terça-feira, 10 de abril de 2012

Obesidade na gravidez aumenta risco de ter filho autista, diz estudo

A obesidade durante a gravidez, associada ao diabetes, pode aumentar o risco de o filho nascer com autismo, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira (9), nos Estados Unidos.

Conduzido por pesquisadores vinculados a UC Davis MIND Institute, na Califórnia, o estudo mostrou que mães obesas tinham quase 67% mais probabilidade de ter um filho com autismo do que uma gestantes com peso normal, sem diabetes ou hipertensão. Além de correr o dobro do risco de ter um filho com outro transtorno de desenvolvimento.

Kelly Andrus brinca com seu filho, Bradley, em uma sala localizada em um centro especial em Lewisville, no Texas, em 4 de abril. Os médicos diagnosticaram autismo leve na criança, que fará três anos.  (Foto: Tony Gutiérrez/AP)
Kelly Andrus brinca com seu filho Bradley em uma sala localizada em um centro especial em Lewisville, no Texas, em 4 de abril. Os médicos diagnosticaram autismo leve na criança, que fará três anos. (Foto: Tony Gutiérrez/AP)
O estudo chega em um momento no qual, em 20 anos, especialistas discutem a possibilidade de modificar a definição de autismo. Alguns pais temem que, com isso, seja abolido o nome “autista” e, por consequência, a terapia especializada.
De acordo com o estudo, as mães com diabetes mostraram risco semelhante de ter uma criança com atrasos de desenvolvimento, compadas como a mães saudáveis. No entanto, a proporção de mães com diabetes que tiveram uma criança com autismo foi maior do que em mulheres saudáveis, mas não alcançou significância estatística.
O estudo também descobriu que as crianças autistas de mães diabéticas eram mais deficientes - tiveram maiores déficits na compreensão da linguagem e produção e comunicação de adaptação - que eram as crianças com autismo nascidas de mães saudáveis.
No entanto, as crianças sem autismo nascidas de mães diabéticas também exibiram alterações nas socialização em adição à compreensão da linguagem e de produção, quando comparado com as crianças não-autistas de mulheres saudáveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário