb). Em dois anos, Jéssica fará parte do pequeno grupo de brasileiros com síndrome de Down que possuem diploma de educação superior %u2014 atualmente são apenas sete, segundo o Ministério da Educação.

Dados do Censo de Ensino Superior elaborado pelo MEC apontam que há, atualmente, 2.173 alunos portadores de necessidades especiais matriculados em universidades, sendo 1.135 em instituições públicas e 1.038, em particulares. Porém, desse total, o ministério não sabe precisar quantos têm síndrome de Down. A pasta nem sequer tem programas específicos para esse público. As ações são majoritariamente voltadas à questão de acessibilidade.

Apesar da falta de políticas governamentais específicas, a nova rotina universitária não assusta Jéssica. Ela já cogita no futuro fazer uma segunda graduação, em moda %u2014 curso no qual também foi aprovada. Mas optou por fotografia desta vez, porque tem uma verdadeira paixão por imagens de natureza e paisagem. %u201CEspero que o curso seja dinâmico e que o professor goste de interagir com os alunos%u201D, diz a jovem. A mãe, Ana Cláudia, conta que a vontade de fazer vestibular partiu da filha. %u201CAcho que por ela ter estudado em um regime de ensino regular, sempre conviveu com esse ambiente já no colégio. Por isso se interessou muito em prestar vestibular%u201D, diz a professora.

Ana Cláudia ainda comemora o sucesso da filha, mas compartilha a ansiedade comum entre os pais cujos filhos acabaram de ingressar no ensino superior: %u201CAcredito que ela estará lidando com pessoas mais maduras, mas com certeza vai conquistar o espaço dela%u201D. O psicólogo Eduardo Rios, especialista em análise do comportamento, explica que o receio de Ana Cláudia é natural em todos os pais, e não se restringe àqueles que têm filhos com síndrome de Down. %u201CEles são comunicativos, sentimentais e amáveis. Isso colabora muito para a integração com os colegas%u201D, analisa Rios.

Na opinião de Marcos Mazzotta, membro fundador do Laboratório Interunidades de Estudos sobre Deficiências (Lide), da Faculdade de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), a principal barreira para a inclusão desse público é o estigma e a discriminação negativa. Realidade que Valéria Tarsia Duarte, mãe de Érica Duarte Nublat, 25 anos, fez o possível para evitar.

Valéria também enfrentou algumas dúvidas quando a filha decidiu cursar pedagogia no Instituto Superior de Educação Franciscano Nossa Senhora de Fátima, no Distrito Federal. Segundo Valéria, uma das maiores preocupações era o lugar em que a filha estudaria. %u201CNão queria que fosse uma instituição grande e pouco acolhedora, como a Universidade de Brasília, por exemplo%u201D, relata. Érica acabou optando pela instituição que já conhecia, por ser parte do mesmo grupo do colégio em que havia concluído o ensino médio.

A preocupação com o acolhimento desses alunos não é exclusiva dos pais. Em fevereiro, Kalil Assis Tavares, 21 anos, foi o primeiro candidato com síndrome de Down a ser aprovado no vestibular da Universidade Federal de Goiás (UFG). Ele vai cursar geografia. De acordo com a coordenadora do Núcleo de Acessibilidade da UFG, Dulce Barros de Almeida, a instituição já estava preparada para recebê-lo. %u201CTemos as sensibilidades necessárias. Inclusive, vou me reunir com os professores do curso de Kalil para verificar se eles precisam de apoio%u201D, adianta.

Capacitação
O caso da UFG, no entanto, é exceção. Segundo a presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down (FBASD), Maria de Lourdes Marques Lima, um dos maiores problemas em termos de políticas educacionais para esse público é a capacitação dos professores, que ainda é muito desarticulada. O especialista da USP Marcos Mazzotta concorda: %u201CTemos que ter ações efetivas de formação dos professores, com enfoque especializado para dar esse suporte%u201D, afirma Mazzotta.

Na opinião do deputado federal Romário (PSB-RJ), conhecido pela militância do tema no Congresso Nacional, o Brasil precisa investir urgentemente em políticas inclusivas. %u201CAcho lamentável, por exemplo, o governo federal e o MEC não terem dados sobre esse tipo de deficiência%u201D, comenta o parlamentar.

Cromossomo
A síndrome de Down é uma alteração genética que ocorre pela presença de um cromossomo a mais, o par 21, na fecundação do óvulo. Estudos apontam que mulheres a partir dos 35 anos têm uma maior probabilidade de gerar bebês com a deficiência. Como a síndrome se trata de uma alteração cromossômica, é possível realizar um diagnóstico pré-natal utilizando diversos exames clínicos, como, por exemplo, a amniocentese (pulsão transabdominal do líquido amniótico, entre as semanas 14 e 18 de gestação) ou a biópsia do vilo corial (coleta de um fragmento da placenta).

Do Estado de Minas

Zac Efron vive autista em 'Uma Viagem Inesperada'

uma viagem inesperada (Foto: reprodução/divulgação)
'Uma Viagem Inesperada' conta drama de dois irmãos gêmeos 
(Foto: reprodução/divulgação)

Antes de ficar mundialmente conhecido como o Troy de "High School Musical", Zac Efron viveu o jovem autista Stephen no filme para TV "Uma Viagem Inesperada" (2004), que a Rede Globo exibe nesta quarta-feira, 14, a partir das 16h08, horário de Brasília.

Na trama, Corrine Morgan-Thomas (Mary-Louise Parker), mãe dos gêmeos Stephen (Zac Efron) e Philip (Bubba Lewis) vê sua vida mudar drasticamente após descobrir que os dois filhos são autistas. Inicialmente em choque, ela custa a aceitar o diagnóstico e se vê obrigada a cuidar sozinha dos meninos, já que seu marido não se mostra disposto a lidar com a condição de Stephen e Philip.

Assim, Corrine embarca em uma jornada de luta contra o estigma social do autismo para que seus filhos sejam tratados como as outras crianças e possam explorar seus potenciais.

Quando? Quarta-feira, dia 14, às 16h08 na Sessão da Tarde

terça-feira, 6 de março de 2012

Vestido de Homem-Aranha, bombeiro salva menino com autismo


Bombeiro tailandês vestido de Homem-Aranha resgata menino de 8 anos que sofre de autismo. Foto: AFP 

Bombeiro tailandês vestido de Homem-Aranha resgata menino de 8 anos que sofre de autismo
Foto: AFP

Um bombeiro tailandês se transformou em super-herói depois de fantasiar-se como o personagem Homem-Aranha para resgatar ontem um menino que sofre de autismo e estava sentado no parapeito de uma janela, informa nesta terça-feira a agência AFP.

Os professores de uma escola para alunos com necessidades especiais da capital Bangcoc chamaram os bombeiros depois que um aluno de 8 anos sentou-se no parapeito da janela do terceiro andar do edifício e recusou-se a sair de lá por estar com medo do primeiro dia de aulas.

A mãe do aluno também foi chamada e contou às autoridades que seu filho era apaixonado por revistas em quadrinhos de super-heróis. O bombeiro Sonchai Yoosabai voltou à sua unidade e vestiu-se de Homem-Aranha para tentar atrair a atenção do menino.

"Eu disse a ele: 'o Homem-Aranha está aqui para salvá-lo, nenhum monstro vai atacá-lo'. Então pedi que ele caminhasse lentamente até a minha direção, já que correr seria perigoso", afirmou o bombeiro à televisão local.

O menino imediatamente levantou-se e caminhou até Somchai.

Ele explicou que guarda fantasias do Homem-Aranha e do personagem japonês Ultraman para demonstrações e exercícios de combate a incêndios em escolas.

quinta-feira, 1 de março de 2012

TDAH - Programa Conexão Futura



Integração Sensorial x Linguagem

O desenvolvimento da linguagem  em grande parte, envolve  a habilidade de processas e organizar estímulos  recebidos por mais de um sentido!!

Por exemplo, para imitar uma palavra dita por sua mãe, a criança deve ser capaz de escutar cada pedacinho(som) da palavra e então descobrir onde toca seus lábios, língua, etc.. e fazer esse som!!

                                

 
E para aprender que cada palavra corresponde a um objeto em se meio, ele deve ser capaz de ver o que as outras pessoas estão falando sobre.Essa habilidade de organizar a entrada dos estímulos vinda de vários sentidos e aplica-los( dar sentido) no seu dia a dia é conhecido como integração sensorial.
A integração sensorial na criança permite, geralmente,constituir o modo como  enxergamos a criança e seus comportamentos.Por exemplo, nós geralmente julgamos se a criança está escutando se ele nos olha e acompanha nossas  instruções quando falamos com eles.Isto é, nós o julgamos pelo fato da criança ser capaz de escutar o que nós falamos  e  se ao decodificar o que escutou  realiza os movimentos corretos.
 
Se nós o chamamos e ele não nos olha ou não responde,ou se nós o chamamos e ele não se move, supomos que ele  parece não nos compreender ( ou nos atender) propositalmente. Não nos escutar  e não nos olhar( no sentido de não obedecer) dar a ideia da criança não nos obedecer.

                                                         
 
Crianças com S.D pode  precisar de uma ajuda especial para ajudá-lo a aprender a prestar atenção, escutar, olhar e responder.Uma dos motivos para precisar dessa ajuda é que eles podem ter problemas para processar o estímulo provindo de mais de um sentido - por exemplo, quando pedimos a eles para olhar e escutar ao mesmo tempo.
 
 
                                            
 
Eles podem estar sobrecarregados por várias sensações ao seu redor - o aperto de seus sapatos,a sensação da etiqueta da camisa,o zumbido do ar ventilador,o cheiro dos biscoitos -  e ainda ser capaz de focar em o que está sendo dito.
 
Crianças com SD podem apresentar comportamentos tais como hiperativos ou impulsivos que podem ser sinais de dificuldades de integração sensorial.
 
                                            

Problemas de integração sensorial dessa naturas, podem  não apenas trazer dificuldades no aprendizado da fala, bem como afetar a aquisição de outras habilidades!O terapeuta ocupacional pode ser capaz de ajudar as dificuldades de integração sensorial, esse profissional deve fazer parte da intervenção precoce da criança com S.D
                                               
 

Fonte: Ser Down

Entenda o estilo de aprendizagem do seu filho

Diferentes tipos de aprendizes 
Estilos de aprendizagem baseiam-se na forma como assimilamos informação. Podemos aprender através da visão, do toque e/ou da audição. Também temos diferentes tipos de memória – algumas pessoas têm mais facilidade de se lembrar de acontecimentos do que outras. Algumas pessoas aprendem detalhes, enquanto outras gostam de ver o todo. A maioria das pessoas tem um estilo de aprendizagem preferido – a maneira pela qual aprendem melhor. Seu filho também tem um estilo de aprendizagem preferido.

Coloque suas observações em prática sobre o estilo de aprendizagem de seu filho dão informações adicionais para ajudá-lo.
 
 1- Aprendizes de rotinas
Se o seu filho tem boa memória de rotina, aprenderá melhor em atividades realizadas sempre da mesma maneira. Dentre elas, atividades com números e letras.
 
Muitas crianças com Transtorno Espectro Autista, como Michele, obtêm informações memorizando coisas sem pensar. Essas crianças memorizam uma enorme quantidade de informações – tais como números e letras – quando pequenas, e muitos fatos sobre assuntos específicos quando crescem. Se por um lado podem recitar a informação palavra por palavra, por outro freqüentemente não entendem o que estão dizendo.
 
 

2- Aprendizes Gestalt 
Muitas crianças com Transtorno Espectro Autista (TEA) memorizam sentenças como um todo sem compreender o significado de cada palavra. Crianças que processam a informação desta forma têm um estilo de aprendizagem “gestalt”. Por exemplo, se der ao seu filho um brinquedo de banheira e disser “Ponha isso na água”, pode ser que ele atenda. Contudo, se der a ele um brinquedo de banheira e disser “Ponha isso na estante”, pode ser que ele o ponha na água. Seu filho comete esse erro porque associa qualquer frase que contenha a palavra “ponha” com uma ação específica, independentemente das outras palavras da frase. Por exemplo, Felipe não consegue dizer ao pai como está se sentindo com as próprias palavras. Em vez disso, repete um trecho que memorizou de uma música que ele associa com tristeza.
 

3- Aprendizes Visuais 
Se o seu filho gosta de olhar livros ou ver TV?
Ele pode ser um aprendiz visual. A maioria das crianças com qualquer dificuldade de linguagem aprende melhor quando vê coisas do que quando as ouve. Uma vez que a visão é o sentido mais forte, muitas dessas crianças ficam encantadas por livros ilustrados e vídeos.

 


4- Aprendizes “mãos na massa” 

Se o seu filho gosta de apertar botões, abrir e fechar portas e/ou consegue entender o mais complicado dos brinquedos, o mais provável é que ele seja um aprendiz “mãos na massa”, que aprende melhor pegando ou mexendo nas coisas.
 
5- Aprendizes Auditivos 
Se o seu filho gosta de conversar e ouvir outros conversando, pode ser um aprendiz auditivo, que gosta de obter informações através da audição. Não é comum que uma criança com TEA dependa primariamente da aprendizagem auditiva.
 

Fonte:Livro Mais do que Palavras;Fern Sussam

CMBH derruba veto ao Projeto de Lei que reconhece o autista como pessoa com deficiência

 


Com 28 votos a três a Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) derrubou, nesta quinta-feira (01/03), o veto do prefeito ao Projeto de Lei 1794/2011, que reconhece o autista como pessoa com deficiência para fins de plena fruição da legislação de BH. “A partir de agora os autistas e seus familiares saem do limbo da legislação e passam a ser, verdadeiramente, incluídos como cidadãos”, afirmou o vereador Leonardo Mattos (PV), autor da proposição.

Segundo Mattos, a norma garante o acesso dessa população aos programas da Prefeitura. “Eles terão direito a gratuidade no transporte público, ensino especializado, atendimento especifico na área da saúde, entre outros benefícios. Agora poderemos dar condições mais dignas a essas pessoas que estavam excluídas das políticas públicas oferecidas pela Prefeitura”, destacou Mattos.

A Presidente da Associação de Pais e Amigos de Pessoas Excepcionais (APAPE-BH), Estela Maris, também mãe de autista, afirmou que o Município não oferece nenhum serviço para os autistas, deixando-os à margem da sociedade. “Estamos vivendo um momento glorioso. Estou imensamente grata pela luta do vereador Leonardo Mattos (PV). Este projeto significa respeito e considera o autista como cidadão”, destacou.

Agora a Proposição será encaminhada para o presidente da CMBH para ser sancionada.

Argumentos do veto
Ao vetar integralmente o projeto de lei 1794/2011, a Prefeitura argumentou que se sancionasse está lei seria uma forma de discriminação dos autistas, além de considerar o transtorno apenas como sofrimento mental.

Entretanto, segundo a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB, o autismo já é considerado deficiência em nosso país, a partir do Decreto 5.296/2004. Além disso, o Brasil é signatário da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, em vigor desde 2008, em que o país se comprometeu a assegurar diversos direitos ao segmento e incluindo o autista como deficiente.

Entenda o projeto.
O Projeto de Lei 1794/2011 reconhece o autista como pessoa com deficiência para fins de plena fruição de direitos previstos pela legislação do Município de Belo Horizonte

Na mesma perspectiva da legislação vigente para pessoas com necessidades especiais, o PL prevê a oferta de tratamento para o autismo em centros de atendimento integrado de saúde e educação a serem mantidos em todas as regiões do município; propõe a realização gratuita de testes para diagnóstico da deficiência, principalmente em crianças de 14 a 20 meses de idade, e a disponibilização de todo o tratamento especializado.

O projeto ainda prevê que o município se comprometa a incentivar o desenvolvimento de pesquisas e projetos multidisciplinares em universidades sediadas na capital, com foco no autismo e na melhoria da qualidade de vida dessas pessoas.

De acordo com Leonardo, “o autismo é uma ‘inadequacidade’ no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. É incapacitante e aparece tipicamente nos três primeiros anos de vida”. Segundo a ASA – Associação Americana de Autismo (Autism Society of American), os sintomas são causados por disfunções físicas do cérebro, incluindo distúrbios no desenvolvimento de habilidades físicas, sociais e linguísticas.